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O abc da dívida grega
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O abc da dívida grega
O novo governo grego realiza, esta semana, uma operação de charme junto das principais capitais europeias. O objetivo é convencer os parceiros europeus a reestruturar a enorme dívida do país.
A euronews mostra-lhe quem detém dívida helénica e tenta explicar quais são as consequências de uma eventual falência da Grécia.
A situação atual
A economia grega está a sair de uma recessão que durava desde 2009. A economia contraiu cerca de 25% e a dívida disparou para 175% do PIB, o equivalente a 324 mil milhões de euros, segundo Open Europe e o Mecanismo europeu de Estabilidade Financeira.
Uma situação que ultrapassa em muito os limites fixados pelos tratados europeus, isto é, um endividamento de 60% do PIB.
O governo de Alexis Tsipras prometeu pôr fim a anos de austeridade, de “humilhação” e “sofrimento”. A linha governativa anti-austeridade preocupa os credores internacionais.
A parte europeia do programa de resgate à Grécia termina a 28 de fevereiro.
Sem um acordo para o prolongamento do programa, a Grécia poderá encontrar problemas de financiamento e os bancos gregos poderão deixar de ter acesso ao fundo de liquidez do Banco Central Europeu (BCE).
O governo Tsipras, através do ministro das Finanças, Giannis Varoufakis, já disse que não pretende pedir um prolongamento. Está pronto a dialogar com os “parceiros europeus”, mas não com a “troika” e já recusou os 7 mil milhões de euros da última fatia do programa de ajuda.
Mas, no verão, Atenas vê vencer cerca de 10 mil milhões de euros de obrigações.
Quem detém a dívida grega?
Após a reestruturação de 2012, a maioria da dívida grega, cerca de 85%, está atualmente nas mãos de países, fundos e instituições da zona euro (Gráfico 1). Seguem-se outros credores, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), membro da “troika”.
Em termos da zona euro (gráfico 2), as quatro maiores economia são as mais expostas. A Alemanha detém mais de 56 mil milhões de euros da dívida grega. Surge depois a França, com mais de 42 mil milhões, Itália (mais de 37 mil milhões) e Espanha (mais de 24 mil milhões).
Portugal detém 1,102 mil milhões de euros da dívida helénica.
A posição da Grécia
O novo governo grego deixou claro que não pretende abandonar as suas promessas eleitorais, ou seja, pôr fim às medidas de austeridade. E não tardou a agir.
No primeiro conselho de ministros, o executivo suspendeu alguns processos de privatização. Avançou também com a reintegração de funcionários despedidos e aumentou as pensões mais baixas.
A reação dos mercados foi de pânico. Nos primeiros três dias de governo, a bolsa de Atenas perdeu mais de 15%.
O ministro das Finanças, Giannis Varoufakis, pretende renegociar e reestruturar a dívida, pelo menos uma parte.
Os países membros da união monetária, de Portugal a Itália, sem contar com a Alemanha, opõem-se a um perdão da dívida. O ministro francês das Finanças, Michel Sapin, adianta: “Podemos discutir, adiar ou aliviar, mas não perdoar a dívida”.
Na mesa estão, por isso, algumas soluções, como a redução das taxas de juro ou o prolongamento do prazo de reembolso.
Numa das inúmeras entrevistas, Varoufakis defendeu o reembolso da dívida em função da taxa de crescimento da economia. E numa outra acrescentou: “Quando dois parceiros têm de discutir um problema há duas soluções. Sentam-se face a face ou lado a lado e mas enfrentam o problema”.
Os custos de uma eventual falência da Grécia
Qualquer decisão sobre a dívida grega terá consequências. Primeiro para os países europeus que beneficiaram de ajuda internacional: Irlanda, Portugal, Espanha e Chipre. Estes vão estar atentos às negociações e poderão exigir as mesmas concessões que forem dadas à Grécia.
A situação é ainda mais delicada já que países, como Portugal e Espanha, vão a votos em 2015.
Em caso de falência da Grécia (gráfico 3), os países detentores de obrigações terão de assumir perdas. No caso da Holanda estas ascendem a 708 euros por cada cidadão. E 105 euros por cada português.
03/02 15:03 CET
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