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O jornalismo é a arte de chegar atrasado, o mais cedo possível
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O jornalismo é a arte de chegar atrasado, o mais cedo possível
O escritor e jornalista sueco Stig Dagerman (1923–1954) – autor de livros como o “O Outono alemão” — disse um dia que “o jornalismo é a arte de chegar atrasado, o mais cedo possível”. Concisa e acutilante definição no tempo da guerra, mas ainda mais actual na era da globalização mediática e das redes sociais sem fronteiras. A diferença entre o tempo daquele escritor e o que agora vivemos não está, pois, tanto na substância da citada asserção, mas na métrica da mesma. Ou seja na velocidade do tempo num tempo da velocidade.
Lembrei-me deste pensamento a propósito do frenesim mediático em torno da detenção e inquirição de Sócrates. Uma batalha delirante para se ser o primeiro, o mais espectacular, o mais informativo, o mais insistente, o que mais comentadores (e advogados) reunisse e até o mais repetitivo. Não que o assunto não justificasse uma intensa cobertura, mas assistimos a momentos hilariantes da enésima repetição de coisa nenhuma, de longos períodos de nada, de comentários sobre o que não se sabia, de rumores mais ou menos liofilizados, de esperas em esquinas e de espreitadelas através de nesgas.
Uma consequência deste frenesim foi bem visível: enfatizou-se por demais a forma e a aparência, subalternizando-se a essência e a substância do que estava em causa. E favoreceu desfiles de opinadores revoltados com “o circo” numa curiosa e oportuna escapatória para relativizar o fundamental, bater na Justiça e suavizar os alegados delitos.
25 de Novembro de 2014, 18:35
Público
Lembrei-me deste pensamento a propósito do frenesim mediático em torno da detenção e inquirição de Sócrates. Uma batalha delirante para se ser o primeiro, o mais espectacular, o mais informativo, o mais insistente, o que mais comentadores (e advogados) reunisse e até o mais repetitivo. Não que o assunto não justificasse uma intensa cobertura, mas assistimos a momentos hilariantes da enésima repetição de coisa nenhuma, de longos períodos de nada, de comentários sobre o que não se sabia, de rumores mais ou menos liofilizados, de esperas em esquinas e de espreitadelas através de nesgas.
Uma consequência deste frenesim foi bem visível: enfatizou-se por demais a forma e a aparência, subalternizando-se a essência e a substância do que estava em causa. E favoreceu desfiles de opinadores revoltados com “o circo” numa curiosa e oportuna escapatória para relativizar o fundamental, bater na Justiça e suavizar os alegados delitos.
25 de Novembro de 2014, 18:35
Por
António Bagão Félix
Público
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