Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 43 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 43 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Avisos de todo o lado
Página 1 de 1
Avisos de todo o lado
São as agências de rating, as organizações internacionais e nacionais, os avisos chegam de todo o lado. A situação é muito perigosa, porque Portugal está totalmente dependente do que se passar no resto do mundo. Mas, convenhamos, olhando para algumas das preocupações daqueles que se mostram preocupados com a nossa vida, apetece mandá-los às malvas.
A Moody"s preocupada com o equilíbrio das contas públicas porque os partidos que apoiam o governo "fazem pressão para uma política orçamental mais expansionista" é para rir. Um ano e meio depois ainda andam nisto, como se o défice mais baixo da democracia portuguesa não tivesse sido conseguido por um governo apoiado pelo PCP e pelo Bloco. Depois querem ser levados a sério.
É triste que se metam por estes caminhos, porque na verdade existem razões para as agências de rating não quererem melhorar a nossa classificação. Há problemas graves no sistema bancário e o crescimento económico não dá para ir amortizando a dívida. Os nossos problemas não têm nada a ver com a cor dos governos, asneiras ou coisas boas fazem-se à esquerda e à direita. Com caminhos alternativos, naquilo que interessa aos mercados, Portugal vai fazendo o seu caminho. O que pode levar-nos de novo ao desastre tem muito mais que ver com a política do Banco Central Europeu, com a forma como for gerido o brexit, o resultado nas eleições em França e na Alemanha e até com a dimensão dos disparates que vier a fazer Donald Trump em matéria económica.
Não significa que não há trabalho de casa para fazer. Importa que não existam sinais negativos para os potenciais investidores, dando a entender que pode haver reversões profundas na legislação laboral. Importa igualmente que o investimento público não continue a ser sacrificado para continuar a aumentar rendimentos aos funcionários públicos e pensionistas.
Se a Europa e as agências de rating estão de facto interessadas em que as coisas corram bem a Portugal, talvez não fosse má ideia começarem a ter alguma contenção. Para se mostrarem atentas e vigilantes não precisam de estar sempre a dizer mal e, menos ainda, convém que não insistam em dizer coisas que são desmentidas pela realidade presente.
08 DE FEVEREIRO DE 2017
00:01
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
A Moody"s preocupada com o equilíbrio das contas públicas porque os partidos que apoiam o governo "fazem pressão para uma política orçamental mais expansionista" é para rir. Um ano e meio depois ainda andam nisto, como se o défice mais baixo da democracia portuguesa não tivesse sido conseguido por um governo apoiado pelo PCP e pelo Bloco. Depois querem ser levados a sério.
É triste que se metam por estes caminhos, porque na verdade existem razões para as agências de rating não quererem melhorar a nossa classificação. Há problemas graves no sistema bancário e o crescimento económico não dá para ir amortizando a dívida. Os nossos problemas não têm nada a ver com a cor dos governos, asneiras ou coisas boas fazem-se à esquerda e à direita. Com caminhos alternativos, naquilo que interessa aos mercados, Portugal vai fazendo o seu caminho. O que pode levar-nos de novo ao desastre tem muito mais que ver com a política do Banco Central Europeu, com a forma como for gerido o brexit, o resultado nas eleições em França e na Alemanha e até com a dimensão dos disparates que vier a fazer Donald Trump em matéria económica.
Não significa que não há trabalho de casa para fazer. Importa que não existam sinais negativos para os potenciais investidores, dando a entender que pode haver reversões profundas na legislação laboral. Importa igualmente que o investimento público não continue a ser sacrificado para continuar a aumentar rendimentos aos funcionários públicos e pensionistas.
Se a Europa e as agências de rating estão de facto interessadas em que as coisas corram bem a Portugal, talvez não fosse má ideia começarem a ter alguma contenção. Para se mostrarem atentas e vigilantes não precisam de estar sempre a dizer mal e, menos ainda, convém que não insistam em dizer coisas que são desmentidas pela realidade presente.
08 DE FEVEREIRO DE 2017
00:01
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin