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Haja coração!
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Haja coração!
Um país precisa tanto de heróis públicos como dos anónimos de todos os dias.
Os portugueses têm no coração um carrossel de emoções. Um vaivém entre a apreensão e a esperança, o fatalismo (tão tipicamente nacional) e uma sementinha de otimismo que teima em vingar.
Hoje a Seleção Portuguesa estreia-se no Europeu de Futebol, em Saint-Étienne. Quando entrar em campo, os corações lusos hão de exaltar-se (e sofrer) com as cores nacionais, o hino e os nossos embaixadores. Um ambiente de confiança parecerá regenerador da estima coletiva. Um país precisa tanto de heróis públicos, como dos anónimos, de todos os dias. Boa Sorte, portanto!
Mas quando se ouvir o apito final, o "resto" da realidade, menos simples e menos feliz, estará à espera. O recente caso da reestruturação e capitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é mais um a somar-se ao puzzle turvo, difícil e ameaçador da economia nacional. Puzzle que o Governo tarda em esclarecer, restituindo confiança aos cidadãos, aos investidores e às instituições.
Não bastavam já as notícias do arrefecimento do crescimento económico e das exportações, e as do agravamento do desemprego e da execução orçamental, ressurgem agora densas nuvens sobre o sistema financeiro, com o "banco público" à cabeça. As cores do otimismo dão aqui lugar à sombria apreensão.
A CGD é um assunto demasiado sério para ser vítima do silêncio do Governo ou da hipocrisia dos partidos que o apoiam. É preciso saber exatamente o que motiva os maus resultados do banco, a sua reestruturação e capitalização pública. Até porque essa injeção de dinheiro às pazadas poderá ter efeitos negativos no défice do Estado e no cumprimento das regras em Bruxelas. Para ser "pública" ou beneficiar da mão protetora do Estado, uma instituição (financeira ou não financeira) deve ser sujeita a controlo e escrutínio. Não está em causa o fait-divers dos salários mas a qualidade e responsabilidade da decisão política. Haja bom senso – e coração!
14.06.2016 00:30
ALMEIDA HENRIQUES
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
Os portugueses têm no coração um carrossel de emoções. Um vaivém entre a apreensão e a esperança, o fatalismo (tão tipicamente nacional) e uma sementinha de otimismo que teima em vingar.
Hoje a Seleção Portuguesa estreia-se no Europeu de Futebol, em Saint-Étienne. Quando entrar em campo, os corações lusos hão de exaltar-se (e sofrer) com as cores nacionais, o hino e os nossos embaixadores. Um ambiente de confiança parecerá regenerador da estima coletiva. Um país precisa tanto de heróis públicos, como dos anónimos, de todos os dias. Boa Sorte, portanto!
Mas quando se ouvir o apito final, o "resto" da realidade, menos simples e menos feliz, estará à espera. O recente caso da reestruturação e capitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) é mais um a somar-se ao puzzle turvo, difícil e ameaçador da economia nacional. Puzzle que o Governo tarda em esclarecer, restituindo confiança aos cidadãos, aos investidores e às instituições.
Não bastavam já as notícias do arrefecimento do crescimento económico e das exportações, e as do agravamento do desemprego e da execução orçamental, ressurgem agora densas nuvens sobre o sistema financeiro, com o "banco público" à cabeça. As cores do otimismo dão aqui lugar à sombria apreensão.
A CGD é um assunto demasiado sério para ser vítima do silêncio do Governo ou da hipocrisia dos partidos que o apoiam. É preciso saber exatamente o que motiva os maus resultados do banco, a sua reestruturação e capitalização pública. Até porque essa injeção de dinheiro às pazadas poderá ter efeitos negativos no défice do Estado e no cumprimento das regras em Bruxelas. Para ser "pública" ou beneficiar da mão protetora do Estado, uma instituição (financeira ou não financeira) deve ser sujeita a controlo e escrutínio. Não está em causa o fait-divers dos salários mas a qualidade e responsabilidade da decisão política. Haja bom senso – e coração!
14.06.2016 00:30
ALMEIDA HENRIQUES
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
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