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A grande encenação... das pequenas negociações
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A grande encenação... das pequenas negociações
Em política o que parece é... e atualmente parece que não há oposição ao governo. Enquanto o governo parece estar por toda a parte. Onde está um deputado de esquerda ou sindicalista está um governante em potência.
Não há oposição dos partidos das direitas porque a falta de pontaria, aliada à falta de jeito crónica para fazer oposição, ainda não permitiu encontrar o tom adequado para se imporem e oporem ao departamento de marketing e vendas das esquerdas.
Desta forma, a enorme e longa experiência dos partidos que suportam o governo na gestão do seu eleitorado de protesto das esquerdas, começa agora a dar os seus frutos ao ser aplicada exaustivamente na gestão da opinião pública e publicada. Também outrora de protesto e atualmente apenas de furor.
A criação de um indispensável inimigo interno imaginário, porque externos já são vários, é assim indispensável para criar a dinâmica do experimentalismo social, politico e ideológico atualmente posto em prática.
O processo experimental mais recente baseia-se nos sucessivos testes à opinião pública sobre subidas de diferentes impostos, com variadas justificações, por variados motivos, por inúmeras vias e canais, por distintas pessoas.
O nível de sofisticação é tal que os magos da negociação encenam o velhinho truque do polícia-bom e polícia-mau com experientes atores e atrizes de excelente qualidade, para deleite da audiência popular e populista de tamanho espetáculo ambulante.
A qualidade da encenação é tal, que os próprios intervenientes se convencem da narrativa do seu guião, brilhantemente escrito e estrondosamente executado. Mas tanto brilhantismo e estrondo levam por vezes a exageros e dão azo a improvisações, num contínuo teste aos limites da sua capacidade de representação.
A peça atualmente em cena do imposto sobre o imobiliário do Ricos e/ou dos Super-Ricos foi um sucesso na ante-estreia do BE perante uma audiência do PS, em jeito de audição de novos talentos. Uma talentosa deputada fez vibrar a plateia contratada para o efeito, com exagerados aplausos face ao que tinha sido combinado.
De tal forma que o feitiço se virou contra os feiticeiros, levando uma certa parte do PS menos dada às artes a pôr em causa tão exagerada reação. Não que a performance não fosse convincente mas certamente por inveja profissional.
Tamanho exagero de improvisação obrigou assim outro deputado do BE a justificar o injustificável. Afinal terá sido apenas um simulacro de incêndio nas hostes à esquerda, pois tudo não passava de uma encenação para testar a opinião pública e publicada. Parece que se tratava de pura “estratégia mediática” do governo e seus governantes sombra para testar a reação das forças reacionárias imaginárias. Para que depois o governo pudesse vir proteger os Ricos, que também merecem o ar que respiram afinal.
O simulacro está feito e afinal parece que ainda há muitos Ricos em Portugal, pelo que apenas aumentarão os impostos para os Super-Ricos. Bondade do governo para os Ricos, criando desta vez uma exceção na luta contra “as desigualdades”, pois a classe média já lá vai.
Não perca os próximos episódios, num teatro perto de si…
27.09.2016 às 7h00
PAULO BARRADAS
Expresso
Não há oposição dos partidos das direitas porque a falta de pontaria, aliada à falta de jeito crónica para fazer oposição, ainda não permitiu encontrar o tom adequado para se imporem e oporem ao departamento de marketing e vendas das esquerdas.
Desta forma, a enorme e longa experiência dos partidos que suportam o governo na gestão do seu eleitorado de protesto das esquerdas, começa agora a dar os seus frutos ao ser aplicada exaustivamente na gestão da opinião pública e publicada. Também outrora de protesto e atualmente apenas de furor.
A criação de um indispensável inimigo interno imaginário, porque externos já são vários, é assim indispensável para criar a dinâmica do experimentalismo social, politico e ideológico atualmente posto em prática.
O processo experimental mais recente baseia-se nos sucessivos testes à opinião pública sobre subidas de diferentes impostos, com variadas justificações, por variados motivos, por inúmeras vias e canais, por distintas pessoas.
O nível de sofisticação é tal que os magos da negociação encenam o velhinho truque do polícia-bom e polícia-mau com experientes atores e atrizes de excelente qualidade, para deleite da audiência popular e populista de tamanho espetáculo ambulante.
A qualidade da encenação é tal, que os próprios intervenientes se convencem da narrativa do seu guião, brilhantemente escrito e estrondosamente executado. Mas tanto brilhantismo e estrondo levam por vezes a exageros e dão azo a improvisações, num contínuo teste aos limites da sua capacidade de representação.
A peça atualmente em cena do imposto sobre o imobiliário do Ricos e/ou dos Super-Ricos foi um sucesso na ante-estreia do BE perante uma audiência do PS, em jeito de audição de novos talentos. Uma talentosa deputada fez vibrar a plateia contratada para o efeito, com exagerados aplausos face ao que tinha sido combinado.
De tal forma que o feitiço se virou contra os feiticeiros, levando uma certa parte do PS menos dada às artes a pôr em causa tão exagerada reação. Não que a performance não fosse convincente mas certamente por inveja profissional.
Tamanho exagero de improvisação obrigou assim outro deputado do BE a justificar o injustificável. Afinal terá sido apenas um simulacro de incêndio nas hostes à esquerda, pois tudo não passava de uma encenação para testar a opinião pública e publicada. Parece que se tratava de pura “estratégia mediática” do governo e seus governantes sombra para testar a reação das forças reacionárias imaginárias. Para que depois o governo pudesse vir proteger os Ricos, que também merecem o ar que respiram afinal.
O simulacro está feito e afinal parece que ainda há muitos Ricos em Portugal, pelo que apenas aumentarão os impostos para os Super-Ricos. Bondade do governo para os Ricos, criando desta vez uma exceção na luta contra “as desigualdades”, pois a classe média já lá vai.
Não perca os próximos episódios, num teatro perto de si…
27.09.2016 às 7h00
PAULO BARRADAS
Expresso
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