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Hipocrisia absoluta
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Hipocrisia absoluta
Comunistas e bloquistas tremem com o dia em que António Costa já não precise deles.
António Costa disse esta semana que não sonha com a maioria absoluta mas que, mesmo que a venha a obter, gostaria de renovar os acordos com os seus parceiros de esquerda.
Em reacção, Bloco de Esquerda e PCP vieram fazer-se caros, e não deram como certa a reedição das famosas posições conjuntas. Um e outros tentam assim erigir uma monumental hipocrisia política para enganar os portugueses nos tempos que se aproximam.
Se, por ingenuidade ou distração, levássemos à letra as palavras de Costa, uma leitura se impunha: este novo PS está ideologicamente transfigurado noutra coisa, uma vez que não quer abdicar dos seus novos ‘compagnons de route’ mesmo num cenário de maioria absoluta em que não precisaria deles para nada, ao contrário do que acontece hoje. Astutamente, o que o líder do PS demonstra é que está em campanha (está desde o primeiro minuto) e quer mesmo a maioria absoluta, procurando buscar os votos, desta vez, não ao centro, mas às franjas da extrema-esquerda. Como que a dizer que votar no PS é praticamente a mesma coisa que votar no BE (não poderá dizer tanto do PCP, mas eleitoralmente é o Bloco que interessa conter).
A António Costa não interessa uma Catarina Martins robustecida nas eleições, a exigir lugares no governo… Inversamente, PCP e Bloco fazem-se de difíceis, acentuam as diferenças e as divergências face ao PS, ao mesmo tempo que agitam as suas bandeiras tradicionais. Tentam, dessa forma, evitar a erosão dos seus eleitorados perante a onda hegemónica que Costa está a arrebatar à esquerda.
Ambos os partidos sabem que estão numa posição muito delicada e perigosa, e a ninguém mais do que a eles convém a manutenção da actual relação de forças. No fundo, comunistas e bloquistas sabem que a sua indispensabilidade nesta maioria é meramente aritmética e funcional, e tremem com o dia em que Costa já não precise deles.
Por Luís Campos Ferreira|00:30
Correio da Manhã
António Costa disse esta semana que não sonha com a maioria absoluta mas que, mesmo que a venha a obter, gostaria de renovar os acordos com os seus parceiros de esquerda.
Em reacção, Bloco de Esquerda e PCP vieram fazer-se caros, e não deram como certa a reedição das famosas posições conjuntas. Um e outros tentam assim erigir uma monumental hipocrisia política para enganar os portugueses nos tempos que se aproximam.
Se, por ingenuidade ou distração, levássemos à letra as palavras de Costa, uma leitura se impunha: este novo PS está ideologicamente transfigurado noutra coisa, uma vez que não quer abdicar dos seus novos ‘compagnons de route’ mesmo num cenário de maioria absoluta em que não precisaria deles para nada, ao contrário do que acontece hoje. Astutamente, o que o líder do PS demonstra é que está em campanha (está desde o primeiro minuto) e quer mesmo a maioria absoluta, procurando buscar os votos, desta vez, não ao centro, mas às franjas da extrema-esquerda. Como que a dizer que votar no PS é praticamente a mesma coisa que votar no BE (não poderá dizer tanto do PCP, mas eleitoralmente é o Bloco que interessa conter).
A António Costa não interessa uma Catarina Martins robustecida nas eleições, a exigir lugares no governo… Inversamente, PCP e Bloco fazem-se de difíceis, acentuam as diferenças e as divergências face ao PS, ao mesmo tempo que agitam as suas bandeiras tradicionais. Tentam, dessa forma, evitar a erosão dos seus eleitorados perante a onda hegemónica que Costa está a arrebatar à esquerda.
Ambos os partidos sabem que estão numa posição muito delicada e perigosa, e a ninguém mais do que a eles convém a manutenção da actual relação de forças. No fundo, comunistas e bloquistas sabem que a sua indispensabilidade nesta maioria é meramente aritmética e funcional, e tremem com o dia em que Costa já não precise deles.
Por Luís Campos Ferreira|00:30
Correio da Manhã
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