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Problemas de memória
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Problemas de memória
1 Jerónimo de Sousa conta, com piada, que quando foi eleito para a Assembleia Constituinte, com vinte e poucos anos, ao entrar pela primeira vez em S. Bento, um funcionário, habituado ao estilo da então Assembleia Nacional, o tratou por "senhor doutor". E que, perante a resposta de que não o era, rapidamente o funcionário retorquiu "desculpe, senhor engenheiro". Tenho-me lembrado desta história quando vejo, agora, a vergonhosa situação de um assessor e de um chefe de gabinete do atual Governo, que mentiram dizendo que tinham licenciaturas (um deles até tinha duas!) quando as não têm. Do mesmo modo que vimos a forma como Sócrates ou Miguel Relvas tiraram as suas licenciaturas (de tal modo escandalosas, que a este último a mesma lhe foi retirada!). Problema do país que apenas valoriza este estatuto? Também, mas tal não pode servir de desculpa. A essência do problema está no caráter de quem recorre a estes subterfúgios.
2 No passado dia 27, João Miguel Tavares, no "Público", escreveu um artigo intitulado "É difícil ser de Direita em Portugal". No mesmo dia, aqui, no JN, Nuno Melo escrevia um artigo intitulado "É fácil ser de Esquerda em Portugal". Com estilos diferentes, os conteúdos dos artigos eram parecidos, provando que a agência de comunicação da Direita funciona bem. Querem eles fazer-nos crer que à Esquerda tudo se perdoa, enquanto à Direita nada é perdoado. Por outras palavras, as decisões da Direita merecem o repúdio da opinião pública e da comunicação social. E medidas "semelhantes" (na opinião deles...) tomadas pela Esquerda são encaradas com benevolência e mesmo cumplicidade. Já não dá para esconder que, afinal, o diabo não chegou em setembro e que, ao contrário das suas profecias, o défice não subiu por aí acima, apesar da reposição de salários, pensões, feriados e outros direitos surripiados pela Direita. O problema agora é, coitaditos, a incapacidade dos portugueses e da comunicação social de verem o que a eles parece óbvio! Como dizia a mãe do soldado a desfilar na parada em dia de juramento de bandeira: só o meu filho marcha direito, os outros vão todos com o passo trocado! Enfim, entraram na fase Calimero...
3 O Ministro das Finanças alemão decidiu dizer, numa conferência de imprensa na Roménia, que Portugal "estava a ser muito bem-sucedido até ao novo Governo". O primeiro-ministro português reagiu, bem, dizendo mais ao menos que "vozes de burro não chegam ao Céu". Mas esta afirmação do senhor Schauble (que se segue à da chanceler alemã, que dizia que Portugal tinha licenciados a mais...) demonstra que, hoje, os governantes alemães falam dos restantes países europeus como se tivessem ganho a 2.ª Guerra Mundial! O que é intolerável!
* ENGENHEIRO
Rui Sá
Hoje às 00:00
Jornal de Notícias
2 No passado dia 27, João Miguel Tavares, no "Público", escreveu um artigo intitulado "É difícil ser de Direita em Portugal". No mesmo dia, aqui, no JN, Nuno Melo escrevia um artigo intitulado "É fácil ser de Esquerda em Portugal". Com estilos diferentes, os conteúdos dos artigos eram parecidos, provando que a agência de comunicação da Direita funciona bem. Querem eles fazer-nos crer que à Esquerda tudo se perdoa, enquanto à Direita nada é perdoado. Por outras palavras, as decisões da Direita merecem o repúdio da opinião pública e da comunicação social. E medidas "semelhantes" (na opinião deles...) tomadas pela Esquerda são encaradas com benevolência e mesmo cumplicidade. Já não dá para esconder que, afinal, o diabo não chegou em setembro e que, ao contrário das suas profecias, o défice não subiu por aí acima, apesar da reposição de salários, pensões, feriados e outros direitos surripiados pela Direita. O problema agora é, coitaditos, a incapacidade dos portugueses e da comunicação social de verem o que a eles parece óbvio! Como dizia a mãe do soldado a desfilar na parada em dia de juramento de bandeira: só o meu filho marcha direito, os outros vão todos com o passo trocado! Enfim, entraram na fase Calimero...
3 O Ministro das Finanças alemão decidiu dizer, numa conferência de imprensa na Roménia, que Portugal "estava a ser muito bem-sucedido até ao novo Governo". O primeiro-ministro português reagiu, bem, dizendo mais ao menos que "vozes de burro não chegam ao Céu". Mas esta afirmação do senhor Schauble (que se segue à da chanceler alemã, que dizia que Portugal tinha licenciados a mais...) demonstra que, hoje, os governantes alemães falam dos restantes países europeus como se tivessem ganho a 2.ª Guerra Mundial! O que é intolerável!
* ENGENHEIRO
Rui Sá
Hoje às 00:00
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