Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 371 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 371 visitantes :: 2 motores de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
A vitória da política
Página 1 de 1
A vitória da política
Na linguagem eurocrata, a ideia de melhorar a “arrecadação de receita” e de “controlar a despesa” dificilmente consegue distanciar-se da ideia de mais impostos e de menos Estado Social.
A recomendação ao Conselho, por parte da Comissão Europeia, para o cancelamento da multa a Portugal, decidida a 12 de Julho em Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (ECOFIN) por suposta inércia no combate ao défice excessivo é uma decisão política rara num patamar que, tradicionalmente, se apresenta como sendo mais técnico do que político.
Claro que esta reviravolta tinha de ser embrulhada em páginas de recomendações, com novas metas, novas sugestões e avisos, entre os quais o de que Portugal “use os ganhos inesperados para acelerar a redução do défice e da dívida”. Dificilmente se ouvirá de gente técnica dizer para usar ganhos inesperados no alívio da austeridade imposta às pessoas.
É também sugerido que Portugal adopte, em 2016, medidas de consolidação no montante de 0,25% do PIB, e ainda que sejam implementados mecanismos de controlo da despesa adicionais na aquisição de bens e serviços feitos pelo Estado, a par da adopção de mais medidas de natureza estrutural para alcançar o esforço estrutural recomendado.
Isto e o mínimo possível de produtos com IVA reduzido (a 6% e a 13%), sem esquecer aquilo que Bruxelas mais gosta, ou seja, um Plano B, uma medida alternativa para aplicar se os riscos detectados vierem a concretizar-se, recomendações que parecem contraditórias com uma outra, também referida, a falar em consolidações orçamentais amigas do crescimento.
Na linguagem eurocrata, a ideia de melhorar a “arrecadação de receita” e de “controlar a despesa” dificilmente consegue distanciar-se da ideia de mais impostos e de menos Estado Social. Basta lembrar que a referência ao sistema de saúde é sempre feita a pensar na mais rápida regularização total dos pagamentos em atraso a fornecedores do sistema.
Mas independentemente de todas as reticências que estão a servir de embrulho à recomendação da Comissão Europeia ao Conselho para cancelar qualquer multa ou sanção a Portugal, a verdade é que a reviravolta verificada, uma reviravolta impossível de esconder, é um sinal de que a Política está a regressar à ribalta, sem medo dos pragmatismos tecnocratas que a anulavam.
00:05 h
Luís Lima, Presidente da CIMLOP e da APEMIP
Económico
A recomendação ao Conselho, por parte da Comissão Europeia, para o cancelamento da multa a Portugal, decidida a 12 de Julho em Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (ECOFIN) por suposta inércia no combate ao défice excessivo é uma decisão política rara num patamar que, tradicionalmente, se apresenta como sendo mais técnico do que político.
Claro que esta reviravolta tinha de ser embrulhada em páginas de recomendações, com novas metas, novas sugestões e avisos, entre os quais o de que Portugal “use os ganhos inesperados para acelerar a redução do défice e da dívida”. Dificilmente se ouvirá de gente técnica dizer para usar ganhos inesperados no alívio da austeridade imposta às pessoas.
É também sugerido que Portugal adopte, em 2016, medidas de consolidação no montante de 0,25% do PIB, e ainda que sejam implementados mecanismos de controlo da despesa adicionais na aquisição de bens e serviços feitos pelo Estado, a par da adopção de mais medidas de natureza estrutural para alcançar o esforço estrutural recomendado.
Isto e o mínimo possível de produtos com IVA reduzido (a 6% e a 13%), sem esquecer aquilo que Bruxelas mais gosta, ou seja, um Plano B, uma medida alternativa para aplicar se os riscos detectados vierem a concretizar-se, recomendações que parecem contraditórias com uma outra, também referida, a falar em consolidações orçamentais amigas do crescimento.
Na linguagem eurocrata, a ideia de melhorar a “arrecadação de receita” e de “controlar a despesa” dificilmente consegue distanciar-se da ideia de mais impostos e de menos Estado Social. Basta lembrar que a referência ao sistema de saúde é sempre feita a pensar na mais rápida regularização total dos pagamentos em atraso a fornecedores do sistema.
Mas independentemente de todas as reticências que estão a servir de embrulho à recomendação da Comissão Europeia ao Conselho para cancelar qualquer multa ou sanção a Portugal, a verdade é que a reviravolta verificada, uma reviravolta impossível de esconder, é um sinal de que a Política está a regressar à ribalta, sem medo dos pragmatismos tecnocratas que a anulavam.
00:05 h
Luís Lima, Presidente da CIMLOP e da APEMIP
Económico
Tópicos semelhantes
» Diz que é uma espécie de vitória
» Importante vitória dos trabalhadores portuários
» Terrorismo: o papel do poder judicial e a vitória da democracia
» Importante vitória dos trabalhadores portuários
» Terrorismo: o papel do poder judicial e a vitória da democracia
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin