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Portos nacionais movimentam mais 0,8% até Julho; Sines já representa 53,8% do total
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Portos nacionais movimentam mais 0,8% até Julho; Sines já representa 53,8% do total
É mais um recorde que cai: entre Janeiro e Julho deste ano, o conjunto dos portos nacionais movimentou um total de 53,2 milhões de toneladas, valor que representa um crescimento de 0,8% face ao mesmo período do ano passado e, por conseguinte, o melhor registo de sempre no período em questão.
Apesar do ligeiro decréscimo da carga embarcada (-0,6%) registado no período, o aumento de carga embarcada nos portos nacionais (+1,9%) chegou para tornar estes sete meses nos melhores primeiros sete meses de sempre em Portugal.
Porém, é importante realçar que apenas um dos portos nacionais registou crescimento até Julho: o porto de Sines. Dito isto, percebe-se que o crescimento global é alavancado pelo porto alentejano que manuseou mais 9,6% do que até Julho de 2015 (2,5 milhões de toneladas) e já representa 53,8% do total - é essa representatividade que leva a que a sua subida arraste consigo todo o sistema portuário nacional.
Entre as quebras, o destaque vai para o porto de Lisboa, com um decréscimo de 18,5%, movimentando menos 1,25 milhões de toneladas do que no período homólogo de 2015.
Como referido anteriormente, o porto de Sines mantém a posição de líder no sistema portuário, representando agora 53,8% do total do movimento portuário, com um movimento de 28,6 milhões de toneladas. Seguem-se Leixões (19,6%), Lisboa (10,3%) e Setúbal (8,5%).
Contentores em quebra, apesar de Sines
Por segmentos, o mercado de contentores registou, até Julho, um movimento superior a 1,5 milhões de TEU, correspondente a uma quebra de -1,7% face ao período homólogo de 2015 (-3,1% em número). Este comportamento negativo é determinado pelo porto de Lisboa que regista uma quebra de -34,1% no volume de TEU movimentado.
Com sinal contrário encontram-se os portos de Setúbal, Leixões, Figueira da Foz e Sines que movimentaram +42,7%, +8,1%, +3,5% e +1,6%, respetivamente, sem, contudo, terem conseguido anular a quebra referida.
Em Sines destaca-se mais uma vez a importância do tráfego de transhipment, cujo volume no período janeiro-julho de 2016 representa cerca de 78,4% do total de TEU movimentados no porto. No entanto, este número reflete uma quebra (-0,3%) quando comparado com igual período de 2015. No que respeita ao mercado de Contentores, Sines é líder com 54% do total de TEU movimentados, seguindo-se Leixões com 26,1%, Lisboa com 12,6% e Setúbal com 6,5%.
Os primeiros sete meses de 2016 registaram 6280 (-1,1% face ao mesmo período de 2015) escalas de navios das diversas tipologias, incluindo os navios de cruzeiro, e uma arqueação bruta (GT) global superior a 111 milhões (+3,3% face ao período homólogo). Esta variação global do número de escalas resultou nomeadamente da conjugação dos acréscimos de +6,8% em Viana do Castelo, +0,4% em Leixões, +12,1% em Setúbal e +16,4% em Sines (o número mais elevado de sempre nos períodos homólogos), com as quebras registadas em Lisboa, de -20,2%, Aveio, -6,5%, e Figueira da Foz, -1%.
O comportamento dos mercados das cargas regista várias assimetrias. A Carga Geral e dos Granéis Líquidos registaram, de Janeiro-Julho de 2016, +2,5% e +2,7%, respetivamente, resultado do crescimento do mercado de carga Contentorizada (+7,6%), no primeiro, e do movimento do Petróleo Bruto (+21,2%), no segundo. Já a classe dos Granéis Sólidos registou -5,6%, por efeito conjugado das quebras registadas nos mercados do Carvão, Minérios e dos Outros Granéis Sólidos com o acréscimo nos Produtos Agrícolas.
A carga embarcada, com origem no hinterland dos portos comerciais, na qual as “exportações” assumem um peso importante, registou nos primeiros sete meses de 2016, um volume de cerca de 22,7 milhões de toneladas, refletindo uma diminuição de cerca de -0,6% face ao período homólogo de 2015, representando 42,7% do total da carga movimentada. Em termos de classes de acondicionamento de carga, constata-se que a dos Granéis Líquidos foi a única que registou variação positiva na tonelagem embarcada, +7,3% face ao mesmo período de 2015.
A Carga Contentorizada, o Carvão e os Produtos Agrícolas, são os grandes responsáveis pelas variações positivas deste segmento de tráfego, registando valores de +5,4%, +18,5% e +33,9%, respetivamente.
Sublinha-se ainda o facto de apenas o porto de Sines ter contrariado o registo de variações negativas no volume de carga embarcada, ao registar um acréscimo de +17,3% face ao igual período de 2015. Todos os restantes portos embarcaram um volume de carga inferior.
Quanto ao volume de carga desembarcada, na qual as “importações” representam em regra mais de 90%, registou um aumento de cerca de +1,9%, face ao valor observado no mesmo período de 2015, atingindo 30,5 milhões de toneladas, o valor mais elevado de sempre, muito influenciado pelo aumento de +10,6% no movimento de carga Contentorizada, +3,4% de Produtos Agrícolas e de +7% do Petróleo Bruto.
Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os portos que registam um volume de embarques (carga embarcada) superior ao dos desembarques (carga desembarcada), com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 78,4%, 63,9%, 59,8% e 100%, respetivamente.
22/09/2016
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