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As contradições do capital
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As contradições do capital
Dizia aqui há dias Daniel Oliveira, numa das suas intervenções no "Eixo do Mal", que o PSD/CDS e o actual governo tinham conseguido algo que o MRPP e o "camarada" Arnaldo Matos não tinham logrado ao longo de várias décadas de aturada militância: meter a China em Portugal.
Na verdade, nos últimos três anos, a política de privatizações e de venda de Portugal ao retalho oferece aos estrangeiros, em muitos casos quase de mão beijada, ou pelo menos em muito boas condições, empresas e serviços que seriam considerados de interesse público e mesmo referências de independência económica e política. Não sei se será um exagero dizer-se que de um dia para o outro o país pode ficar às escuras se a EDP assim o entender, mas não deixa de ser inquietante levantar-se apenas esta hipótese.
De resto, quando se fala na privatização da EDP, por exemplo, o que aconteceu foi uma transferência de um estado para outro, de Portugal para a República da China, de um sistema capitalista para um comunista. O que não deixaria de ser paradoxal se não se desse o caso de a China ser, nesta altura, um curioso caso de simbiose entre capitalismo e comunismo, sem que tenha reunido dos dois o melhor. Ao que parece, no entanto, ninguém está muito interessado em manter-se fiel a teorias, mas sim ao pragmatismo do capital: ocidentais vendem à China para terem lucro, a China compra ao Ocidente para ter lucro. Os anéis ideológicos já se foram há muito, ficaram os dedos da realidade económica.
A menos que tudo isto resulte de um muito "maquiavélico", planificado e sistemático plano chinês para ocupar o Ocidente sem tiros nem derrame directo de sangue, antes progredindo paulatinamente das populares "lojas do chinês" para os opíparos "negócios da China".
Em qualquer dos casos, há que sublinhar o pragmatismo do capital, onde quer que esteja, venha de onde vier, mais interessado em manter e multiplicar o lucro que em evidenciar as contradições gritantes em que se vai deixando aprisionar.
Escreve à sexta-feira
Por Lauro António
publicado em 19 Dez 2014 - 08:00
Jornal i
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