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A areia no fim da miragem
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A areia no fim da miragem
O modelo de sociedade e o modelo de desenvolvimento têm de evoluir conjuntamente - porque é na sua disjunção que está o efectivo processo da crise.
A FRASE...
"O centro-esquerda europeu sabe que só se poderá salvar no quadro europeu e não no quadro nacional, ao qual se rende cada vez mais na vã tentativa de não perder eleições. No médio prazo, ceder ao nacionalismo e ao populismo será a sua verdadeira condenação à morte."
Teresa de Sousa, Público, 29 de Janeiro de 2017
A ANÁLISE...
Na História, nada se perde, tudo se transforma. Os que querem resistir à transformação escondendo-se nas trincheiras das conquistas irreversíveis e dos proteccionismos desistem da História. A evolução das tecnologias e das economias implica que é na escala das redes empresariais globais que se decide a competitividade e o potencial de crescimento económico. Os que procuram na miragem do passado a água cristalina que lhes tire a sede ficam com a boca cheia de areia seca quando acaba a ilusão.
O nacionalismo e o populismo só existem porque se caiu num tempo de crise. Mas a crise só existe porque os que exerceram o poder não souberam apresentar aos eleitores, nem proteger nas instituições, a articulação estável entre o modelo de sociedade que dizem defender e o modelo de desenvolvimento que têm de promover e de gerir para poderem sustentar esse modelo de sociedade. O modelo de desenvolvimento há muito que se libertou das pequenas escalas dos mercados nacionais - e não é possível responder à crise existente com a regressão para o potencial de crescimento dos mercados internos e das moedas nacionais. O modelo de sociedade que está inscrito nos programas partidários e nas constituições já mudou há muito com o fim dos impérios europeus, com as alterações demográficas e com os custos crescentes das políticas públicas. O modelo de sociedade e o modelo de desenvolvimento têm de evoluir conjuntamente - porque é na sua disjunção que está o efectivo processo da crise.
A União Europeia apresentou-se como o dispositivo que permitia evitar a guerra na Europa. Só será isso se for um dispositivo muito mais importante e ambicioso: a criação de escala nas economias e nas sociedades europeias que permita à política voltar a ajustar o modelo de sociedade ao modelo de desenvolvimento.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
maovisivel@gmail.com
Joaquim Aguiar
30 de Janeiro de 2017 às 19:30
Negócios
A FRASE...
"O centro-esquerda europeu sabe que só se poderá salvar no quadro europeu e não no quadro nacional, ao qual se rende cada vez mais na vã tentativa de não perder eleições. No médio prazo, ceder ao nacionalismo e ao populismo será a sua verdadeira condenação à morte."
Teresa de Sousa, Público, 29 de Janeiro de 2017
A ANÁLISE...
Na História, nada se perde, tudo se transforma. Os que querem resistir à transformação escondendo-se nas trincheiras das conquistas irreversíveis e dos proteccionismos desistem da História. A evolução das tecnologias e das economias implica que é na escala das redes empresariais globais que se decide a competitividade e o potencial de crescimento económico. Os que procuram na miragem do passado a água cristalina que lhes tire a sede ficam com a boca cheia de areia seca quando acaba a ilusão.
O nacionalismo e o populismo só existem porque se caiu num tempo de crise. Mas a crise só existe porque os que exerceram o poder não souberam apresentar aos eleitores, nem proteger nas instituições, a articulação estável entre o modelo de sociedade que dizem defender e o modelo de desenvolvimento que têm de promover e de gerir para poderem sustentar esse modelo de sociedade. O modelo de desenvolvimento há muito que se libertou das pequenas escalas dos mercados nacionais - e não é possível responder à crise existente com a regressão para o potencial de crescimento dos mercados internos e das moedas nacionais. O modelo de sociedade que está inscrito nos programas partidários e nas constituições já mudou há muito com o fim dos impérios europeus, com as alterações demográficas e com os custos crescentes das políticas públicas. O modelo de sociedade e o modelo de desenvolvimento têm de evoluir conjuntamente - porque é na sua disjunção que está o efectivo processo da crise.
A União Europeia apresentou-se como o dispositivo que permitia evitar a guerra na Europa. Só será isso se for um dispositivo muito mais importante e ambicioso: a criação de escala nas economias e nas sociedades europeias que permita à política voltar a ajustar o modelo de sociedade ao modelo de desenvolvimento.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
maovisivel@gmail.com
Joaquim Aguiar
30 de Janeiro de 2017 às 19:30
Negócios
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