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Tempos
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Tempos
Reconhecendo que não é fácil discernir, com a rapidez que esta sociedade mediática exige, em torno de uma recente audição numa comissão parlamentar de inquérito que prendeu as atenções do país, registo, para minha reflexão, que o tempo, ou melhor, a falta de tempo, terá sido uma das razões da crise, como aliás ocorre em muitos outros cenários adversos.
Não terá havido tempo suficiente para solucionar um problema de sobre-endividamento, não terá sido possível obter o financiamento desejado e até tudo isto foi tornado público com as consequências negativas de tal conhecimento - um cenário semelhante ao que as contas do país viveram, com a diferença de que o país obteve o financiamento requerido e tem algum tempo para o pagar.
Sem tempo suficiente para organizar uma calendarização capaz de garantir o pagamento de qualquer financiamento e sob o fogo da exposição, sempre problemática por ser em praça pública, das dificuldades financeiras existentes, as saídas sem dor tornam-se muito difíceis, sejam elas num grupo económico, num sector de actividade ou num país.
Tudo isto pode ser ainda mais problemático quando a tormenta e a nau são tão grandes que qualquer turbulência pode extravasar aqueles que directamente a vivem tornando-se, também, um problema para a economia, no caso a portuguesa. Os grandes grupos não se confundem com os Estados, como aliás foi referido por todos desde a primeira hora, mas uma crise num grande grupo pode ter consequências num ou mesmo em mais do que um Estados.
O caso que abalou e está a abalar a nossa economia é, tudo o indica, uma permanente luta de tempos. É sempre preciso tempo para concretizar obrigações incontornáveis, como é sempre preciso muito recato e nenhum sensacionalismo mediático em torno das decisões mais sensíveis a par duma informação rigorosa que não seja tentada pelas emoções que algumas situações geram.
Isto é válido para todos, incluindo para o país e eu faço ardentes votos para que este novo tempo - o tempo dos que assumem o desafio do Novo Banco - seja um tempo útil e feliz que possa contribuir para ajustar algumas perdas, de um tempo passado, difíceis de superar.
Luís Lima
00.05 h
Económico
Não terá havido tempo suficiente para solucionar um problema de sobre-endividamento, não terá sido possível obter o financiamento desejado e até tudo isto foi tornado público com as consequências negativas de tal conhecimento - um cenário semelhante ao que as contas do país viveram, com a diferença de que o país obteve o financiamento requerido e tem algum tempo para o pagar.
Sem tempo suficiente para organizar uma calendarização capaz de garantir o pagamento de qualquer financiamento e sob o fogo da exposição, sempre problemática por ser em praça pública, das dificuldades financeiras existentes, as saídas sem dor tornam-se muito difíceis, sejam elas num grupo económico, num sector de actividade ou num país.
Tudo isto pode ser ainda mais problemático quando a tormenta e a nau são tão grandes que qualquer turbulência pode extravasar aqueles que directamente a vivem tornando-se, também, um problema para a economia, no caso a portuguesa. Os grandes grupos não se confundem com os Estados, como aliás foi referido por todos desde a primeira hora, mas uma crise num grande grupo pode ter consequências num ou mesmo em mais do que um Estados.
O caso que abalou e está a abalar a nossa economia é, tudo o indica, uma permanente luta de tempos. É sempre preciso tempo para concretizar obrigações incontornáveis, como é sempre preciso muito recato e nenhum sensacionalismo mediático em torno das decisões mais sensíveis a par duma informação rigorosa que não seja tentada pelas emoções que algumas situações geram.
Isto é válido para todos, incluindo para o país e eu faço ardentes votos para que este novo tempo - o tempo dos que assumem o desafio do Novo Banco - seja um tempo útil e feliz que possa contribuir para ajustar algumas perdas, de um tempo passado, difíceis de superar.
Luís Lima
00.05 h
Económico
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