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“A arma do povo”
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“A arma do povo”
Quem não se sente com capacidades para usar a arma do voto deixe a arma em casa
Diz-se a propósito do dever cívico de intervenção em actos eleitorais, característico dos regimes democráticos, que “o voto é a arma do povo”. Não menos verdade é que o uso das armas deve obedecer a regras rigorosas de consciência, motivo pelo qual as sociedades civilizadas impõem a necessidade de se obter “licença de uso e porte de arma” para os detentores de armas de fogo, penalizando o uso das chamadas armas brancas, entre outras restrições.
Vem isto a propósito do recente referendo que levantou fervura entre os europeus pela debandada de um grupo dos seus membros e a consequente petição para novo referendo. Considero-a inaceitável pois no limite corremos o risco de se seguir nova petição e de se abrir o precedente de perante um resultado se repetir o escrutínio, em sucessivos actos, infinitos. Este episódio faz-me lembrar a criança perdedora que persuade o seu adversário de brincadeira a repetir a partida, alegando que a ronda seguinte será a sério, e determinante, não medindo o risco que corre que este requeira igual benesse após essa ronda, caso passe de ganhador a perdedor. O povo, munido da arma democrática do voto, tem de ser responsável e consciencioso. Deixar de lado os “cartões amarelos” a que recorre em determinados actos eleitoriais para penalizar governantes de outras esferas pois esses exercícios podem determinar resultados indesejados e democraticamente irreversíveis. Antes de se lançarem ideias de referendos em mais estados membros convém pensar-se que dos mesmos podem resultar mais decisões de saída, irreversíveis, e até penalizantes para todos. Referendar a presença na europa não é uma avaliação para as políticas de austeridade.
Experiências eleitorais de protesto geralmente acabam mal. Quem não se sente com plenas capacidades para usar a arma do voto deixe a arma em casa pois disparar sem direcção determina, na maioria dos casos, a morte a inocentes. A receita aplica-se também à política interna e aos actos eleitoriais que nos esperam nos próximos anos.
Importa avaliar o trabalho e decidir em consciência.
Rui Gomes Coelho, Economista
Diário de Notícias da Madeira Quarta, 6 de Julho de 2016
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