O COMÉRCIO - UM PROBLEMA DE ... ARITMÉTICAS

As operações com que todos devíamos saber lidar, de preferência sem equívocos comprometedores, representarão no Comércio diferentes posturas e perspetivas, não só sobre aquilo que o setor significa para a economia do país e das cidades, mas também para o que deveria representar para o seu futuro.

Mas até simples operações, ditas aritméticas, parecem ser objeto de tradução tão díspar que, por vezes, parecem consubstanciar fundamento para a ação ou inação, por parte dos principais grupos (ou meros conjuntos?) de atores:

I) COMERCIANTES/EMPRESÁRIOS - a SUBTRAÇÃO (-) de há muito; diminuem-se (-); menosprezam-se, vitimizam-se; vão demasiadas vezes a menos (-).

II) ESTRUTURAS ASSOCIATIVAS - a DIVISÃO ( entre pares; quocientes (/)comprometidos; dividir ( para reinar ou ... será para sobreviver? a imprescindível união do que parece, ainda, demasiado dividido (/).

III) ADMINISTRAÇÃO LOCAL/CÂMARA MUNICIPAL - a ADIÇÃO (+) de atribuições e competências em matéria de Comércio; soma (+) de receita(s), sejam os licenciamentos, as taxas ou os impostos municipais; querer fazer mais (+) e melhor nem sempre será crer mais (+) em melhorar!

IV) ADMINISTRAÇÃO CENTRAL/GOVERNO - a MULTIPLICAÇÃO (x) de burocracias; remodelam-se vezes (x) demais para tão parco(s) resultado(s) (=); mobiliza-se vezes (x) de menos para algo, por vezes (x), poder-se fazer; multiplicam-se (x) adiamentos!

O facto de serem quatro os grupos de atores e quatro as operações poderá ser visto como mera coincidência, mas (...) para que não fique, uma vez mais, tudo igual (=), algo haverá a ... operacionalizar, e que não seja por falta de ... operações, por muito que se possa entender o tema do Comércio como ... uma mera aritmética, em que o resultado (=), curiosamente, até poderia e deveria agradar a todas as partes! 

Ainda assim, a esperança poderá residir na constatação de que, apesar de tudo, têm-se MULTIPLICADO ideias sobre Comércio, por haver ADIÇÃO de conhecimento sobre o tema, DIVIDINDO-SE opiniões pela sua DIFERENÇA e, felizmente, + criativas e + inovadoras, bem MAIS, e - amadoras e - inflexíveis, bem MENOS.

Apesar de tudo, o problema não será apenas uma questão de contas, pois todos queremos que a palavra ainda conte.

 Cremos em tal ... aritmética!

João Barreta
22.01.2017 - 16:13
Montijo
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