Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 36 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 36 visitantes Nenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
O imposto impostor
Página 1 de 1
O imposto impostor
O Governo prepara-se para aprovar no plenário da Assembleia da República o Orçamento de Estado para 2015. É o primeiro orçamento do pós-Troika. O orçamento da retoma. Do crescimento. E o que nos traz de novo o documento que pretende projetar a recuperação económica do país? Aumento de impostos.
Para o IABA - Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas, o governo reservou novos aumentos. Em especial, a taxa do imposto aplicável às bebidas espirituosas aumenta mais de 3%. São 3% a juntar aos aumentos dos últimos anos. 5%, mais 7,5%, mais 7,5%, igual a 23%. O valor da taxa de IVA, 23%, foi quanto aumentou o IABA das bebidas espirituosas nos últimos quatro orçamentos do Estado. Representa quase metade dos 43% de aumento quando olhamos para os últimos 14 anos.
Contas feitas, a contribuição fiscal das bebidas espirituosas deve ter crescido em semelhante proporção, certo? Errado.
Nos últimos 14 anos, o IABA das bebidas espirituosas tem resultado numa diminuição da receita fiscal no mesmo período de 32%. Um aumento de 43% resultou numa quebra de receitas de 32%. O Estado português em vez de ganhar mais receita fiscal com o aumento do imposto, está a perder. É um imposto mascarado de impostor. Em vez de cobrar mais receita para o Estado, cobra menos.
Mas não temamos o imposto(r). As bebidas espirituosas correspondem a apenas 7% do álcool consumido em Portugal. Logo, a contribuição fiscal deste tipo de bebidas deve ser em semelhante proporção, certo? Errado.
As bebidas espirituosas são responsáveis por 53% das receitas fiscais nas bebidas alcoólicas. Uma proporção que vai aumentando orçamento após orçamento. E, com isso, faz diminuir a receita fiscal. À medida que aumenta o peso das bebidas espirituosas na cobrança de impostos sobre bebidas alcoólicas, mais diminui o valor dessa cobrança. Além de ser impostor, estamos perante um imposto desigual e injusto.
Parece por isso, bastante razoável que as bebidas espirituosas reclamem por uma estrutura fiscal mais equitativa e justa. Defendemos e somos solidários com medidas que visem combater os problemas relacionados com o consumo excessivo e irresponsável de bebidas alcoólicas, apostando numa estratégia de redução de riscos e a promoção do consumo moderado e responsável. Sabemos que os países com carga fiscal elevada sobre as bebidas alcoólicas são os países onde há maior registo de embriaguezes e de consumos excessivos e que um problema se combate com medidas eficazes que requerem evidência científica, reflexão e planeamento e não com cobradores de impostos.
Secretário-geral ANEBE - Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas
Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico.
17 Novembro 2014, 00:01 por Mário Moniz Barreto
Negócios
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin