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A importância da memória
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A importância da memória
Escrevo a propósito do livro "Ilídio Pinho: uma vida. O empresário e a utilidade pública", da autoria de José Manuel Mendonça e que foi lançado no pretérito dia 11 na Universidade de Aveiro.
Trata-se de uma obra singular a vários títulos: pelo modo como foi construída num mano-a-mano entre autor e biografado que se afasta da separação de papéis habitual nestes casos; pelo retrato, profusamente documentado, do empreendedor permanente - nacional e internacional - e do crescente sentido de utilidade pública que o move; ou, ainda, porque concretizou o objetivo - e cito o autor - de "abordar aspetos importantes e de valia para o ensino do empreendedorismo de base tecnológica - estratégia, operações, tecnologia, inovação, liderança - a partir de um caso português".
"A memória é a consciência inserida no tempo", escreveu Fernando Pessoa. Algo que ilustra bem o percurso evolutivo do próprio Ilídio Pinho, muito determinado pelas suas próprias escolhas. Mas sem querer desmerecer o livro, notável já o disse, é outro motivo que me faz trazê-lo à colação. Muitas coisas foram escritas e ditas sobre a importância da memória para a história dos povos e para a identidade dos países. Julgo que neste campo das memórias dos nossos mais proeminentes empresários e industriais, desejavelmente empreendedores, é muito pobre o nosso acervo. Seria absolutamente pertinente corrigir esta trajetória quanto antes, aproveitando a possibilidade de dispor do máximo de testemunhos em nome próprio. O que quero sublinhar é que o país precisa de uma biblioteca dos casos industriais e de empreendedorismo de sucesso, relatados de preferência na primeira pessoa.
Justificam-se mais biografias, ensaios, dissertações de mestrado ou teses de doutoramento, outros olhares, sobre esta temática. Para além do seu mérito absoluto, espero que este livro possa trazer esse bónus adicional de entusiasmar pares do agora biografado, mas também editores e livreiros, académicos e estudiosos para que a tal biblioteca se vá constituindo.
Precisamos, realmente, de mais e melhor memória sobre os processos de criação de riqueza no país; e sobre o espírito, o sentido estratégico e as opções daqueles que os foram determinando. Até porque, como diz Ilídio Pinho, "A experiência a par da aprendizagem estimula o desejo de ser empresário".
*REITOR DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO
22.09.2015
MANUEL ANTÓNIO ASSUNÇÃO
Jornal de Notícias
Trata-se de uma obra singular a vários títulos: pelo modo como foi construída num mano-a-mano entre autor e biografado que se afasta da separação de papéis habitual nestes casos; pelo retrato, profusamente documentado, do empreendedor permanente - nacional e internacional - e do crescente sentido de utilidade pública que o move; ou, ainda, porque concretizou o objetivo - e cito o autor - de "abordar aspetos importantes e de valia para o ensino do empreendedorismo de base tecnológica - estratégia, operações, tecnologia, inovação, liderança - a partir de um caso português".
"A memória é a consciência inserida no tempo", escreveu Fernando Pessoa. Algo que ilustra bem o percurso evolutivo do próprio Ilídio Pinho, muito determinado pelas suas próprias escolhas. Mas sem querer desmerecer o livro, notável já o disse, é outro motivo que me faz trazê-lo à colação. Muitas coisas foram escritas e ditas sobre a importância da memória para a história dos povos e para a identidade dos países. Julgo que neste campo das memórias dos nossos mais proeminentes empresários e industriais, desejavelmente empreendedores, é muito pobre o nosso acervo. Seria absolutamente pertinente corrigir esta trajetória quanto antes, aproveitando a possibilidade de dispor do máximo de testemunhos em nome próprio. O que quero sublinhar é que o país precisa de uma biblioteca dos casos industriais e de empreendedorismo de sucesso, relatados de preferência na primeira pessoa.
Justificam-se mais biografias, ensaios, dissertações de mestrado ou teses de doutoramento, outros olhares, sobre esta temática. Para além do seu mérito absoluto, espero que este livro possa trazer esse bónus adicional de entusiasmar pares do agora biografado, mas também editores e livreiros, académicos e estudiosos para que a tal biblioteca se vá constituindo.
Precisamos, realmente, de mais e melhor memória sobre os processos de criação de riqueza no país; e sobre o espírito, o sentido estratégico e as opções daqueles que os foram determinando. Até porque, como diz Ilídio Pinho, "A experiência a par da aprendizagem estimula o desejo de ser empresário".
*REITOR DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO
22.09.2015
MANUEL ANTÓNIO ASSUNÇÃO
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