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Mensagem por Admin Qui Fev 05, 2015 5:51 pm

É fácil fazer demagogia em áreas tão sensíveis como a saúde. Se há um vírus à solta que empurra um número excepcional de pacientes para os hospitais e os obriga a esperar horas infindáveis nas urgências, quem responsabilizar? Fácil:


O Serviço Nacional de Saúde (SNS) que, com cada vez menos recursos, já se vê em papos de aranha para acudir ao fluxo normal de urgências quanto mais para responder a picos de crise. Se faltam especialidades e fecham centros de saúde em zonas onde o hospital mais próximo fica tão longe que muitos casos acabam tratados numa beira de estrada a meio do caminho, quem culpar? Fácil: os governantes que, a bem de uma gestão mais racional do serviço público, reorganizam e centralizam cuidados básicos de saúde, mesmo que isso implique privar (e isolar) uma fatia cada vez mais larga da população.

Se há portugueses que morrem enquanto (des)esperam para ser socorridos ou depois de aguardarem meses a fio por um exame, uma consulta ou medicamento, a quem apontar o dedo? Se faltam cada vez mais camas nos hospitais, se há mais médicos a pedir reforma antecipada ou mais enfermeiros a procurar trabalho no estrangeiro, a quem pedir contas? Fácil: à política de austeridade que, aplicada em excesso, tem debilitado a qualidade do SNS. Se estas respostas parecem demagogia (é fácil fazê-la, não é?), o certo é que as perguntas descrevem uma realidade sombria que não pode ser ignorada: o serviço público de saúde continua a degradar-se sem que surjam alternativas melhores e mais acessíveis para uma boa parte da população. E se os números servem para justificar cortes, também devem servir para medir o seu impacto.

Nas últimas estatísticas da OCDE (relativas a 2012, mas divulgadas em 2014), os hospitais públicos nacionais dispõem de 3,4 camas por mil habitantes, quando a média da OCDE chega a 4,8 ou a Áustria, o país mais bem equipado, chega a 7,7. Para os doentes agudos, a média da OCDE é de 3,3 camas – Portugal fica-se pelas 2,9 camas. Não chegam, em qualquer situação, sobretudo quando se sabe que a população portuguesa, em especial a mais idosa, está a precisar de mais assistência médica durante cada vez mais anos. Mais: os hospitais, revela o balanço social da saúde de 2013, perderam 3.618 trabalhadores entre 2011 e 2013, entre enfermeiros e pessoal auxiliar. Ao ministro da Saúde não se pede que faça demagogia, pede-se que encare a realidade e que antecipe os problemas, que resolva as carências, que promova as melhorias.

Já se sabe que seria uma tarefa dura. É irreal pensar que os custos galopantes acumulados durante décadas se conseguiam apagar sem dores, sem renegociar contratos com as poderosas farmacêuticas, sem impor um controlo mais apertado de despesas ou práticas mais sustentáveis de funcionamento, sem racionalizar a distribuição dos serviços ou medicamentos, sem forçar uma série de mudanças sem as quais o serviço público de saúde acabará falido e esvaziado – e também sem os atropelos que se conhecem agora e que é urgente corrigir.


O que Paulo Macedo tem tido dificuldade em perceber é que a saúde é muito mais do que os números encaixados numa folha de Excel, é mais do que um acerto de contas entre o deve e o haver. Um ministro da Saúde não gere apenas contabilidades, gere também as sensibilidades de quem sabe que a qualidade das suas vidas depende (e muito) das decisões que toma. Paulo Macedo tem mostrado competência na primeira tarefa, mas na outra, que é talvez a mais preciosa, tem sido inábil e até desastroso na forma como gere a percepção pública, como evita os casos críticos e como, verdadeiramente, pensa resolver os efeitos mais nefastos da sua própria terapia no sector. Essa sim, é a maior urgência a socorrer. Pela nossa saúde.

Helena Cristina Coelho  
00.05 h
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