Personalidades lançam manifesto a pedir aos políticos que não repitam erros do passado

Aproveitando a campanha às eleições europeias, os subscritores do manifesto “Nunca Mais” - http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=NuncaMais ainda vão contactar Paulo Rangel, Nuno Melo e Francisco Assis para que estes possam “sinalizar a importância de não voltar atrás”, disse ao Diário Económico o administrador da EDP Renováveis.

“A petição não serve para criticar o partido A ou B”, justificou o ex-secretário de Estado do Tesouro. Isto apesar de no próprio texto, os subscritores fazerem uma avaliação “positiva” aos resultados obtidos durante o programa da troika, como reconhece o próprio.

“Com o esforço de todos nós, os indicadores mudaram para melhor”, lê-se na petição. No entanto, “durante três anos assumimos os custos políticos, económicos e sociais do resgate financeiro. E, porque os assumimos, temos o direito de exigir nunca mais”, justificam as 17 personalidades.

Há um “longo caminho a percorrer e não há ânimo para um segundo resgate”, acrescenta o primeiro subscritor em declarações ao Diário Económico. Questionado sobre o timming para lançar a petição, Nogueira Leite adiantou que os subscritores da mesma consideraram que “valia a pena neste período de eleições sensibilizar um conjunto de pessoas para que se comprometessem a não repetir os erros que nos levaram quase à bancarrota em 2011”.

O ex-secretário de Estado do Tesouro do último governo de António Guterres admite que o apelo se dirige “principalmente ao PSD e ao PS, mas também ao CDS”. E, por isso, os promotores da iniciativa vão contactar os principais agentes políticos na corrida às eleições europeias. A saber: Paulo Rangel, Francisco Assis e Nuno Melo.

Além disso, Nogueira Leite quer ainda “chegar ao sr. Juncker e ao sr. Schulz” – os candidatos do PPE e dos socialistas europeus, respectivamente, ao cargo de presidente da Comissão Europeia. Isto porque a União Europeia “não tem sido cautelosa, já que durante anos fez vista grossa” a práticas orçamentais menos correctas, defende.

São ainda subscritores da petição Francisco van Zeller (antigo presidente da CIP) e Rui Paiva (CEO da WeDo), João Couto (líder da Microsoft), entre outros.