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Comunidade Portuária de Setúbal totalmente contra um terminal multiusos no Barreiro
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Comunidade Portuária de Setúbal totalmente contra um terminal multiusos no Barreiro
Em comunicado, a Comunidade Portuária de Setúbal (CPS) deixou uma série de reparos ao projecto para um novo terminal no Barreiro, lembrando a importância de evitar a «multiplicação de infraestruturas equivalentes», dadas as condições e o potencial do Porto de Setúbal.
A CPS admite que «nada obstará» a construção de «uma nova infraestrutura para a exclusiva movimentação de contentores», caso a obra seja «assumida integralmente por capitais privados e sem prestação de garantias do Estado» - mesmo que veja aí um «investimento em capacidade excedentária, incluindo dragagens, quer de primeiro estabelecimento, quer as de manutenção». Mas sobre um possível terminal do tipo multiusos, afirma estar «na primeira linha para “contrariar” o projecto».
«Se o conceito evoluir para um terminal tipo multiusos, possibilitando a movimentação de outras cargas adstritas ao mesmo “hinterland” que já assiste ao Porto de Setúbal, então estaremos na primeira linha para “contrariar” o projecto. Desde logo, porque Setúbal tem já uma capacidade disponível ainda muito longe da saturação, ampliando mais ainda a sua oferta após as obras de aprofundamento da barra e canais de manobras previstas para se iniciarem ainda durante o corrente ano e as previstas para uma segunda fase, colocando-o em paridade muito semelhante ao actual paradigma TMB», pode ler-se no comunicado da CPS.
Mas as críticas da CPS a um possível avanço para um terminal multiusos no Barreiro não ficam por aqui, acrescentando que este projecto tem «a agravante que as obras de Setúbal terão custos à volta dos 25,2 M de euros (metade dos quais provenientes de fundos comunitários), enquanto o projecto Barreiro aponta para valores astronómicos na ordem dos 600 M de euros, desconhecendo-se ainda o que poderá vir a ser gasto, e por quem, em acessibilidades, para além dos 600 mil euros entretanto já em curso para estudos e levantamentos da obra, por conta do Estado».
Porto de Setúbal precisa de 5,6 milhões de euros por cada milhão de toneladas de crescimento; Lisboa precisa de 133,2 milhões
No comunicado hoje emitido, a Comunidade Portuária de Setúbal aborda ainda os números da Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária, salientando que estes mostram que «o Porto de Setúbal apenas necessita de 5,6 M de euros por cada milhão de toneladas de crescimento, enquanto o mesmo rácio para Lisboa é de 133,2 M de euros, ou seja, quase 24 vezes mais investimento para obter níveis de crescimento similares».
E mostra-se ainda surpreendida por ver que «incompreensivelmente, nada é referido quanto aos projectos “Setúbal Plus” e “Blue Atlantic” (...) enquanto infraestruturas de expansão natural do Porto de Setúbal, a custos incomparavelmente mais baixos e com índices de rentabilidade de muito menor incerteza que qualquer outro a construir de raiz e em condições de tanta controvérsia e por isso mesmo, de tão alta polémica».
A concluir, a CPS alerta para a necessidade de aumentar a competitividade dos Portos portugueses com base em «critérios de racionalidade e sustentabilidade no investimento, quer público, quer privado, privilegiando-se sempre a rigorosa gestão dos recursos disponíveis».
«Quando os critérios assentam em outros objetivos, defendendo aparentemente interesses de âmbito regional, ainda que legítimos, podem pôr-se em causa os equilíbrios de todo o sistema logístico-portuário, enquanto recursos efectivamente complementares nas suas diversas valências», acrescenta, declinando por isso a «multiplicação de infraestruturas equivalentes», não correndo atrás de «utopias ou desfasamentos de cenários com muitos “estudos encomendados” que normalmente nos arrastam para o mundo da fantasia».
08/03/2017
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