Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 65 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 65 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Atentado no Terreiro do Paço
Página 1 de 1
Atentado no Terreiro do Paço
Era um início de tarde banal de março de 2018, como outro qualquer, daqueles em que nem chove nem faz sol. Na Comunicação Social debatia-se uma frase pateta de um ministro alemão sobre as economias do Sul e animavam-se as hostes com a vizinhança de um encontro de futebol, daqueles que podem decidir um campeonato, ou talvez não.
Subitamente os alertas nos telemóveis destruíram a modorra: "Camioneta desgovernada atropela pessoas no Terreiro do Paço". Acidente? Ataque? Sem muita demora, começamos a perceber que tinha traços de mais um ataque terrorista, desta vez no coração de Lisboa, no espaço simbólico de abertura do mundo que é a praça vizinha ao Cais das Colunas.
Com facilidade, o camião de caixa aberta tinha galgado os curtos degraus da praça e entrado numa espiral furiosa, deixando atrás de si turistas e lisboetas despedaçados, num rasto de sangue gritante sobre as pedras brancas da praça. Parou já junto à estátua de D. José, o condutor crivado de balas graças aos PSP que se precipitaram para deter aquele furacão.
Seguiu-se a rotina já conhecida de outras paragens. Entrar em estado de alerta para prevenir novos ataques, socorrer os feridos, cobrir os mortos, tentar identificar o terrorista... O que antes víamos com distância na televisão, agora fala português. Nós que nos julgávamos imunes deveríamos ter percebido que a natureza deste terrorismo é a sua imprevisibilidade e a sua transnacionalidade. Será que o radical era português ou se furtou ao controlo na fronteira? Que novas medidas de segurança teremos de tomar? O que vai ser agora do nosso turismo que tanto lucrou com a insegurança dos outros? Como é que vamos encarar a comunidade islâmica e os refugiados que temos acolhido com alguma generosidade?
Agora, só espero mesmo que tenhamos alguém que, como Theresa May, após o atentado de Westminster, nos faça perceber que contra o terror temos de ser os heróis da normalidade: "Amanhã de manhã, o Parlamento irá reunir-se normalmente. Nós vamos estar juntos como normalmente. E os londrinos - e outros de todo o Mundo que vieram aqui visitar esta grande cidade - vão levantar-se e começar o seu dia como normalmente. Eles vão embarcar nos seus comboios, vão deixar os seus hotéis, vão andar por essas ruas. Vão viver as suas vidas. E todos vamos avançar juntos. Nunca cedendo ao terror. E nunca permitindo que as vozes do ódio e do mal nos afastem uns dos outros".
*SUBDIRETOR
David Pontes*
Hoje às 00:06
jornal de Notícias
Subitamente os alertas nos telemóveis destruíram a modorra: "Camioneta desgovernada atropela pessoas no Terreiro do Paço". Acidente? Ataque? Sem muita demora, começamos a perceber que tinha traços de mais um ataque terrorista, desta vez no coração de Lisboa, no espaço simbólico de abertura do mundo que é a praça vizinha ao Cais das Colunas.
Com facilidade, o camião de caixa aberta tinha galgado os curtos degraus da praça e entrado numa espiral furiosa, deixando atrás de si turistas e lisboetas despedaçados, num rasto de sangue gritante sobre as pedras brancas da praça. Parou já junto à estátua de D. José, o condutor crivado de balas graças aos PSP que se precipitaram para deter aquele furacão.
Seguiu-se a rotina já conhecida de outras paragens. Entrar em estado de alerta para prevenir novos ataques, socorrer os feridos, cobrir os mortos, tentar identificar o terrorista... O que antes víamos com distância na televisão, agora fala português. Nós que nos julgávamos imunes deveríamos ter percebido que a natureza deste terrorismo é a sua imprevisibilidade e a sua transnacionalidade. Será que o radical era português ou se furtou ao controlo na fronteira? Que novas medidas de segurança teremos de tomar? O que vai ser agora do nosso turismo que tanto lucrou com a insegurança dos outros? Como é que vamos encarar a comunidade islâmica e os refugiados que temos acolhido com alguma generosidade?
Agora, só espero mesmo que tenhamos alguém que, como Theresa May, após o atentado de Westminster, nos faça perceber que contra o terror temos de ser os heróis da normalidade: "Amanhã de manhã, o Parlamento irá reunir-se normalmente. Nós vamos estar juntos como normalmente. E os londrinos - e outros de todo o Mundo que vieram aqui visitar esta grande cidade - vão levantar-se e começar o seu dia como normalmente. Eles vão embarcar nos seus comboios, vão deixar os seus hotéis, vão andar por essas ruas. Vão viver as suas vidas. E todos vamos avançar juntos. Nunca cedendo ao terror. E nunca permitindo que as vozes do ódio e do mal nos afastem uns dos outros".
*SUBDIRETOR
David Pontes*
Hoje às 00:06
jornal de Notícias
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin