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Produtividade? 4 dias de trabalho e 3 de descanso
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Produtividade? 4 dias de trabalho e 3 de descanso
Passamos o tempo a cogitar e a falar das sempiternas reformas do Estado. São as gorduras, nos consumos intermédios, as teorias de mais ou menos horas, são os PowerPoints, são guiões, com os melhoramentos que ficam bem nas apresentações, mas deixam a desejar na sua aplicabilidade prática.
Já há muito tempo que sabemos qual é o principal problema do nosso país, múltiplos diagnósticos de uma miríade de organizações, consultores, gurus e afins o disseram, a produtividade.
Os números falam por si. Somos menos produtivos que os países mais avançados. E somos, é mesmo no plural. Não vale a pena assobiar para o lado, ou fingir que isso é um problema do vizinho. É um país que no seu conjunto não consegue ser mais produtivo, por mais horas de trabalho que faça.
Podemos deixar de lados as teorias? Sim, vamos ao âmago da questão. Como podemos aumentar a produtividade? Como fazemos para os trabalhadores portugueses renderem mais?
Deixemo-nos de lirismos. O incentivo ou é monetário ou é ao nível do lazer.
Um país em crise, (sim, a descolagem ainda não aconteceu), não tem muita capacidade para ir pelo lado monetário. Obviamente que um vencimento atractivo é um grande incentivo, para um trabalhador produzir mais. Essa seria uma medida crucial e determinante. Tal situação, porém, com o estado da nossa economia, carece de melhores dias. Recordo o Governo de Pedro Santana Lopes, com a sugestão de ligar os aumentos salarias à subida da produtividade. Medida correcta, porém, já lá vão mais de doze anos e nada foi feito para o estímulo da produtividade.
O nosso país perde tempo e recursos de forma desnecessária. Por termos esta forma de estar, venho eu, simples cidadão, deixar uma proposta concreta. Já o digo há uns bons anos, mas agora, com a força de exemplo, arrisco-me a descrevê-la.
No mundo actual, não fará mais sentido organizarmo-nos em quatro dias de trabalho e três dias de descanso?
Juntemos 40 horas semanais de trabalho, distribuídas por 4 dias. Quantos, por forma das exigências laborais, já não trabalham mais de 10 horas por dia?
Não seria um bom incentivo para a produtividade? Sabermos que trabalhamos quatro dias de forma intensa, mas teríamos três dias de descanso?
O estado do Utah, nos Estados Unidos da América, já implementou esta solução com resultados bem positivos. Algumas start-ups começam a implementar este sistema, ou em alternativa, cedem a tarde de sexta-feira. São pequenos estímulos que fazem toda a diferença.
Passamos a maior parte do tempo a trabalhar, mas não nos podemos esquecer que cada trabalhador é uma pessoa, um ser humano, que precisa do seu tempo pessoal, que precisa de descansar e dedicar tempo útil à família. Até numa lógica de incentivo à natalidade, esta seria uma boa medida.
É que menos tempo pressupõe mais foco. Menos dispersão e menos desatenção. Trabalhar é hoje uma forma de ganharmos a vida para... vivermos. Não é, nem nunca poderá ser um fim em si mesmo. É um meio. De subsistência.
Quantas vezes não achamos o nosso fim-de-semana curto? Chegamos ao domingo e percebemos que o tempo voou? Não teríamos mais motivação e ânimo à segunda-feira se tivéssemos descansado três dias?
Fica a minha sugestão como singelo contributo para o aumento de produtividade nacional. Não é ser procrastinador, não é ser amante do ócio. É querer trabalhar e descansar com tempo, que à medida que passa mais escasso fica, é querer motivar quem trabalha e dar uma vida condigna a cada trabalhador. Mais do que manifestações ou jornadas semanais de 35 horas. Mais do que pedidos irrealistas, bem podemos começar por reformar a forma como nos organizamos. Vale a pena pensar e ousar mudar.
DIOGO AGOSTINHO
22.08.2016 às 8h01
Expresso
Já há muito tempo que sabemos qual é o principal problema do nosso país, múltiplos diagnósticos de uma miríade de organizações, consultores, gurus e afins o disseram, a produtividade.
Os números falam por si. Somos menos produtivos que os países mais avançados. E somos, é mesmo no plural. Não vale a pena assobiar para o lado, ou fingir que isso é um problema do vizinho. É um país que no seu conjunto não consegue ser mais produtivo, por mais horas de trabalho que faça.
Podemos deixar de lados as teorias? Sim, vamos ao âmago da questão. Como podemos aumentar a produtividade? Como fazemos para os trabalhadores portugueses renderem mais?
Deixemo-nos de lirismos. O incentivo ou é monetário ou é ao nível do lazer.
Um país em crise, (sim, a descolagem ainda não aconteceu), não tem muita capacidade para ir pelo lado monetário. Obviamente que um vencimento atractivo é um grande incentivo, para um trabalhador produzir mais. Essa seria uma medida crucial e determinante. Tal situação, porém, com o estado da nossa economia, carece de melhores dias. Recordo o Governo de Pedro Santana Lopes, com a sugestão de ligar os aumentos salarias à subida da produtividade. Medida correcta, porém, já lá vão mais de doze anos e nada foi feito para o estímulo da produtividade.
O nosso país perde tempo e recursos de forma desnecessária. Por termos esta forma de estar, venho eu, simples cidadão, deixar uma proposta concreta. Já o digo há uns bons anos, mas agora, com a força de exemplo, arrisco-me a descrevê-la.
No mundo actual, não fará mais sentido organizarmo-nos em quatro dias de trabalho e três dias de descanso?
Juntemos 40 horas semanais de trabalho, distribuídas por 4 dias. Quantos, por forma das exigências laborais, já não trabalham mais de 10 horas por dia?
Não seria um bom incentivo para a produtividade? Sabermos que trabalhamos quatro dias de forma intensa, mas teríamos três dias de descanso?
O estado do Utah, nos Estados Unidos da América, já implementou esta solução com resultados bem positivos. Algumas start-ups começam a implementar este sistema, ou em alternativa, cedem a tarde de sexta-feira. São pequenos estímulos que fazem toda a diferença.
Passamos a maior parte do tempo a trabalhar, mas não nos podemos esquecer que cada trabalhador é uma pessoa, um ser humano, que precisa do seu tempo pessoal, que precisa de descansar e dedicar tempo útil à família. Até numa lógica de incentivo à natalidade, esta seria uma boa medida.
É que menos tempo pressupõe mais foco. Menos dispersão e menos desatenção. Trabalhar é hoje uma forma de ganharmos a vida para... vivermos. Não é, nem nunca poderá ser um fim em si mesmo. É um meio. De subsistência.
Quantas vezes não achamos o nosso fim-de-semana curto? Chegamos ao domingo e percebemos que o tempo voou? Não teríamos mais motivação e ânimo à segunda-feira se tivéssemos descansado três dias?
Fica a minha sugestão como singelo contributo para o aumento de produtividade nacional. Não é ser procrastinador, não é ser amante do ócio. É querer trabalhar e descansar com tempo, que à medida que passa mais escasso fica, é querer motivar quem trabalha e dar uma vida condigna a cada trabalhador. Mais do que manifestações ou jornadas semanais de 35 horas. Mais do que pedidos irrealistas, bem podemos começar por reformar a forma como nos organizamos. Vale a pena pensar e ousar mudar.
DIOGO AGOSTINHO
22.08.2016 às 8h01
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