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Ter ou não ter direito à autonomia
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Ter ou não ter direito à autonomia
O Reino Unido deu esta semana o primeiro grande passo no processo de desvinculação da Europa. Com o desencadear do mecanismo de saída da União Europeia surgiram novas manifestações de pesar e críticas à escolha do povo britânico.
Há nove ou dez meses, antes da votação, ninguém esperava este desfecho. E, perante os resultados, juntou-se ao espanto e à incredulidade muitas vezes a indignação. “Malandros dos ingleses, não tinham o direito de fazer isto.” As vozes amarguradas multiplicaram-se.
E houve até quem defendesse que o referendo deveria ser repetido, pois os eleitores britânicos estavam mal informados acerca do que estava em causa e das consequências do seu voto... Não deixa de ser curioso que muitos dos que, do alto da sua autoridade moral, criticam acerbamente os britânicos pela opção tomada sejam os mesmos que apoiam, por exemplo, a causa catalã. Argumentam que a Catalunha tem uma cultura própria, uma história à parte e até uma língua diferente. Defendem que os catalães não precisam do governo central de Madrid para nada e têm todo o direito de se governarem a eles próprios.
Quando lhes perguntamos sobre a integridade do território espanhol, respondem que a unidade é artificial. Afinal em que ficamos? Os povos têm ou não têm direito à autodeterminação? Têm ou não direito a separar-se para que as suas decisões não fiquem a depender de elementos externos? Ao que parece, isso só depende das conveniências. Ou melhor, das simpatias políticas. No caso do Brexit, como a campanha a favor do não foi conduzida por gente de direita – o execrado Nigel Farage e o seu partido politicamente incorreto – a saída da União Europeia foi considerada um crime imperdoável. No caso catalão, como seria uma machadada na monarquia espanhola, a independência já seria muito bem-vinda. E a independência da Escócia?
Obviamente recolhe a simpatia dos anti-Brexit, pois é apoiada pelo Partido Socialista Escocês. E, claro, servirá de lição ao Reino Unido. Venha daí o segundo referendo!
31/03/2017
José Cabrita Saraiva
Opiniao
jose.c.saraiva@newsplex.pt
Jornal i
Há nove ou dez meses, antes da votação, ninguém esperava este desfecho. E, perante os resultados, juntou-se ao espanto e à incredulidade muitas vezes a indignação. “Malandros dos ingleses, não tinham o direito de fazer isto.” As vozes amarguradas multiplicaram-se.
E houve até quem defendesse que o referendo deveria ser repetido, pois os eleitores britânicos estavam mal informados acerca do que estava em causa e das consequências do seu voto... Não deixa de ser curioso que muitos dos que, do alto da sua autoridade moral, criticam acerbamente os britânicos pela opção tomada sejam os mesmos que apoiam, por exemplo, a causa catalã. Argumentam que a Catalunha tem uma cultura própria, uma história à parte e até uma língua diferente. Defendem que os catalães não precisam do governo central de Madrid para nada e têm todo o direito de se governarem a eles próprios.
Quando lhes perguntamos sobre a integridade do território espanhol, respondem que a unidade é artificial. Afinal em que ficamos? Os povos têm ou não têm direito à autodeterminação? Têm ou não direito a separar-se para que as suas decisões não fiquem a depender de elementos externos? Ao que parece, isso só depende das conveniências. Ou melhor, das simpatias políticas. No caso do Brexit, como a campanha a favor do não foi conduzida por gente de direita – o execrado Nigel Farage e o seu partido politicamente incorreto – a saída da União Europeia foi considerada um crime imperdoável. No caso catalão, como seria uma machadada na monarquia espanhola, a independência já seria muito bem-vinda. E a independência da Escócia?
Obviamente recolhe a simpatia dos anti-Brexit, pois é apoiada pelo Partido Socialista Escocês. E, claro, servirá de lição ao Reino Unido. Venha daí o segundo referendo!
31/03/2017
José Cabrita Saraiva
Opiniao
jose.c.saraiva@newsplex.pt
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