Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 366 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 366 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Verdade intemporal
Página 1 de 1
Verdade intemporal
A economia portuguesa não pode assentar a sua fonte de vantagem competitiva nos baixos custos salariais. A saída é a diferenciação.
Talvez tenha sido para apaziguar os votantes em vésperas de eleições (o que é pratica muito comum em quem governa), mas em Outubro passado o Governo marcou o fim da austeridade com um aumento para os trabalhadores que auferem o Salário Mínimo Nacional (SMN).
Este aumento já pôs a nu reivindicações de mais aumentos, que nos chegam pela voz dos Sindicatos. Reivindicações de aumentos têm sempre várias motivações.
As que agora se fazem sentir vêm principalmente de trabalhadores com remunerações próximas do SMN (este aumento elimina a diferença salarial que alguns conseguiram com mérito, e que por mais pequena que for é valorizada pelos trabalhadores pois representa reconhecimento face a colegas que só agora entram nas empresas, e que ainda não tendo provado nada logo ficam a ganhar o mesmo que outros mais antigos), e nas empresas com mão-de-obra intensiva (onde predominam remunerações nesta banda salarial).
A contenda é intemporal. Os trabalhadores procuram aumentos, os patrões tentam evitar os mesmos. Há no entanto nesta discussão uma verdade mas profunda que importa refletir.
É sabido que a economia portuguesa não pode assentar a sua fonte de vantagem competitiva nos baixos custos salariais. A saída é a diferenciação. Mas isto não quer dizer que não é importante ter, em particular nalgumas tarefas, custos salariais baixos.
Mesmo nas propostas diferenciadas (que apostam no design, tecnologia, inovação, qualidade, durabilidade, marcas reconhecidas, customização, etc.) existem partes do processo de "produção", isto é trabalhos, que não acrescentam valor diferenciador.
Ora, estes trabalhos indiferenciados (que são os mesmo que comandam o salário mais baixo, os que mais facilmente se eliminam, deslocam para outras paragens, ou substituem por automação), são percecionados apenas como custo, e como qualquer custo, em qualquer lado, devem ser o mais baixo possível. Os trabalhadores diferenciados são valorizados, cobiçados e bem pagos. Os indiferenciados não. Esta é uma verdade intemporal.
Luís Vilariça
00.04 h
Económico
Talvez tenha sido para apaziguar os votantes em vésperas de eleições (o que é pratica muito comum em quem governa), mas em Outubro passado o Governo marcou o fim da austeridade com um aumento para os trabalhadores que auferem o Salário Mínimo Nacional (SMN).
Este aumento já pôs a nu reivindicações de mais aumentos, que nos chegam pela voz dos Sindicatos. Reivindicações de aumentos têm sempre várias motivações.
As que agora se fazem sentir vêm principalmente de trabalhadores com remunerações próximas do SMN (este aumento elimina a diferença salarial que alguns conseguiram com mérito, e que por mais pequena que for é valorizada pelos trabalhadores pois representa reconhecimento face a colegas que só agora entram nas empresas, e que ainda não tendo provado nada logo ficam a ganhar o mesmo que outros mais antigos), e nas empresas com mão-de-obra intensiva (onde predominam remunerações nesta banda salarial).
A contenda é intemporal. Os trabalhadores procuram aumentos, os patrões tentam evitar os mesmos. Há no entanto nesta discussão uma verdade mas profunda que importa refletir.
É sabido que a economia portuguesa não pode assentar a sua fonte de vantagem competitiva nos baixos custos salariais. A saída é a diferenciação. Mas isto não quer dizer que não é importante ter, em particular nalgumas tarefas, custos salariais baixos.
Mesmo nas propostas diferenciadas (que apostam no design, tecnologia, inovação, qualidade, durabilidade, marcas reconhecidas, customização, etc.) existem partes do processo de "produção", isto é trabalhos, que não acrescentam valor diferenciador.
Ora, estes trabalhos indiferenciados (que são os mesmo que comandam o salário mais baixo, os que mais facilmente se eliminam, deslocam para outras paragens, ou substituem por automação), são percecionados apenas como custo, e como qualquer custo, em qualquer lado, devem ser o mais baixo possível. Os trabalhadores diferenciados são valorizados, cobiçados e bem pagos. Os indiferenciados não. Esta é uma verdade intemporal.
Luís Vilariça
00.04 h
Económico
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin