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Presidente Marcelo, mostra o que vales
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Presidente Marcelo, mostra o que vales
Marcelo brinca. Diz que as altas temperaturas de Verão incendiaram os ânimos. Mas o tempo não está para brincadeiras e é preciso mais que um analista a apregoar a palavra consenso. É preciso o Presidente.
No Facebook há uma página que se chama “Marcelo a Fazer Coisas”, a fazer humor de um Presidente da República algo hiperactivo mas que, até ver, toca o coração dos portugueses como eventualmente nenhum outro. Sobretudo compara bem com Cavaco Silva, que nem tocava corações nem foi eficaz naquilo que o país mais precisava: consensos políticos. Mas aqui Marcelo ainda não se provou e é exactamente sobre este ponto que vai recair a avaliação a fazer do actual Presidente.
Ainda estávamos a recuperar da legislatura mais crispada desde os primeiros tempos de democracia e eis-nos a iniciar, a passo rápido, uma que promete ser pior e aprofundar os estragos visíveis na abstenção, falta de confiança nos políticos, desinteresse geral. Marcelo brinca. Diz que as altas temperaturas de Verão incendiaram os ânimos. Mas o tempo não está para brincadeiras e é preciso mais que um analista a apregoar a palavra consenso. É preciso o Presidente.
1. O sistema financeiro: No meio de um duelo entre PS e PSD para decidir quem deixou ruir o sistema financeiro e, de caminho, provocou uma necessidade de recapitalização da Caixa de quatro mil milhões de euros, Marcelo diz que há consenso. Onde está? Fosse a CGD um banco cotado e as acções estariam ao nível das do Millennium BCP. Veremos o que aconteceu aos depósitos da instituição. O regabofe partidário em torno do relatório do Banif mostra bem o pavio curto ao centro.
2. O Orçamento do Estado para 2017: Vêm aí sanções ainda que simbólicas. O desafio não era evitar uma mão cheia de milhões, mas sim criar condições para que o défice fique abaixo dos 3% este ano e continue a trajectória de descida no próximo ano sem que, para isso, haja uma crise política e eleições antecipadas. Mas a esquerda já avisou: não alinha em austeridade. E o Presidente respondeu: não há consultas populares sobre a Europa, traçando o limite da mão que dará à geringonça.
3. Os vetos do Presidente: foram dois, ambos respostas assertivas à ala mais à esquerda da geringonça. Devolveu ao Parlamento o diploma que regula a gestação de substituição e agora impediu a lei que impedia investidores privados de entrar no capital da STCP e Metro do Porto. Se nos dois pontos anteriores o Presidente lembrou sobretudo o Professor Marcelo, analista ao Domingo, no que diz respeito aos vetos mostrou que estará lá para fazer o que o PS não pode: meter o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista na ordem, enquanto não se regressa a um Governo de centro, a visão de Marcelo.
É preciso mais do que um Marcelo a “fazer coisas”. É preciso que Marcelo entregue. Não entregar é colocar Portugal de novo no centro do furacão europeu. E se não for o Presidente, não é ninguém.
00:05 h
Alexandra de Almeida Ferreira, Consultora
Económico
No Facebook há uma página que se chama “Marcelo a Fazer Coisas”, a fazer humor de um Presidente da República algo hiperactivo mas que, até ver, toca o coração dos portugueses como eventualmente nenhum outro. Sobretudo compara bem com Cavaco Silva, que nem tocava corações nem foi eficaz naquilo que o país mais precisava: consensos políticos. Mas aqui Marcelo ainda não se provou e é exactamente sobre este ponto que vai recair a avaliação a fazer do actual Presidente.
Ainda estávamos a recuperar da legislatura mais crispada desde os primeiros tempos de democracia e eis-nos a iniciar, a passo rápido, uma que promete ser pior e aprofundar os estragos visíveis na abstenção, falta de confiança nos políticos, desinteresse geral. Marcelo brinca. Diz que as altas temperaturas de Verão incendiaram os ânimos. Mas o tempo não está para brincadeiras e é preciso mais que um analista a apregoar a palavra consenso. É preciso o Presidente.
1. O sistema financeiro: No meio de um duelo entre PS e PSD para decidir quem deixou ruir o sistema financeiro e, de caminho, provocou uma necessidade de recapitalização da Caixa de quatro mil milhões de euros, Marcelo diz que há consenso. Onde está? Fosse a CGD um banco cotado e as acções estariam ao nível das do Millennium BCP. Veremos o que aconteceu aos depósitos da instituição. O regabofe partidário em torno do relatório do Banif mostra bem o pavio curto ao centro.
2. O Orçamento do Estado para 2017: Vêm aí sanções ainda que simbólicas. O desafio não era evitar uma mão cheia de milhões, mas sim criar condições para que o défice fique abaixo dos 3% este ano e continue a trajectória de descida no próximo ano sem que, para isso, haja uma crise política e eleições antecipadas. Mas a esquerda já avisou: não alinha em austeridade. E o Presidente respondeu: não há consultas populares sobre a Europa, traçando o limite da mão que dará à geringonça.
3. Os vetos do Presidente: foram dois, ambos respostas assertivas à ala mais à esquerda da geringonça. Devolveu ao Parlamento o diploma que regula a gestação de substituição e agora impediu a lei que impedia investidores privados de entrar no capital da STCP e Metro do Porto. Se nos dois pontos anteriores o Presidente lembrou sobretudo o Professor Marcelo, analista ao Domingo, no que diz respeito aos vetos mostrou que estará lá para fazer o que o PS não pode: meter o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista na ordem, enquanto não se regressa a um Governo de centro, a visão de Marcelo.
É preciso mais do que um Marcelo a “fazer coisas”. É preciso que Marcelo entregue. Não entregar é colocar Portugal de novo no centro do furacão europeu. E se não for o Presidente, não é ninguém.
00:05 h
Alexandra de Almeida Ferreira, Consultora
Económico
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