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Oportunidade grega
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Oportunidade grega
A política de empobrecimento que levou a tantos sacrifícios dos portugueses tem hoje uma oposição política: a Grécia.
Estão os portugueses dispostos a perdoar quem aplicou políticas de austeridade que falharam em toda a linha? Este é o cerne da questão!
Depois da crise financeira de 2008, a Europa respondeu injetando dinheiro nas economias para tentar estimular o crescimento. Devido ao brutal esforço dos países, os seus défices e dívidas dispararam para patamares nunca vistos. Juntando a isto a má formação congénita da União Económica e Monetária, temos o início da chamada crise das dívidas públicas. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (PIIGS) eram os países mais vulneráveis. Alguns deles foram mesmo obrigados a pedir linhas de crédito devido aos altos juros cobrados pelos investidores desconfiados com a capacidade destes países de pagarem as suas dívidas.
À Grécia foi pedido o impossível. Juntando a uma crise financeira e económica, a obrigação de contrair a sua já débil economia para pagar aos credores.
Pois bem, desde 2008 a economia grega contraiu cerca de 25% (6 anos de recessão), o desemprego atingiu 25% da população ativa e 60% nos jovens. O resgate de 2012, no valor de 130 mil milhões de euros, foi o segundo depois de em 2010 o empréstimo de 110 mil milhões de euros ter sido um rotundo falhanço.
A cegueira ideológica da Europa foi seguida, e até mesmo louvada, pelo Governo português. Contudo, a dívida pública continuou aumentar, o numero de desempregados disparou, havendo mesmo 70% que não recebem subsídio. Milhares foram obrigados a sair do país. O risco de pobreza disparou, atingindo sobretudo famílias com crianças a cargo. Portugal recuou uma década nos níveis de pobreza e exclusão social! A fúria privatizadora dos "bons alunos" portugueses não chegou para pagar a dívida contraída só durante o ano de 2013.
Passados 4 anos, a política de empobrecimento que levou a tantos sacrifícios dos portugueses, ao desmantelamento do Estado Social e à cada vez menor confiança institucional, tem hoje uma oposição política nascida onde a civilização ocidental tem as suas raízes mais profundas: a Grécia. Desperdiçar esta oportunidade grega? Não, obrigado.
Luís Toscano
00.04 h
Económico
Estão os portugueses dispostos a perdoar quem aplicou políticas de austeridade que falharam em toda a linha? Este é o cerne da questão!
Depois da crise financeira de 2008, a Europa respondeu injetando dinheiro nas economias para tentar estimular o crescimento. Devido ao brutal esforço dos países, os seus défices e dívidas dispararam para patamares nunca vistos. Juntando a isto a má formação congénita da União Económica e Monetária, temos o início da chamada crise das dívidas públicas. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (PIIGS) eram os países mais vulneráveis. Alguns deles foram mesmo obrigados a pedir linhas de crédito devido aos altos juros cobrados pelos investidores desconfiados com a capacidade destes países de pagarem as suas dívidas.
À Grécia foi pedido o impossível. Juntando a uma crise financeira e económica, a obrigação de contrair a sua já débil economia para pagar aos credores.
Pois bem, desde 2008 a economia grega contraiu cerca de 25% (6 anos de recessão), o desemprego atingiu 25% da população ativa e 60% nos jovens. O resgate de 2012, no valor de 130 mil milhões de euros, foi o segundo depois de em 2010 o empréstimo de 110 mil milhões de euros ter sido um rotundo falhanço.
A cegueira ideológica da Europa foi seguida, e até mesmo louvada, pelo Governo português. Contudo, a dívida pública continuou aumentar, o numero de desempregados disparou, havendo mesmo 70% que não recebem subsídio. Milhares foram obrigados a sair do país. O risco de pobreza disparou, atingindo sobretudo famílias com crianças a cargo. Portugal recuou uma década nos níveis de pobreza e exclusão social! A fúria privatizadora dos "bons alunos" portugueses não chegou para pagar a dívida contraída só durante o ano de 2013.
Passados 4 anos, a política de empobrecimento que levou a tantos sacrifícios dos portugueses, ao desmantelamento do Estado Social e à cada vez menor confiança institucional, tem hoje uma oposição política nascida onde a civilização ocidental tem as suas raízes mais profundas: a Grécia. Desperdiçar esta oportunidade grega? Não, obrigado.
Luís Toscano
00.04 h
Económico
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