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Portugal e o dinheiro
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Portugal e o dinheiro
O bom serviço paga-se, a qualidade paga-se, a segurança paga-se, a exclusividade paga-se, as férias pagam-se e usufruir de um país destes com tantas coisas boas e à beira-mar plantado tem de se pagar
Estamos nas bocas do mundo e isso é já sabido por todos. São as publicações internacionais de referência que não largam Portugal, mas também quem por aqui passa ou quem de nós ouviu falar. É a comida, o bom tempo, a simpatia das pessoas, a história, o mar… Tudo conta para que quem nos visita se sinta realmente bem e queira voltar. Para além disto tudo, existe a questão da segurança, que é hoje em dia, a par do turismo, um dos melhores “bens” que temos para oferecer.
Num tempo cada vez mais perigoso, dizia um casal americano para outro, há uns dias, numa pizzaria da zona ribeirinha: “Imaginem lá que nos esquecemos da máquina fotográfica em cima da mesa do restaurante e, quando demos conta e voltámos atrás, ela ainda estava no mesmo sítio! Só mesmo aqui!” Excetuando meia dúzia de carteiristas no (elétrico ) 15 e no 28 e a famosa “Quina”, de 85 anos de idade, o facto é que somos uns privilegiados e temos ( já o disse anteriormente) que o utilizar a nosso favor, com mestria e subtileza, claro, que isto de fazer propaganda ainda desperta quem não deve.
Nota-se essa explosão de interesse no imobiliário, com os preços a dispararem em flecha, mas também nas enchentes dos hotéis durante um largo período do ano e nas zonas centrais de Porto e Lisboa, inundadas por todo o tipo de culturas e línguas. Parece-me, no entanto, que continuamos a ser excessivamente humildes quando chega a altura de nos equipararmos aos outros e de nos reconhecermos esta panóplia de virtudes que nos tornam tão queridos e apetecidos.
Quero com isto dizer que estamos a ter dificuldade em “entrar” no público Classe A, aquele que sobe os consumos per capita e traz reputação e longevidade aos destinos. E isso acontece sobretudo porque, salvo raras exceções (como a Quinta do Lago), temos uma tendência natural de confundir aquilo que é caro com aquilo que é “muito dinheiro”. O que é caro é o que vale menos do que o valor que na realidade despendemos. O que é “muito dinheiro” são artigos de luxo que têm um valor alto porque é o seu valor de mercado.
E é aqui que se empeça, porque nós temos sempre dificuldade em pedir “muito dinheiro” porque achamos que as pessoas que nos visitam vão achar caro. Mas não vão. Aliás, há um público específico que não se importa de gastar “muito dinheiro” desde que seja recompensado com a qualidade, a excelência, a privacidade ou a segurança. E nós não estamos a saber acompanhar os anseios desse público que é superimportante para o nosso turismo e para a economia também.
Não podemos correr o risco de nos tornarmos uma Benidorm (estância balnear espanhola onde desaguaram durante anos milhares de viagens de estudantes), temos antes de elevar a fasquia. E nisso temos muito que aprender com países que estão numa situação semelhante à nossa. Tanto Espanha como a Grécia, com as crises que são do conhecimento de todos. E não, nós, de facto, não lhes ficamos a dever nada em termos de serviço e apresentação na qualidade, mas sim nos detalhes e na forma como nos “vendemos”.
Foi um escândalo nacional quando começámos a cobrar 1 mísero euro como taxa de turismo a quem vem de fora. Pois não perdemos nem um único visitante por causa dessa medida. Temos, de facto, de melhorar muito na forma como promovemos alguns destinos do nosso país e temos que, de uma vez por todas, apoiar quem cria conceitos e conteúdos que vão ao encontro também desses que têm muito dinheiro para deixar cá, sem termos de achar que é um “roubo”.
O bom serviço paga-se, a qualidade paga-se, a segurança paga-se, a exclusividade paga-se, as férias pagam-se e usufruir de um país destes com tantas coisas boas e à beira-mar plantado tem de se pagar. É urgente, para não ficarmos rotulados com o turismo barato, que se criem condições para termos por cá diversos pontos de interesse ao nível dos melhores, para suscitarmos vontade de vir em quem não se importa de gastar muito. Não queremos ser um país caro, mas temos todo o interesse em que quem nos procura cá deixe “muito dinheiro”. É aí que reside a diferença.
01/07/2016
José Paulo do Carmo
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
Estamos nas bocas do mundo e isso é já sabido por todos. São as publicações internacionais de referência que não largam Portugal, mas também quem por aqui passa ou quem de nós ouviu falar. É a comida, o bom tempo, a simpatia das pessoas, a história, o mar… Tudo conta para que quem nos visita se sinta realmente bem e queira voltar. Para além disto tudo, existe a questão da segurança, que é hoje em dia, a par do turismo, um dos melhores “bens” que temos para oferecer.
Num tempo cada vez mais perigoso, dizia um casal americano para outro, há uns dias, numa pizzaria da zona ribeirinha: “Imaginem lá que nos esquecemos da máquina fotográfica em cima da mesa do restaurante e, quando demos conta e voltámos atrás, ela ainda estava no mesmo sítio! Só mesmo aqui!” Excetuando meia dúzia de carteiristas no (elétrico ) 15 e no 28 e a famosa “Quina”, de 85 anos de idade, o facto é que somos uns privilegiados e temos ( já o disse anteriormente) que o utilizar a nosso favor, com mestria e subtileza, claro, que isto de fazer propaganda ainda desperta quem não deve.
Nota-se essa explosão de interesse no imobiliário, com os preços a dispararem em flecha, mas também nas enchentes dos hotéis durante um largo período do ano e nas zonas centrais de Porto e Lisboa, inundadas por todo o tipo de culturas e línguas. Parece-me, no entanto, que continuamos a ser excessivamente humildes quando chega a altura de nos equipararmos aos outros e de nos reconhecermos esta panóplia de virtudes que nos tornam tão queridos e apetecidos.
Quero com isto dizer que estamos a ter dificuldade em “entrar” no público Classe A, aquele que sobe os consumos per capita e traz reputação e longevidade aos destinos. E isso acontece sobretudo porque, salvo raras exceções (como a Quinta do Lago), temos uma tendência natural de confundir aquilo que é caro com aquilo que é “muito dinheiro”. O que é caro é o que vale menos do que o valor que na realidade despendemos. O que é “muito dinheiro” são artigos de luxo que têm um valor alto porque é o seu valor de mercado.
E é aqui que se empeça, porque nós temos sempre dificuldade em pedir “muito dinheiro” porque achamos que as pessoas que nos visitam vão achar caro. Mas não vão. Aliás, há um público específico que não se importa de gastar “muito dinheiro” desde que seja recompensado com a qualidade, a excelência, a privacidade ou a segurança. E nós não estamos a saber acompanhar os anseios desse público que é superimportante para o nosso turismo e para a economia também.
Não podemos correr o risco de nos tornarmos uma Benidorm (estância balnear espanhola onde desaguaram durante anos milhares de viagens de estudantes), temos antes de elevar a fasquia. E nisso temos muito que aprender com países que estão numa situação semelhante à nossa. Tanto Espanha como a Grécia, com as crises que são do conhecimento de todos. E não, nós, de facto, não lhes ficamos a dever nada em termos de serviço e apresentação na qualidade, mas sim nos detalhes e na forma como nos “vendemos”.
Foi um escândalo nacional quando começámos a cobrar 1 mísero euro como taxa de turismo a quem vem de fora. Pois não perdemos nem um único visitante por causa dessa medida. Temos, de facto, de melhorar muito na forma como promovemos alguns destinos do nosso país e temos que, de uma vez por todas, apoiar quem cria conceitos e conteúdos que vão ao encontro também desses que têm muito dinheiro para deixar cá, sem termos de achar que é um “roubo”.
O bom serviço paga-se, a qualidade paga-se, a segurança paga-se, a exclusividade paga-se, as férias pagam-se e usufruir de um país destes com tantas coisas boas e à beira-mar plantado tem de se pagar. É urgente, para não ficarmos rotulados com o turismo barato, que se criem condições para termos por cá diversos pontos de interesse ao nível dos melhores, para suscitarmos vontade de vir em quem não se importa de gastar muito. Não queremos ser um país caro, mas temos todo o interesse em que quem nos procura cá deixe “muito dinheiro”. É aí que reside a diferença.
01/07/2016
José Paulo do Carmo
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
A nota é de Portugal esta a risco a saída da Zona Euro ou da União Europeia o Governo Socialista e os apoios no Parlamento, como as medidas de marxistas - socialistas em Portugal, sem o controlo da dívida pública e o crescimento económico, como o aumento de investimento público em elefantes brancos, no exemplo de linha entre a Aveiro - Espanha ou a linha de moinho ou a linha de Algarve são os investimentos públicos não a muito competitividades e como o menos de interesse europeu e a linha Sines - Caia a muito competitividade e como o menos de interesse europeu de 85% na ligação do porto de Sines com o atrasado de três ou de duas décadas construção a ferroviária de bitola europeia, como a aumento de capacidade na vantagem competitividade de Oceano Atlântico e de Canal Panamá no crescimento económico do nosso país, não a estar a Nordeste ou a Centro do nosso país a continuidade de instalar as empresas no centro e no norte, não a estar a Sudeste do nosso país em Sines, como a continuidade o pensamento politico não a zona especial fiscal é a Zona Franca de Sines e continuidade das quartas décadas a trás.
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