Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 324 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 324 visitantes :: 2 motores de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
A pós-verdade,
Página 1 de 1
A pós-verdade,
as pessoas são induzidas a acreditar em mentiras com base em apelos à emoção e em crenças pessoais
Pós-verdade foi considerada a palavra do ano de 2016 pela Oxford Dictionaries. No passado fim de semana realizou-se, 18 anos depois do último, o 4º Congresso dos jornalistas Portugueses.
O que tem uma coisa a ver com a outra? Muito, direi eu. Na verdade, se olharmos para as conclusões apresentadas na Resolução Final daquele Congresso que afirmam, por exemplo, que “As condições em que se exerce hoje o jornalismo [...] comprometem o direito constitucional à informação, indispensável para o exercício pleno da cidadania” ou que “As condições de trabalho [...] estão a ter efeitos na qualidade do jornalismo e condicionam a independência dos jornalistas”, não restarão dúvidas de que o bom jornalismo é cada vez mais difícil nos nossos dias. Perante isto, abre-se livre caminho para a substituição dos meios de comunicação social tradicionais como fontes credíveis por outras que se preocupam mais em exacerbar os sentimentos dos leitores do que em informar com base nos factos. Assim, surge a pós-verdade, neologismo para definir uma realidade nova em termos informativos: as pessoas são induzidas a acreditar em mentiras com base em apelos à emoção e em crenças pessoais, em detrimento da verdade, da razão e da reflexão fundamentada.
Vivemos, pois, um drama informativo grave, já que os poucos profissionais que compõem as redações têm de dar resposta a uma imensidão de solicitações, sem tempo para investigar e para consultar aprofundadamente as fontes que fundamentam as notícias por si produzidas. Daqui surge, evidentemente, muita informação deturpada.
Terão sido razões desta natureza que explicarão o teor da notícia “SPM perde recurso da Expressão Plástica”, da autoria de Agostinho Silva, publicada no dia 29 de dezembro neste jornal. Na verdade, a ação interposta pelo SPM sobre a Expressão Plástica ainda está a decorrer, não havendo qualquer sentença da mesma. O recurso recusado pelos tribunais dizia respeito, apenas, a um pedido do SPM para que a SRE prestasse informações que considerávamos essenciais para o processo. Não foi o entendimento dos tribunais. No entanto, quanto à ação principal continuamos convencidos de que a razão estará do nosso lado. Infelizmente, a notícia levava os leitores a concluírem que o processo estaria concluído definitivamente. Nada mais errado. Bastaria um telefonema para comentarmos a decisão dos tribunais e tudo seria clarificado, mas nunca foi feito.
O SPM estará sempre disponível para evitar que a pós-verdade avance, porque considera que a boa informação é “indispensável para o exercício pleno da cidadania”.
FRANCISCO OLIVEIRA / 20 JAN 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
Pós-verdade foi considerada a palavra do ano de 2016 pela Oxford Dictionaries. No passado fim de semana realizou-se, 18 anos depois do último, o 4º Congresso dos jornalistas Portugueses.
O que tem uma coisa a ver com a outra? Muito, direi eu. Na verdade, se olharmos para as conclusões apresentadas na Resolução Final daquele Congresso que afirmam, por exemplo, que “As condições em que se exerce hoje o jornalismo [...] comprometem o direito constitucional à informação, indispensável para o exercício pleno da cidadania” ou que “As condições de trabalho [...] estão a ter efeitos na qualidade do jornalismo e condicionam a independência dos jornalistas”, não restarão dúvidas de que o bom jornalismo é cada vez mais difícil nos nossos dias. Perante isto, abre-se livre caminho para a substituição dos meios de comunicação social tradicionais como fontes credíveis por outras que se preocupam mais em exacerbar os sentimentos dos leitores do que em informar com base nos factos. Assim, surge a pós-verdade, neologismo para definir uma realidade nova em termos informativos: as pessoas são induzidas a acreditar em mentiras com base em apelos à emoção e em crenças pessoais, em detrimento da verdade, da razão e da reflexão fundamentada.
Vivemos, pois, um drama informativo grave, já que os poucos profissionais que compõem as redações têm de dar resposta a uma imensidão de solicitações, sem tempo para investigar e para consultar aprofundadamente as fontes que fundamentam as notícias por si produzidas. Daqui surge, evidentemente, muita informação deturpada.
Terão sido razões desta natureza que explicarão o teor da notícia “SPM perde recurso da Expressão Plástica”, da autoria de Agostinho Silva, publicada no dia 29 de dezembro neste jornal. Na verdade, a ação interposta pelo SPM sobre a Expressão Plástica ainda está a decorrer, não havendo qualquer sentença da mesma. O recurso recusado pelos tribunais dizia respeito, apenas, a um pedido do SPM para que a SRE prestasse informações que considerávamos essenciais para o processo. Não foi o entendimento dos tribunais. No entanto, quanto à ação principal continuamos convencidos de que a razão estará do nosso lado. Infelizmente, a notícia levava os leitores a concluírem que o processo estaria concluído definitivamente. Nada mais errado. Bastaria um telefonema para comentarmos a decisão dos tribunais e tudo seria clarificado, mas nunca foi feito.
O SPM estará sempre disponível para evitar que a pós-verdade avance, porque considera que a boa informação é “indispensável para o exercício pleno da cidadania”.
FRANCISCO OLIVEIRA / 20 JAN 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin