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A competitividade é a produtividade do topo
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A competitividade é a produtividade do topo
Fazer mais todos os dias, ser mais produtivo, no mundo competitivo de hoje, é importante mas não chega. A produtividade foca a pequena melhoria, a geração de mais "output", o fazer as coisas melhor.
Visa a eficiência e é relevante para nos manter a competir. Podemos ser afastados por não criarmos suficiente valor, porque os nossos serviços são bons, mas são mais caros do que serviços semelhantes. Ou termos menos qualidade e sermos mais baratos, mas não o suficiente para sermos competitivos. São equilíbrios difíceis. É importante ser eficiente, mas é vital ser eficaz, ser competitivo. Isto é, não apenas trabalhar bem, mas trabalhar bem a fazer o que vale a pena.
A questão de fundo do aumento da produtividade, que se mede pelo crescimento do valor do "output" por hora de trabalho, paradoxalmente tem pouco que ver com o que cada um de nós, por si só, pode fazer no seu dia-a-dia. Tantas vezes, tal é o ritmo do trabalho na organização que muito boa gente pensa como se pode aumentar mais a produtividade? E pensa bem, porque o problema da produtividade que Portugal enfrenta pouco tem de solucionável por cada um de nós individualmente considerado.
Em termos de produtividade estrita, o aumento do valor do "output" por hora do trabalho de cada profissional, organização, região e do país como um todo, pode fazer-se dentro do que sempre se fez, ou seja, no âmbito dos negócios, cultura, estruturas, tecnologias, sistemas, qualificações, competências e capacidades de cada um, mas apenas até um certo ponto - parafusos serão sempre parafusos, nunca poderão ser novas tecnologias ou medicamentos. Este é o ponto vital para o aumento da produtividade: a competitividade. Não apenas melhorar, aumentar a eficiência, mas mudar, evoluir no sistema de valor, sofisticar produtos e serviços e alterar processos de trabalho.
A competitividade é a produtividade colocada num contexto de mudança. E o que mais influencia o que cada um de nós faz num dado contexto é o entendimento desse mesmo contexto. Esse entendimento de fundo, que marca o ambiente em que a produtividade pode ou não subir, deve necessariamente ser hoje desenvolvido no âmbito de uma sociedade intensamente tecnológica e globalizada.
Quando muita gente se questiona: produzir mais como? A resposta é fazendo outras coisas, de outras formas, aproveitando gente qualificada em domínios inovadores.
São dinâmicas diferentes, a produtividade e a competitividade, mas estão relacionadas. A longo prazo e no topo das organizações, na liderança das empresas, na condução de uma sociedade, a produtividade é a competitividade.
Professor na Universidade Católica Portuguesa
FERNANDO ILHARCO | 30 Setembro 2016, 00:01
Negócios
Visa a eficiência e é relevante para nos manter a competir. Podemos ser afastados por não criarmos suficiente valor, porque os nossos serviços são bons, mas são mais caros do que serviços semelhantes. Ou termos menos qualidade e sermos mais baratos, mas não o suficiente para sermos competitivos. São equilíbrios difíceis. É importante ser eficiente, mas é vital ser eficaz, ser competitivo. Isto é, não apenas trabalhar bem, mas trabalhar bem a fazer o que vale a pena.
A questão de fundo do aumento da produtividade, que se mede pelo crescimento do valor do "output" por hora de trabalho, paradoxalmente tem pouco que ver com o que cada um de nós, por si só, pode fazer no seu dia-a-dia. Tantas vezes, tal é o ritmo do trabalho na organização que muito boa gente pensa como se pode aumentar mais a produtividade? E pensa bem, porque o problema da produtividade que Portugal enfrenta pouco tem de solucionável por cada um de nós individualmente considerado.
Em termos de produtividade estrita, o aumento do valor do "output" por hora do trabalho de cada profissional, organização, região e do país como um todo, pode fazer-se dentro do que sempre se fez, ou seja, no âmbito dos negócios, cultura, estruturas, tecnologias, sistemas, qualificações, competências e capacidades de cada um, mas apenas até um certo ponto - parafusos serão sempre parafusos, nunca poderão ser novas tecnologias ou medicamentos. Este é o ponto vital para o aumento da produtividade: a competitividade. Não apenas melhorar, aumentar a eficiência, mas mudar, evoluir no sistema de valor, sofisticar produtos e serviços e alterar processos de trabalho.
A competitividade é a produtividade colocada num contexto de mudança. E o que mais influencia o que cada um de nós faz num dado contexto é o entendimento desse mesmo contexto. Esse entendimento de fundo, que marca o ambiente em que a produtividade pode ou não subir, deve necessariamente ser hoje desenvolvido no âmbito de uma sociedade intensamente tecnológica e globalizada.
Quando muita gente se questiona: produzir mais como? A resposta é fazendo outras coisas, de outras formas, aproveitando gente qualificada em domínios inovadores.
São dinâmicas diferentes, a produtividade e a competitividade, mas estão relacionadas. A longo prazo e no topo das organizações, na liderança das empresas, na condução de uma sociedade, a produtividade é a competitividade.
Professor na Universidade Católica Portuguesa
FERNANDO ILHARCO | 30 Setembro 2016, 00:01
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