Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

cais  2019  tvi24  2017  2014  2013  2011  2018  2015  2016  2012  cmtv  2010  2023  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
 A água e os "soundbites" EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
 A água e os "soundbites" EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
 A água e os "soundbites" EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
 A água e os "soundbites" EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
 A água e os "soundbites" EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
 A água e os "soundbites" EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
 A água e os "soundbites" EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
 A água e os "soundbites" EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
 A água e os "soundbites" EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


 A água e os "soundbites" Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
404 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 404 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

A água e os "soundbites"

Ir para baixo

 A água e os "soundbites" Empty A água e os "soundbites"

Mensagem por Admin Seg Nov 21, 2016 12:04 pm

De tempos a tempos, o país é confrontado com números e estatísticas sobre o preço da água dos municípios. O foco destes estudos é exclusivamente a tarifa em vigor, levando-se ao absurdo exemplos de "uma família média composta por 10 pessoas". O que deixa no ar, desde logo, a dúvida sobre a seriedade destes estudos e a ânsia de quem os promove em fazer manchetes ou acenar com números apetecíveis para os meios de Comunicação Social.

Vivemos na era dos "soundbites". Não é novidade. Mas, ainda assim, impõe-se que quem tem responsabilidade de informar ajude a desmistificar a mensagem.

A contextualização histórica da rede pública de água no nosso país é crucial nos momentos de análise dos números sobre o atual tarifário da água. Pode dar trabalho a investigar, é certo. Pode incomodar algum Poder, é verdade. Mas sem memória, o ser humano padece de algum mal.

Nos anos 90, muitos municípios portugueses viram-se impedidos de se candidatar a fundos comunitários para a construção da rede pública de água domiciliária nos seus concelhos. Outros não. Até hoje, são desconhecidas as razões, ou os engenhos, que levaram a esta desigualdade de oportunidades. Alguns conseguiram milhões vindos de fora para investir. Outros tiveram de arranjar alternativas a um Estado que não entendia que a necessidade de uma rede pública de água era da sua competência.

As assimetrias começaram nesse momento. Santo Tirso foi, exatamente, um dos vários municípios que ficou de fora dos fundos comunitários. Mas urgia dar resposta às populações. O orçamento municipal não poderia comportar investimentos de milhões de euros. Se assim fosse, o que aconteceria à educação, aos apoios sociais, ao desporto ou à cultura?

A solução foi concessionar, por pressão do Estado. A empresa privada seria responsável pelo investimento de milhões de euros na construção da rede pública de água, valor que seria ressarcido a longo prazo, através do pagamento das tarifas. Só assim foi possível avançar e antecipar a construção de vários quilómetros de rede em Santo Tirso.

Estamos na época da afirmação do princípio "utilizador-pagador" que foi aplicado a vários setores dos serviços públicos.

As assimetrias de tratamento nesta matéria mantiveram-se até há pouco tempo. No anterior quadro comunitário, foram chumbadas propostas de alargamento da rede de água através do POVT, da responsabilidade do anterior Governo. O dinheiro não chegou aos municípios e, pasme-se, ainda foi devolvido a Bruxelas.

Mais. Alguém já se esqueceu que os municípios portugueses, não todos, têm uma dívida de 650 milhões de euros à Águas de Portugal? Cobram tarifas baixas, porque não pagam ao fornecedor? É legal? Vale a pena prevaricar?

Se do ponto de vista do contexto se impõe recontar a história, também é imperativo perceber qual o verdadeiro impacto das tarifas da água nos orçamentos dos agregados familiares. Afinal, é esse o objetivo destes estudos. Correto?!

Pois. A questão é que estes estudos se esquecem de avaliar todos os apoios que são dados às famílias, recentrando a preocupação: estão, ou não, as nossas famílias a receber os devidos apoios sociais, face ao impacto das despesas mensais nos seus orçamentos?

Que tipo de apoios recebe uma família que vive em Bragança e outra em Santo Tirso? Tem direito a vacinas gratuitas para os filhos? Tem transportes escolares de graça para os filhos do 10.º, 11.º e 12.º anos? Usufrui de atividades durante as férias escolares sem custos? Está contemplada com fruta escolar e lanches gratuitos? Beneficia de um subsídio municipal ao arrendamento? É abrangida por um Plano de Emergência Municipal? Tem redução de IMI, nomeadamente para famílias numerosas? Tem oportunidade de frequentar gratuitamente aulas de desporto? Se sim, qual o impacto que a tarifa da água tem no seu orçamento familiar? Provavelmente muito pouco, face a todas as medidas de amortecimento financeiro que foram tomadas pela Câmara de Santo Tirso nas mais variadas áreas. Por isso, uma família que vive num concelho com água mais barata poderá, muito provavelmente, viver melhor em Santo Tirso.

Enquanto as estatísticas forem feitas para "vender" números aos jornais, continuaremos a ser invadidos por "soundbites". O problema, esse, vai continuar a existir: estarão o Estado e os municípios a dar os apoios necessários a quem realmente precisa?

Por isso, desafio as diferentes entidades a visitar Santo Tirso. A fazer um estudo-piloto, sério e abrangente. Até lá, estes estudos servem apenas para confundir. São "soundbites".

*PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

Joaquim Couto*
Hoje às 00:02
Diário de Notícias
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos