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Corrida Contra O Tempo Para Salvar O Planeta
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Corrida Contra O Tempo Para Salvar O Planeta
As Nações Unidas já tinham alertado para os impactos negativos do aquecimento global, que serão “severos, subtis e irreversíveis”, podendo levar a problemas como o aumento do nível da água do mar, risco de cheias e alterações profundas na agricultura. O secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki Moon, enquanto moderador da Cimeira do Clima que decorreu este mês em Nova Iorque, apresentou um documento que cita uma clara e crescente influência humana sobre os sistemas climáticos. Os especialistas advertem que se nada for feito, os impactos sobre as pessoas e os ecossistemas vão-se tornar mais severos, profundos e irreversíveis.
O chefe da ONU disse que se o mundo continuar com a atitude de “negócios como de costume” sobre a mudança climática, deixará escapar a oportunidade de manter o aumento da temperatura global abaixo de 2ºC na próxima década.
Segundo Ban, o relatório mostrou que a “ciência” falou mais uma vez e de forma muito mais clara. Para o secretário-geral, “o tempo não está do nosso lado e os líderes mundiais devem agir”.
Desde 2009 que não se realizava uma cimeira de alto nível sobre esta temática e, para Ban Ki-moon “nunca antes estiveram tantos líderes reunidos apenas e só para se decidir uma ação contra as alterações climáticas”.
Temos uma responsabilidade especial para liderar”, disse Obama referindo-se ao plano de larga escala que deverá ser negociado em 2015, em Paris.
Não existem dúvidas que todos os países precisam de seguir o caminho da economia verde. E esse esforço deverá ser o resultado da co-criação entre países, governos, empresas, cidadãos e comunidades. Vivemos num mundo global e a globalização veio aumentar a interdependência entre pessoas e países, trazendo consigo mudanças económicas, políticas, sociais e tecnológicas. Estas mudanças traduzem-se em componentes espaciais que tornaram o mundo “mais pequeno”. Componentes temporais, porque o tempo acelerou à luz da velocidade a que ocorrem os acontecimentos. E componentes cognitivas, ao sermos convidados a adoptar novos princípios e valores mais alinhados com a nova realidade.
Desta interconetividade entre países e pessoas, nasce um mundo mais vulnerável que nos remete para a nossa dimensão humana.
A humanidade está a viver uma tensão entre o crescimento económico e a conservação do planeta. Todos os debates económicos são polarizados entre estas duas perspectivas que contudo ainda não foram integradas. É reconhecido que o tempo em que nos questionávamos em que medida é que os negócios prejudicavam o ambiente, deu lugar a um novo ciclo. A questão central agora é em que medida é que a sustentabilidade está a afetar o negócio e o próprio modelo de competitividade. Conquistar o crescimento recorrendo a estratégias de optimização e maximização deixou de ser uma opção. Basta olharmos para a tendência de estagnação da economia para encontrarmos a resposta. Não podemos continuar a sacrificar pessoas e o próprio planeta, para salvar números.
No novo cenário, a orientação excessiva para a eficiência torna o sistema mais frágil. Integrar o crescimento económico com a preservação do planeta requer novas fórmulas, novas visões e novas metáforas. Colocar as pessoas no centro do crescimento pode ser a solução. Nesta perspectiva, quer o crescimento económico, quer a preservação do planeta não são fins mas meios para melhorar a qualidade de vida das pessoas e assegurar a sobrevivência das futuras gerações. A sustentabilidade não inclui apenas a questão ambiental, mas também outras variáveis como sendo os recursos económicos, modelos de gestão, processos organizacionais, capital humano, infra-estruturas e sustentabilidade social, entre outras.
A interconetividade e a vulnerabilidade do mundo remetem-nos para a nossa dimensão humana, pelo que a integração bem sucedida entre crescimento económico e preservação do planeta só pode ser assegurada a partir desse lugar; colocando o coração no lugar da razão; as pessoas no centro do crescimento e o sentimento de pertença e a cooperação no lugar da competição.
Sofia Costa Quintas
CEO da Ask For Alchemy
5 Novembro, 2014 00:01
OJE.pt
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