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Estado de graça a chegar ao fim
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Estado de graça a chegar ao fim
Tanta miséria não podia acontecer em melhor altura. Agosto, ao gosto de cada um, traz polémicas fáceis de esquecer. Os convites da Galp a governantes e dirigentes dos vários partidos, fogos que ardem para político ver e desastres de gestão comunicacional em dossiês como o da Caixa Geral de Depósitos são sempre melhores no mês da praia.
Desta semana basta-nos reter algumas frases feitas do tipo "pior era impossível"; "não lembrava ao diabo" ou "tão mau que parece impossível". E não vale a pena entrar na luta de claques, argumentando que se fosse com o governo de Passos Coelho ninguém perdoava, porque a verdade é que também ninguém perdoou sendo com o governo de António Costa. A vantagem dos socialistas é que tudo de mau lhes aconteceu em Agosto. É um belíssimo mês para pôr as culpas no excesso de sol. Adiante. A gestão da composição da nova administração da Caixa foi um desastre, mas ainda não acabou. E o pior está para vir. Recapitalização e reestruturação do banco do Estado serão determinantes para acabar com o estado de graça em que vive o governo socialista, como viveram os anteriores governos nos primeiros meses de vida.
Estão a chegar os momentos verdadeiramente difíceis na gestão comunicacional da "geringonça". Ver e ouvir comentadores da área socialista a criticar a gestão do dossiê CGD e, já sem papas na língua, a apontar culpados, procurando salvaguardar as figuras mais gratas do poder, revela que esse mesmo poder já percebeu que chegou a hora de ter alguém para sacrificar. O Bloco e o PCP também têm linhas vermelhas e não fazem a defesa total do governo de Costa. Estão firmes na disposição de reforçar com mais arames a firmeza da "geringonça", mas já não se coíbem de ser tão duros como a oposição em dossiês como as viagens da Galp ou a administração da CGD. Na banca continuarão a surgir problemas e não se vislumbra como pode este tema correr bem ao PS e ao governo.
Sabemos todos como é praticamente impossível reverter o fim de um estado de graça. Isto não significa que a esquerda não continue em melhores condições para ganhar as próximas eleições, aconteçam elas quando acontecerem. Mas significa que, no comentário político, é recuperada alguma liberdade, porque se perde a vergonha de dizer mal do que se tinha como certo. Este PS e este governo já não estão virgens. Vão ver como o debate político sofrerá alterações profundas. O sistema financeiro (Novo Banco, Caixa e banco mau para o malparado) fará que o governo fique a falar sozinho.
21 DE AGOSTO DE 2016
00:00
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
Desta semana basta-nos reter algumas frases feitas do tipo "pior era impossível"; "não lembrava ao diabo" ou "tão mau que parece impossível". E não vale a pena entrar na luta de claques, argumentando que se fosse com o governo de Passos Coelho ninguém perdoava, porque a verdade é que também ninguém perdoou sendo com o governo de António Costa. A vantagem dos socialistas é que tudo de mau lhes aconteceu em Agosto. É um belíssimo mês para pôr as culpas no excesso de sol. Adiante. A gestão da composição da nova administração da Caixa foi um desastre, mas ainda não acabou. E o pior está para vir. Recapitalização e reestruturação do banco do Estado serão determinantes para acabar com o estado de graça em que vive o governo socialista, como viveram os anteriores governos nos primeiros meses de vida.
Estão a chegar os momentos verdadeiramente difíceis na gestão comunicacional da "geringonça". Ver e ouvir comentadores da área socialista a criticar a gestão do dossiê CGD e, já sem papas na língua, a apontar culpados, procurando salvaguardar as figuras mais gratas do poder, revela que esse mesmo poder já percebeu que chegou a hora de ter alguém para sacrificar. O Bloco e o PCP também têm linhas vermelhas e não fazem a defesa total do governo de Costa. Estão firmes na disposição de reforçar com mais arames a firmeza da "geringonça", mas já não se coíbem de ser tão duros como a oposição em dossiês como as viagens da Galp ou a administração da CGD. Na banca continuarão a surgir problemas e não se vislumbra como pode este tema correr bem ao PS e ao governo.
Sabemos todos como é praticamente impossível reverter o fim de um estado de graça. Isto não significa que a esquerda não continue em melhores condições para ganhar as próximas eleições, aconteçam elas quando acontecerem. Mas significa que, no comentário político, é recuperada alguma liberdade, porque se perde a vergonha de dizer mal do que se tinha como certo. Este PS e este governo já não estão virgens. Vão ver como o debate político sofrerá alterações profundas. O sistema financeiro (Novo Banco, Caixa e banco mau para o malparado) fará que o governo fique a falar sozinho.
21 DE AGOSTO DE 2016
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Paulo Baldaia
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