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Competitividade e governance
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Competitividade e governance
O principal problema económico que existe em Portugal actualmente pode resumir-se na seguinte questão: como conseguir criar na nossa economia vantagens competitivas, tornar Portugal num local mais atractivo para as actividades económicas e ter melhores condições de vida para a população? A resposta não é simples.
Como é sabido a competitividade da economia portuguesa tem vindo a piorar nos últimos 15 anos. Esta situação deve-se a múltiplos factores que os relatórios sobre competitividade têm vindo a salientar. No último relatório do IMD, divulgado integralmente no fim de Junho, explicitam-se os factores em que a economia portuguesa tem melhorado a aqueles em que tal não tem acontecido. Relativamente aos principais "indicadores de atractividade" da economia portuguesa foram identificados 15.
Os que têm pior avaliação são: cultura de pesquisa e desenvolvimento, regime fiscal competitivo, acesso ao financiamento, ambiente legal eficaz e qualidade da corporate governance. Este último factor é especialmente importante, apesar de não ser referido frequentemente. Um bom governo das organizações possibilita "mais eficiência na utilização dos recursos e na promoção do desenvolvimento, reforça a participação, a responsabilidade e a responsabilização e tem o potencial de emancipar as pessoas da pobreza" (Esperança et al).
Isto será conseguido através do alinhamento dos interesses dos indivíduos, das corporações e da sociedade mediante a utilização de mecanismos de gestão. Tais mecanismos irão consubstanciar-se em modelos de corporate governance que em Portugal podem assumir três possibilidades: modelo anglo-saxónico, modelo dualista e modelo latino.
Nos tempos difíceis que se vive é importante que as empresas entendam com acuidade quais os mecanismos que nas suas circunstâncias são indutores da criação de valor, como este pode ser avaliado e também como pode ser capturado.
Vários estudos empíricos têm vindo a verificar a existência de uma relação positiva entre a corporate governance e o valor da empresa. Isto é, a adopção das melhores práticas de governação tendem a levar a um menor custo de capital, a uma maior valorização das empresas, a um aumento do EVA (valor acrescentado) e a um melhor desempenho financeiro. Uma boa governação empresarial tende a estimular o investimento, pois aumenta o interesse dos investidores e reduz o custo do capital.
A melhoria dos sistemas de governo das empresas cotadas e não-cotadas é uma exigência quando se pretende estimular a competitividade e fortalecer as empresas para melhor resistirem às crises.
Vítor da Conceição Gonçalves
09-07-2014
00.05 h
Económico
Como é sabido a competitividade da economia portuguesa tem vindo a piorar nos últimos 15 anos. Esta situação deve-se a múltiplos factores que os relatórios sobre competitividade têm vindo a salientar. No último relatório do IMD, divulgado integralmente no fim de Junho, explicitam-se os factores em que a economia portuguesa tem melhorado a aqueles em que tal não tem acontecido. Relativamente aos principais "indicadores de atractividade" da economia portuguesa foram identificados 15.
Os que têm pior avaliação são: cultura de pesquisa e desenvolvimento, regime fiscal competitivo, acesso ao financiamento, ambiente legal eficaz e qualidade da corporate governance. Este último factor é especialmente importante, apesar de não ser referido frequentemente. Um bom governo das organizações possibilita "mais eficiência na utilização dos recursos e na promoção do desenvolvimento, reforça a participação, a responsabilidade e a responsabilização e tem o potencial de emancipar as pessoas da pobreza" (Esperança et al).
Isto será conseguido através do alinhamento dos interesses dos indivíduos, das corporações e da sociedade mediante a utilização de mecanismos de gestão. Tais mecanismos irão consubstanciar-se em modelos de corporate governance que em Portugal podem assumir três possibilidades: modelo anglo-saxónico, modelo dualista e modelo latino.
Nos tempos difíceis que se vive é importante que as empresas entendam com acuidade quais os mecanismos que nas suas circunstâncias são indutores da criação de valor, como este pode ser avaliado e também como pode ser capturado.
Vários estudos empíricos têm vindo a verificar a existência de uma relação positiva entre a corporate governance e o valor da empresa. Isto é, a adopção das melhores práticas de governação tendem a levar a um menor custo de capital, a uma maior valorização das empresas, a um aumento do EVA (valor acrescentado) e a um melhor desempenho financeiro. Uma boa governação empresarial tende a estimular o investimento, pois aumenta o interesse dos investidores e reduz o custo do capital.
A melhoria dos sistemas de governo das empresas cotadas e não-cotadas é uma exigência quando se pretende estimular a competitividade e fortalecer as empresas para melhor resistirem às crises.
Vítor da Conceição Gonçalves
09-07-2014
00.05 h
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