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De arrastões e todo torcido
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De arrastões e todo torcido
Mais epitáfio menos epitáfio, o governo regional está debaixo de pressão desde que tomou posse. Não é normal, como alguns podem pensar. Pelo contrário: um governo que ganha com maioria absoluta devia estar em estado de graça e a cilindrar os adversários. Mas não tem sido assim. O PSD-M apropriou-se do discurso da oposição e das críticas de 35 anos e, com isso, fez um programa. Nesse rol de intenções, prometeu mundos e fundos mas, passados quase dois anos, pouco cumpriu e, em muitos casos, fez mesmo igual ao passado e noutros até reforçou a orientação do PSD-M de Jardim.
Mas, entre lutas internas que se aprofundam, por um lado, e pressões e cumplicidades externas, por outro, o governo regional vacila, não cumpre e não resiste à tentação de ir alinhando as opções e propostas que apresenta pelos interesses que sempre suportaram o PSD-M. Não há nisto nada de novo. Já com Jardim assim era. O modelo populista, preso aos “rabos de palha”, agarrado ao poderio económico regional e sempre recheado de bodes expiatórios que vêem do exterior, num refrão gasto e atentatório da inteligência colectiva, continuam a ser traços comuns com o passado. Mas a estes traços juntam-se outras características: a incapacidade de cumprir promessas e o amadorismo governativo, carente de uma liderança determinada e de intervenientes com os pés assentes na terra.
Este governo já teve três secretários regionais da Saúde e poderia ter tido outros tantos da economia ou mesmo outro das obras públicas ou do ambiente. Em qualquer dos casos, não reside aí o busílis da questão. O défice de liderança aliado ao excesso de pretensa tecnocracia (em alguns casos é mesmo de pseudo!) apimentado com personalidades quase pueris na relação que estabelecem com a política e a governação, contribui para um estancamento da capacidade de governar e promove o entusiasmo de propagandear.
Os cidadãos da Madeira não querem saber se um é “mimado”, se outro é “ broquilha”, ou se algum deles sofre de “pedantismo crónico”. O que interessaria era apresentar resultados e evitar o tal refrão irritante que o incumprimento reside em Lisboa e nunca na Quinta Vigia. Está aí outro folhetim da mobilidade aérea, agora tapando os problemas principais com a controvérsia da Ryanair, desviando o essencial e aprofundado a incompetência. Mas não saiu de cena a incapacidade de dar passos para a construção do novo hospital ou tratar do sistema regional de saúde, promessas vãs e incumpridas. Nem o povo esqueceu que o ferry para ligar Madeira ao Continente foi prometido por Miguel Albuquerque. Quanto aos preços dos portos e das mercadorias continua a doer apenas aos cidadãos, já que Miguel Albuquerque ou tem o “ rabo preso” ou enganou tudo e todos! Nesta lista não escapa algumas farsas para “enganar tolos” como a patética renegociação das rendas da via litoral e via expresso que retirou mais serviços prestados do que poupanças, beneficiando, ainda mais, as empresas envolvidas; ou então o subsídio à empresa que transporta passageiros para o Porto Santo que recebeu um subsídio extra sem dar nada de novo; ou mesmo a mentira da redução dos impostos. Haja decoro...
CARLOS PEREIRA / 02 MAR 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
Mas, entre lutas internas que se aprofundam, por um lado, e pressões e cumplicidades externas, por outro, o governo regional vacila, não cumpre e não resiste à tentação de ir alinhando as opções e propostas que apresenta pelos interesses que sempre suportaram o PSD-M. Não há nisto nada de novo. Já com Jardim assim era. O modelo populista, preso aos “rabos de palha”, agarrado ao poderio económico regional e sempre recheado de bodes expiatórios que vêem do exterior, num refrão gasto e atentatório da inteligência colectiva, continuam a ser traços comuns com o passado. Mas a estes traços juntam-se outras características: a incapacidade de cumprir promessas e o amadorismo governativo, carente de uma liderança determinada e de intervenientes com os pés assentes na terra.
Este governo já teve três secretários regionais da Saúde e poderia ter tido outros tantos da economia ou mesmo outro das obras públicas ou do ambiente. Em qualquer dos casos, não reside aí o busílis da questão. O défice de liderança aliado ao excesso de pretensa tecnocracia (em alguns casos é mesmo de pseudo!) apimentado com personalidades quase pueris na relação que estabelecem com a política e a governação, contribui para um estancamento da capacidade de governar e promove o entusiasmo de propagandear.
Os cidadãos da Madeira não querem saber se um é “mimado”, se outro é “ broquilha”, ou se algum deles sofre de “pedantismo crónico”. O que interessaria era apresentar resultados e evitar o tal refrão irritante que o incumprimento reside em Lisboa e nunca na Quinta Vigia. Está aí outro folhetim da mobilidade aérea, agora tapando os problemas principais com a controvérsia da Ryanair, desviando o essencial e aprofundado a incompetência. Mas não saiu de cena a incapacidade de dar passos para a construção do novo hospital ou tratar do sistema regional de saúde, promessas vãs e incumpridas. Nem o povo esqueceu que o ferry para ligar Madeira ao Continente foi prometido por Miguel Albuquerque. Quanto aos preços dos portos e das mercadorias continua a doer apenas aos cidadãos, já que Miguel Albuquerque ou tem o “ rabo preso” ou enganou tudo e todos! Nesta lista não escapa algumas farsas para “enganar tolos” como a patética renegociação das rendas da via litoral e via expresso que retirou mais serviços prestados do que poupanças, beneficiando, ainda mais, as empresas envolvidas; ou então o subsídio à empresa que transporta passageiros para o Porto Santo que recebeu um subsídio extra sem dar nada de novo; ou mesmo a mentira da redução dos impostos. Haja decoro...
CARLOS PEREIRA / 02 MAR 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
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