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Um novo olhar para o interior
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Um novo olhar para o interior
Foi noticiada recentemente a criação da Unidade de Missão para a Valorização do Interior. O Governo parece dar sinais de pretender dar cumprimento a uma promessa eleitoral que corresponde a um dos grandes problemas nacionais: a desertificação do interior ou, numa linguagem mais recente, dos territórios desafiantes.
São identificadas as condições necessárias à prossecução de várias medidas e objetivos traçados no seu programa do Governo, incluindo a valorização dos espaços de produção, a criação de plataformas regionais para empregabilidade, a valorização dos produtos regionais e o incentivo à fixação de jovens. Enfim, um conjunto de iniciativas capazes de contribuírem para a resolução dos "desafios" se, efetivamente, estas forem colocadas no terreno. Considera ainda o propósito da promoção do intercâmbio de conhecimento aplicado entre os centros de I&DT e as comunidades rurais.
Em contraste, esta preocupação parece estar fora do radar do recém-criado grupo de reflexão para a FCT. A recuperação da credibilidade e confiança da FCT junto da comunidade científica e o exercício competente e transparente da sua atividade podem dar um novo impulso à política científica do MCTES. Para este efeito, tem de atender ao fortalecimento das relações regulares com investigadores e instituições científicas. Mas este exercício não pode ser feito numa hipótese "ceteris-paribus", isto é, "tudo o resto constante", atendendo aos problemas reais do país!
Relembro que o último processo de avaliação das unidades de investigação promovido pela FCT não teve em linha de conta a lógica da estratégia de especialização inteligente, nem a missão das instituições situadas em regiões desafiantes. Estamos perante mais uma clara contradição e ironia do destino! O interior justifica, em grande parte os fundos europeus. No entanto, estes não fomentam o crescimento e sustentação de entidades imprescindíveis para a modificação do perfil das regiões de baixa densidade ou desafiantes.
Porque entendemos que o país apenas conseguirá debelar os principais desafios societais com que se defronta se forem adotadas políticas adequadas, a estratégia de utilização dos fundos estruturais deve apoiar-se em ações e medidas que valorizem a organização de programas de desenvolvimento, de inovação e de empreendedorismo com efetivo impacto nos territórios desafiantes. Caso não se considere esta estratégia, a lógica de utilização dos fundos estruturais e a coesão do país estão em causa!
A estratégia de utilização dos fundos estruturais deve apoiar-se em ações e medidas que valorizem a organização de programas de desenvolvimento, de inovação e de empreendedorismo com efetivo impacto nos territórios desafiantes
REITOR DA UTAD
02.02.2016
ANTÓNIO FONTAINHAS FERNANDES
Jornal de Notícias
São identificadas as condições necessárias à prossecução de várias medidas e objetivos traçados no seu programa do Governo, incluindo a valorização dos espaços de produção, a criação de plataformas regionais para empregabilidade, a valorização dos produtos regionais e o incentivo à fixação de jovens. Enfim, um conjunto de iniciativas capazes de contribuírem para a resolução dos "desafios" se, efetivamente, estas forem colocadas no terreno. Considera ainda o propósito da promoção do intercâmbio de conhecimento aplicado entre os centros de I&DT e as comunidades rurais.
Em contraste, esta preocupação parece estar fora do radar do recém-criado grupo de reflexão para a FCT. A recuperação da credibilidade e confiança da FCT junto da comunidade científica e o exercício competente e transparente da sua atividade podem dar um novo impulso à política científica do MCTES. Para este efeito, tem de atender ao fortalecimento das relações regulares com investigadores e instituições científicas. Mas este exercício não pode ser feito numa hipótese "ceteris-paribus", isto é, "tudo o resto constante", atendendo aos problemas reais do país!
Relembro que o último processo de avaliação das unidades de investigação promovido pela FCT não teve em linha de conta a lógica da estratégia de especialização inteligente, nem a missão das instituições situadas em regiões desafiantes. Estamos perante mais uma clara contradição e ironia do destino! O interior justifica, em grande parte os fundos europeus. No entanto, estes não fomentam o crescimento e sustentação de entidades imprescindíveis para a modificação do perfil das regiões de baixa densidade ou desafiantes.
Porque entendemos que o país apenas conseguirá debelar os principais desafios societais com que se defronta se forem adotadas políticas adequadas, a estratégia de utilização dos fundos estruturais deve apoiar-se em ações e medidas que valorizem a organização de programas de desenvolvimento, de inovação e de empreendedorismo com efetivo impacto nos territórios desafiantes. Caso não se considere esta estratégia, a lógica de utilização dos fundos estruturais e a coesão do país estão em causa!
A estratégia de utilização dos fundos estruturais deve apoiar-se em ações e medidas que valorizem a organização de programas de desenvolvimento, de inovação e de empreendedorismo com efetivo impacto nos territórios desafiantes
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