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A ver navios
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A ver navios
O que se está a passar no porto de Lisboa deve fazer-nos pensar.
Os sindicatos existem para proteger os trabalhadores mas, por vezes, seria bom perguntar quem protege os trabalhadores dos sindicatos. Quando a sua luta se confunde – e por vezes se esgota – na sua própria sobrevivência e afirmação, esquecendo que os interesses do País são parte integrante dos interesses dos trabalhadores, alguma coisa está mal.
O movimento sindical só se afirma quando é uma força motriz de progresso, não de retrocesso, bloqueio ou anquilosamento. O que se está a passar no Porto de Lisboa deve fazer-nos pensar. Pensar em quem estará a ganhar com tudo isto. Porque a perder, estamos todos. Perdem os armadores, perdem os trabalhadores, perde a economia do País, ao comprometer o motor das exportações. Os custos desta guerra são avultados e ascendem já a milhões de euros. O governo fala em perdas diárias de 100 mil euros mas, sem luz ao fundo, há mais prejuízos do que os financeiros.
Sabe-se, por exemplo, que o abastecimento das regiões autónomas (nomeadamente de alimentos e medicamentos) está a ser francamente afetado. Em janeiro, a ministra Ana Paula Vitorino anunciava um acordo e garantia que estava tudo bem. Provavelmente estava. Mas, nos meses seguintes, os sindicatos (sobretudo os afetos à CGTP) sentiram o pulso ao governo e deduziram que talvez tivessem margem para ganhar mais. Mais do que uma abertura de diálogo e de concertação, os sindicatos têm agora a perceção de que detêm a tutela dos ministérios.
De que o governo está dependente dos seus braços políticos no parlamento. Esta é mais uma manifestação da atitude dúplice do BE e do PCP, que simulam um apoio forte e certo ao governo no parlamento, mas contestam-no hipocritamente na rua, exigindo-lhe que ceda às pressões e que "ponha na ordem" quem determinaram ser os maus da fita. Mas acima de egos, de finca-pés manietados e de agendas radicais, é preciso estar o interesse nacional e a economia. Quem ganha quando o País está a ver navios?
26.05.2016 01:45
LUÍS CAMPOS FERREIRA
Deputado
Correio da Manhã
Os sindicatos existem para proteger os trabalhadores mas, por vezes, seria bom perguntar quem protege os trabalhadores dos sindicatos. Quando a sua luta se confunde – e por vezes se esgota – na sua própria sobrevivência e afirmação, esquecendo que os interesses do País são parte integrante dos interesses dos trabalhadores, alguma coisa está mal.
O movimento sindical só se afirma quando é uma força motriz de progresso, não de retrocesso, bloqueio ou anquilosamento. O que se está a passar no Porto de Lisboa deve fazer-nos pensar. Pensar em quem estará a ganhar com tudo isto. Porque a perder, estamos todos. Perdem os armadores, perdem os trabalhadores, perde a economia do País, ao comprometer o motor das exportações. Os custos desta guerra são avultados e ascendem já a milhões de euros. O governo fala em perdas diárias de 100 mil euros mas, sem luz ao fundo, há mais prejuízos do que os financeiros.
Sabe-se, por exemplo, que o abastecimento das regiões autónomas (nomeadamente de alimentos e medicamentos) está a ser francamente afetado. Em janeiro, a ministra Ana Paula Vitorino anunciava um acordo e garantia que estava tudo bem. Provavelmente estava. Mas, nos meses seguintes, os sindicatos (sobretudo os afetos à CGTP) sentiram o pulso ao governo e deduziram que talvez tivessem margem para ganhar mais. Mais do que uma abertura de diálogo e de concertação, os sindicatos têm agora a perceção de que detêm a tutela dos ministérios.
De que o governo está dependente dos seus braços políticos no parlamento. Esta é mais uma manifestação da atitude dúplice do BE e do PCP, que simulam um apoio forte e certo ao governo no parlamento, mas contestam-no hipocritamente na rua, exigindo-lhe que ceda às pressões e que "ponha na ordem" quem determinaram ser os maus da fita. Mas acima de egos, de finca-pés manietados e de agendas radicais, é preciso estar o interesse nacional e a economia. Quem ganha quando o País está a ver navios?
26.05.2016 01:45
LUÍS CAMPOS FERREIRA
Deputado
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