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Portugal não pode ser complacente
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Portugal não pode ser complacente
O ano de 2016 foi difícil para a Europa. Estamos sob ameaça contínua de ataques terroristas. A cooperação entre os Estados-membros, em matéria de admissão e integração de refugiados, continua desigual. O Reino Unido votou para deixar a União Europeia. O populismo e o extremismo estão a aumentar, questionando a solidariedade europeia que nos trouxe mais de 70 anos de paz e estabilidade. De forma mais aberta e sonora do que nunca, a Europa foi acusada de ser a fonte dos problemas e de não contribuir para soluções para os nossos cidadãos.
Espero que essa corrente se altere em 2017. Temos de aproveitar a oportunidade para pôr em perspetiva o que a Europa conseguiu nas últimas décadas e que futuro pode trazer a todos nós. De todos os continentes do mundo, alcançamos o mais alto nível de prosperidade e proteção social. A economia de mercado social que caracteriza a Europa de hoje trouxe uma combinação única de crescimento económico e progresso social. O mercado único europeu continua a ser a maior economia do mundo e contribuiu para um nível de prosperidade, para a maioria das pessoas, que os Estados-membros nunca teriam conseguido alcançar individualmente. Além disso, a prosperidade é distribuída mais uniformemente do que na maior parte do mundo.
Ainda temos muito trabalho pela frente, para superar as consequências da crise económica que marcou profundamente a coesão social das nossas sociedades. Todavia, há sinais encorajadores que indicam que os esforços estão a dar frutos. O emprego nunca foi tão elevado na Europa, com 232 milhões de europeus com trabalhos remunerados. O desemprego e a pobreza estão em queda. Também em Portugal vejo sinais encorajadores, e espero que esta tendência continue em 2017. Portugal teve o maior crescimento de emprego de todos os países da União Europeia no final do ano passado. O desemprego está a diminuir e o mercado de trabalho continua a recuperar. A desigualdade, a pobreza e a exclusão social estão a tornar-se cada vez menos pronunciadas.
Escusado será dizer que não podemos dar-nos ao luxo de ser complacentes. O emprego está a crescer, mas muitas pessoas continuam sem emprego - não só em Portugal, mas na União como um todo. A evolução tecnológica e a organização do trabalho estão a redefinir as economias e os mercados de trabalho. A globalização está a acentuar estas tendências e a velocidade da mudança está a enervar muitos cidadãos. Se este novo ambiente é uma ameaça ou uma oportunidade, dependerá da nossa capacidade e determinação para nos adaptarmos e inovarmos.
Olho com ansiedade o que está no primeiro plano do meu campo de trabalho em 2017: a Comissão apresentará na primavera a proposta de um Pilar Europeu dos Direitos Sociais. À medida que a Europa prosseguir no caminho da recuperação, este Pilar servirá para nortear a política para mercados de trabalho justos e dinâmicos, nos quais todos terão a oportunidade de utilizar os seus talentos.
Comissária de Emprego, assuntos sociais e inclusão
06 DE JANEIRO DE 2017
00:00
Marianne Thyssen
Diário de Notícias
Espero que essa corrente se altere em 2017. Temos de aproveitar a oportunidade para pôr em perspetiva o que a Europa conseguiu nas últimas décadas e que futuro pode trazer a todos nós. De todos os continentes do mundo, alcançamos o mais alto nível de prosperidade e proteção social. A economia de mercado social que caracteriza a Europa de hoje trouxe uma combinação única de crescimento económico e progresso social. O mercado único europeu continua a ser a maior economia do mundo e contribuiu para um nível de prosperidade, para a maioria das pessoas, que os Estados-membros nunca teriam conseguido alcançar individualmente. Além disso, a prosperidade é distribuída mais uniformemente do que na maior parte do mundo.
Ainda temos muito trabalho pela frente, para superar as consequências da crise económica que marcou profundamente a coesão social das nossas sociedades. Todavia, há sinais encorajadores que indicam que os esforços estão a dar frutos. O emprego nunca foi tão elevado na Europa, com 232 milhões de europeus com trabalhos remunerados. O desemprego e a pobreza estão em queda. Também em Portugal vejo sinais encorajadores, e espero que esta tendência continue em 2017. Portugal teve o maior crescimento de emprego de todos os países da União Europeia no final do ano passado. O desemprego está a diminuir e o mercado de trabalho continua a recuperar. A desigualdade, a pobreza e a exclusão social estão a tornar-se cada vez menos pronunciadas.
Escusado será dizer que não podemos dar-nos ao luxo de ser complacentes. O emprego está a crescer, mas muitas pessoas continuam sem emprego - não só em Portugal, mas na União como um todo. A evolução tecnológica e a organização do trabalho estão a redefinir as economias e os mercados de trabalho. A globalização está a acentuar estas tendências e a velocidade da mudança está a enervar muitos cidadãos. Se este novo ambiente é uma ameaça ou uma oportunidade, dependerá da nossa capacidade e determinação para nos adaptarmos e inovarmos.
Olho com ansiedade o que está no primeiro plano do meu campo de trabalho em 2017: a Comissão apresentará na primavera a proposta de um Pilar Europeu dos Direitos Sociais. À medida que a Europa prosseguir no caminho da recuperação, este Pilar servirá para nortear a política para mercados de trabalho justos e dinâmicos, nos quais todos terão a oportunidade de utilizar os seus talentos.
Comissária de Emprego, assuntos sociais e inclusão
06 DE JANEIRO DE 2017
00:00
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