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Ideologias ou geografias?
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Ideologias ou geografias?
A Europa, assim, com Tratado a fazer dela um espaço de paz, de solidariedade, mas também um espaço de desenvolvimento económico e social leva 60 anos. Fez-se maior com vários momentos de integração de outros países, alargando ao sul e depois ao leste, aprofundando a partilha de soberania. E chegou aos dias de hoje, sem saber que caminho quer percorrer.
Na entrevista que amanhã poderá ler e ouvir, no DN e na TSF, sobre as divisões que se fazem sentir na Europa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português traz para a conversa a geografia, quando estamos a falar de ideologia, a propósito do trabalhista holandês Jeroen Dijsselbloem que pertence à família socialista europeia. A geografia, na medida da divisão entre o norte e o sul da Europa, já estava na entrevista, mas é diferente quando tomámos consciência dessa divisão a meio de uma conversa sobre a ideologia que era suposto unir políticos de diferentes geografias.
Escrevo minutos depois de ter terminado a entrevista a Augusto Santos Silva. Fico a pensar no que a geografia, que também tem cultura e religião, como o ministro lembra, já pode ter matado a ideologia. Se pensarmos no que diz e faz Dijsselbloem vemos alguém do centro da Europa que se distingue mais de um socialista português, espanhol ou italiano do que um político de direita, na própria Holanda, na Alemanha ou na Polónia.
Haverá mais diferenças culturais do que políticas quando o norte fala do sul e vice-versa. Não vem daí mal à Europa se soubermos fazer dessa diversidade a força deste projecto que nasceu há 60 anos. Não era mau que o sul começasse também a tentar perceber porque é que a norte tanta gente está convencida que, nós por cá, não cumprimos todas as obrigações. A democracia faz-se com a vontade da maioria, respeitando os direitos das minorias. Pensar que, por fazer parte do clube, se pode impor a vontade de uma minoria dá a asneira. Não faltarão políticos a norte a defender que sózinhos são capazes de fazer melhor. É o nacionalismo de regresso.
25 DE MARÇO DE 2017
00:02
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
Na entrevista que amanhã poderá ler e ouvir, no DN e na TSF, sobre as divisões que se fazem sentir na Europa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português traz para a conversa a geografia, quando estamos a falar de ideologia, a propósito do trabalhista holandês Jeroen Dijsselbloem que pertence à família socialista europeia. A geografia, na medida da divisão entre o norte e o sul da Europa, já estava na entrevista, mas é diferente quando tomámos consciência dessa divisão a meio de uma conversa sobre a ideologia que era suposto unir políticos de diferentes geografias.
Escrevo minutos depois de ter terminado a entrevista a Augusto Santos Silva. Fico a pensar no que a geografia, que também tem cultura e religião, como o ministro lembra, já pode ter matado a ideologia. Se pensarmos no que diz e faz Dijsselbloem vemos alguém do centro da Europa que se distingue mais de um socialista português, espanhol ou italiano do que um político de direita, na própria Holanda, na Alemanha ou na Polónia.
Haverá mais diferenças culturais do que políticas quando o norte fala do sul e vice-versa. Não vem daí mal à Europa se soubermos fazer dessa diversidade a força deste projecto que nasceu há 60 anos. Não era mau que o sul começasse também a tentar perceber porque é que a norte tanta gente está convencida que, nós por cá, não cumprimos todas as obrigações. A democracia faz-se com a vontade da maioria, respeitando os direitos das minorias. Pensar que, por fazer parte do clube, se pode impor a vontade de uma minoria dá a asneira. Não faltarão políticos a norte a defender que sózinhos são capazes de fazer melhor. É o nacionalismo de regresso.
25 DE MARÇO DE 2017
00:02
Paulo Baldaia
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