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Ataque ao aeroporto
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Ataque ao aeroporto
É óbvia a obsessão dos terroristas com os transportes. E na falta do avião para fazer explodir ou desviar também lhes serve o aeroporto, a entrada do aeroporto ou o metro de acesso ao aeroporto. Foi o que terá acontecido ontem em Orly, o segundo aeroporto de Paris, com um atacante a ser abatido por militares de patrulha antes de fazer uma matança. Parece que o método desta vez passava por roubar a arma às próprias forças antiterroristas. Correu-lhe mal. Talvez fosse só um louco, radicalizado, mas sem preparação.
Seria errado mesmo assim desvalorizar a ameaça terrorista, que é persistente, mas se pensarmos bem nunca mais conseguiram nem a mortandade nem a espetacularidade dos atentados contra Nova Iorque em 2001. Madrid 2004 foi terrível, sim, com comboios a explodir, e Londres 2005 também, desta vez com as explosões sincronizadas a serem no metro e num autocarro, mas também não conseguiram mudar o nosso modo de vida. E essa é a grande derrota dos terroristas, nos últimos anos em geral de matriz islamita, mas com o passado a mostrar que os transportes atraem fanáticos de todas as variantes, basta lembrar o derrube de um avião indiano por separatistas sikhs em 1985 ou a seita que atacou em 1995 o metro de Tóquio com gás sarin.
E devemos admitir que tirar os sapatos em alguns aeroportos ou ter de passear junto ao museu do Louvre (sim, também miram além transportes) com soldados de metralhadora lado a lado com os turistas não é o melhor dos mundos. Mas é a defesa possível contra quem nos chantageia com o medo, quem quer que a vida no Ocidente fique em suspenso. Parte dessa defesa exige que não deixemos de passear, de viajar, de ir ao museu. É que, por muitos defeitos que tenha, a nossa sociedade é melhor do que aquela que os fanáticos propõem.
Outra defesa que temos de ter é resistir à tentação de confundir terroristas islâmicos, ou terroristas com nome árabe, com o islão. Quando matam são cegos à religião da vítima, basta ver quantos muçulmanos morreram no 11 de Setembro, quantos caíram em novembro de 2015 em Paris ou quantos morrem todas as semanas em atentados no Iraque, na Síria ou no Paquistão. Faremos bem, sim, em trazer os muçulmanos, na Europa e não só, para a nossa luta. Afinal, todos andamos de avião, de comboio ou de metro.
19 DE MARÇO DE 2017
00:00
Leonídio Paulo Ferreira
Diário de Notícias
Seria errado mesmo assim desvalorizar a ameaça terrorista, que é persistente, mas se pensarmos bem nunca mais conseguiram nem a mortandade nem a espetacularidade dos atentados contra Nova Iorque em 2001. Madrid 2004 foi terrível, sim, com comboios a explodir, e Londres 2005 também, desta vez com as explosões sincronizadas a serem no metro e num autocarro, mas também não conseguiram mudar o nosso modo de vida. E essa é a grande derrota dos terroristas, nos últimos anos em geral de matriz islamita, mas com o passado a mostrar que os transportes atraem fanáticos de todas as variantes, basta lembrar o derrube de um avião indiano por separatistas sikhs em 1985 ou a seita que atacou em 1995 o metro de Tóquio com gás sarin.
E devemos admitir que tirar os sapatos em alguns aeroportos ou ter de passear junto ao museu do Louvre (sim, também miram além transportes) com soldados de metralhadora lado a lado com os turistas não é o melhor dos mundos. Mas é a defesa possível contra quem nos chantageia com o medo, quem quer que a vida no Ocidente fique em suspenso. Parte dessa defesa exige que não deixemos de passear, de viajar, de ir ao museu. É que, por muitos defeitos que tenha, a nossa sociedade é melhor do que aquela que os fanáticos propõem.
Outra defesa que temos de ter é resistir à tentação de confundir terroristas islâmicos, ou terroristas com nome árabe, com o islão. Quando matam são cegos à religião da vítima, basta ver quantos muçulmanos morreram no 11 de Setembro, quantos caíram em novembro de 2015 em Paris ou quantos morrem todas as semanas em atentados no Iraque, na Síria ou no Paquistão. Faremos bem, sim, em trazer os muçulmanos, na Europa e não só, para a nossa luta. Afinal, todos andamos de avião, de comboio ou de metro.
19 DE MARÇO DE 2017
00:00
Leonídio Paulo Ferreira
Diário de Notícias
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