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O colapso do futuro....

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Mensagem por Admin Qua Set 10, 2014 11:01 am

O colapso do futuro.... Alexandre-abreu-0b3a


A evolução do investimento nos últimos anos implica uma degradação da capacidade produtiva cujos efeitos serão sentidos por muitos anos. Trata-se de um colapso do presente, mas também do futuro.  

A importância económica do investimento é conhecida de todos.

Do lado da oferta, o investimento é um dos determinantes principais da produtividade. Não é o único, claro está - há outros aspectos importantes, como o padrão de especialização, a eficiência da organização e as qualificações dos trabalhadores -, mas é fundamental: os processos produtivos mais intensivos em capital (maquinaria, equipamentos) são tendencialmente muito mais produtivos. Níveis de crescimento económico sustentadamente elevados têm sempre associados níveis de investimento elevados.

Do lado da procura, o investimento desempenha um papel central no chamado "efeito acelerador-multiplicador". A parte do multiplicador é relativamente conhecida e é comum às outras componentes da despesa, como o consumo ou a despesa pública. Resulta do facto das despesas de uns serem rendimentos de outros, sendo que estes últimos, por sua vez, despendem parte desses rendimentos - e assim por diante. Consequentemente, o efeito total de uma determinada despesa não se limita a essa mesma despesa, correspondendo antes ao conjunto das despesas directas e induzidas no conjunto da economia.

Por sua vez, a parte do acelerador consiste no efeito do nível de actividade económica sobre a capacidade produtiva pretendida ou planeada pelos empresários: quando a actividade económica está em expansão, as perspectivas de vendas das empresas aumentam, pelo que aumenta a procura por maquinaria e equipamentos - ou seja, o investimento.

Combinando os dois efeitos, temos um círculo potencialmente virtuoso, especialmente potente quando a economia tem muita capacidade produtiva por utilizar, em que o aumento do investimento, por via do multiplicador, aumenta o nível da actividade económica - e este, por via das expectativas de vendas, aumenta o nível do investimento.

Finalmente, o investimento é ainda um dos principais factores determinantes da criação de emprego, pois a aquisição de máquinas e equipamentos faz-se normalmente acompanhar pela contratação de trabalhadores. Há excepções, claro, como é o caso da mera substituição de equipamentos ou da introdução de processos produtivos que impliquem despedimentos, mas em termos agregados mais investimento significa geralmente mais emprego.

E é à vista de tudo isto que o colapso do investimento em Portugal nos últimos anos é uma verdadeira catástrofe, na minha opinião insuficientemente apreciada nas suas dimensões. A quebra da formação bruta de capital fixo (FBCF, que é a principal componente do investimento, a par da variação de stocks) entre 2007 e 2013 foi de  -37% . É, simplesmente, um número aterrador, que retrata uma economia em acelerado processo de subdesenvolvimento e degradação produtiva.

Não está apenas em causa a contracção da economia como um todo. Em percentagem do PIB,  o investimento representou em 2013 cerca de 15%, quando em 2007 ascendia a 23%.  Ou seja, o investimento não diminuiu apenas porque a economia como um todo contraiu, mas também porque a parte do investimento no conjunto da economia diminuiu consideravelmente.

Um impacto desta dimensão sobre a capacidade produtiva da economia só é comparável à de uma guerra vivida em território nacional. Não são só os níveis de procura agregada, emprego e produto que se têm ressentido da forma que conhecemos - é também a capacidade produtiva futura que está em causa. Trata-se de um colapso do presente, mas também do futuro.

É por isso que devemos encarar com o maior cepticismo as narrativas da recuperação, eleitoralmente motivadas, com que temos sido crescentemente confrontados. Os níveis do investimento e do emprego (que não a taxa de desemprego, fortemente dependente da emigração e da passagem desencorajada à inactividade) continuam a ser não apenas muito mais baixos do que antes da eclosão da crise, como muito mais baixos do que aquando da entrada em funções deste Governo.


Esta "retoma" é uma mera suspensão temporária, em grande medida devida ao Tribunal Constitucional e à aproximação de eleições, de uma trajectória descendente acelerada. E tendo em conta que todos os constrangimentos estruturais continuam presentes, da moeda única às dívidas pública e externa que nunca foram tão elevadas como hoje, a verdadeira retoma não está seguramente para breve.

ALEXANDRE ABREU | 7:15 Quarta feira, 10 de setembro de 2014
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