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Última tranche, sim ou não?
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Última tranche, sim ou não?
Ao levantar, à margem de um colóquio em Bruxelas, a hipótese de Portugal abdicar da última tranche do empréstimo de 78 mil milhões da troika, a ministra das Finanças deixou no ar duas questões interessantes e a merecer análise:
primeiro, apesar de o período de assistência financeira internacional ter terminado em maio, o País só receberá os 2,6 mil milhões de euros ainda em falta quando o Governo apresentar medidas alternativas às chumbadas pelo Tribunal Constitucional; segundo, o Governo de Passos Coelho conseguiu, com a insistência na austeridade e uma ida estratégica aos mercados, criar uma almofada financeira que lhe dá alternativas neste momento ao dinheiro oriundo do FMI, do BCE e da Comissão Europeia.
Também, pelo que se percebe das taxas de juro praticadas pela troika, uma ida ao mercado seria uma alternativa mais cara, mas não muito. O que significa que a hipótese sugerida por Maria Luís Albuquerque, a acontecer, será uma decisão essencialmente política. Marcaria, desde logo, uma diferença em relação ao modelo irlandês, sempre tão elogiado pelos governantes portugueses.
Se abdicar da derradeira tranche é bom ou não, é uma incógnita. Veremos se Passos Coelho alinha com a mesma visão, de que um certo risco compensa, da sua ministra.
Desafio ao Paquistão
Nascido em 1947 como pátria para os muçulmanos da Índia, o Paquistão tem uma história conturbada, onde os períodos de ditadura militar alternam com época de democracia, como hoje. Ao mesmo tempo, contas por ajustar com a Índia, a irmã-inimiga, levaram já a três guerras, duas delas por causa da soberania sobre Caxemira, e dificultam o desenvolvimento, pois as despesas militares são avultadas e a verba fazia falta noutras áreas, em especial na educação.
Contudo, mesmo com todos os seus problemas, este país de 190 milhões de pessoas, o segundo com mais muçulmanos, é um ator importante da cena internacional, sobretudo na Ásia do Sul e Central, tanto mais que possui armas nucleares. Os Estados Unidos sempre fizeram questão de ter o Paquistão entre os seus aliados regionais, fosse na época da Guerra Fria fosse mais tarde no desafio aos talibãs afegãos, e a China não deixa de cortejar os líderes paquistaneses para uma frente comum contra a Índia.
Ora, os dois ataques ao aeroporto de Carachi, a capital económica, por militantes islamitas vêm uma vez mais mostrar a fragilidade de um Estado que teve o azar de ver morrer logo em 1948 Ali Jinnah, o pai fundador. Ficou sempre por resolver o equilíbrio entre o islão como religião oficial e uma tradição laica que era a do próprio Jinnah, advogado formado na Inglaterra. Como ficou por resolver o equilíbrio entre sunitas e xiitas, ou a relação entre pastunes, sindhis, punjabis e baluches e os mohajirs, os muçulmanos vindos da Índia no momento da partição.
11-06-2014
DN
primeiro, apesar de o período de assistência financeira internacional ter terminado em maio, o País só receberá os 2,6 mil milhões de euros ainda em falta quando o Governo apresentar medidas alternativas às chumbadas pelo Tribunal Constitucional; segundo, o Governo de Passos Coelho conseguiu, com a insistência na austeridade e uma ida estratégica aos mercados, criar uma almofada financeira que lhe dá alternativas neste momento ao dinheiro oriundo do FMI, do BCE e da Comissão Europeia.
Também, pelo que se percebe das taxas de juro praticadas pela troika, uma ida ao mercado seria uma alternativa mais cara, mas não muito. O que significa que a hipótese sugerida por Maria Luís Albuquerque, a acontecer, será uma decisão essencialmente política. Marcaria, desde logo, uma diferença em relação ao modelo irlandês, sempre tão elogiado pelos governantes portugueses.
Se abdicar da derradeira tranche é bom ou não, é uma incógnita. Veremos se Passos Coelho alinha com a mesma visão, de que um certo risco compensa, da sua ministra.
Desafio ao Paquistão
Nascido em 1947 como pátria para os muçulmanos da Índia, o Paquistão tem uma história conturbada, onde os períodos de ditadura militar alternam com época de democracia, como hoje. Ao mesmo tempo, contas por ajustar com a Índia, a irmã-inimiga, levaram já a três guerras, duas delas por causa da soberania sobre Caxemira, e dificultam o desenvolvimento, pois as despesas militares são avultadas e a verba fazia falta noutras áreas, em especial na educação.
Contudo, mesmo com todos os seus problemas, este país de 190 milhões de pessoas, o segundo com mais muçulmanos, é um ator importante da cena internacional, sobretudo na Ásia do Sul e Central, tanto mais que possui armas nucleares. Os Estados Unidos sempre fizeram questão de ter o Paquistão entre os seus aliados regionais, fosse na época da Guerra Fria fosse mais tarde no desafio aos talibãs afegãos, e a China não deixa de cortejar os líderes paquistaneses para uma frente comum contra a Índia.
Ora, os dois ataques ao aeroporto de Carachi, a capital económica, por militantes islamitas vêm uma vez mais mostrar a fragilidade de um Estado que teve o azar de ver morrer logo em 1948 Ali Jinnah, o pai fundador. Ficou sempre por resolver o equilíbrio entre o islão como religião oficial e uma tradição laica que era a do próprio Jinnah, advogado formado na Inglaterra. Como ficou por resolver o equilíbrio entre sunitas e xiitas, ou a relação entre pastunes, sindhis, punjabis e baluches e os mohajirs, os muçulmanos vindos da Índia no momento da partição.
11-06-2014
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