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Inferências: Deve, ou não, o concelho do Barreiro decidir sobre o seu território?
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Inferências: Deve, ou não, o concelho do Barreiro decidir sobre o seu território?
“Quem me dera que o concelho do Barreiro pudesse decidir sobre o seu território”, disse Rui Lopo, vereador responsável pela área do Planeamento, no decorrer do debate sobre a actividade portuária, que decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal.
Escutei as palavras de Rui Lopo e senti um turbilhão de textos escritos ao longo dos anos, debates em que participei, projectos nado-mortos que vi nascer, ideias-sonho que fluiram, como se fosse um filme. Tudo passou em segundos no meu pensamento.
Aquela frase, na sua simplicidade, era uma verdadeira “bomba atómica” sobre a realidade da vida sócio-económica do concelho do Barreiro.
Nela senti emergir as muitas divergências politicas circunstanciais na vida local. Aquelas divergências que marcam as opções de quem, acima do Barreiro – tem dois amores e não sabe – ou sabe – qual gosta mais. Depende apenas de ser oposição ou governo.
Nela reencontrei o Barreiro à procura do seu futuro e dessa vontade de sentir que é dado e definido um uso útil ao seu território.
Nela reencontrei o grande visionário Sardinha Pereira e todos os que, como ele, sonharam Barreiro e contribuíram para dar vida à vida deste território. Recuperando-o. Revitalizando-o.
Nela senti a realidade histórica do Barreiro na qual este concelho se afirmou – da CUF à Quimigal, da Quimigal ao MUDA, do MUDA ao Masterplan, do Masterplan ao Plano de Urbanização da Quimiparque e áreas envolventes. E agora, essa miragem dita – Terminal de Contentores do Barreiro.
Admiro a perseverança e a capacidade de diálogo e envolvimento de parceiros de Carlos Humberto, presidente da Câmara Municipal, que não desiste, é resiliente, sente na pele as mais paupérrimas acusações – ora de um lado, ora do outro - mas, afinal, vai levando a água ao moinho, acreditando que é por ali que Lisboa, um dia descobrirá, que é uma capital metropolitana de duas margens. Acredita. Sonha. Luta.
Esta frase de Rui Lopo, afinal, podia e devia, ser um dos grandes temas a debater e aprofundar neste ano que se aproximam as eleições autárquicas, de forma a encontrar caminhos de esperança para o Barreiro.
Sim, porque nela está contida toda uma agenda de desenvolvimento de uma cidade, de um concelho, de uma região e o seu papel na Área Metropolitana de Lisboa.
Uma frase onde se pode encontrar a cultura de um concelho, no passado, distante e recente e as suas angústias de futuro.
Uma frase que devia ser colocada na agenda de todos os candidatos e ser transformada num grande tema de reflexão para os barreirenses.
Uma frase que, dentro de si, tem a força do sonho e da impotência.
Afinal uma frase que nos leva a pensar, de uma vez por todas, se faz sentido continuar a insistir neste “mono” enquadramento estratégico. Ou como é possível que este pensamento “mono estratégico” deixe de ser uma ficção e possa tornar-se real.
Para isso, de facto, é preciso encontrar resposta à pergunta – Deve, ou não, o concelho do Barreiro decidir sobre o seu território?
Talvez sim, talvez não…a ver vamos!
António Sousa Pereira
29.01.2017 - 13:11
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