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Economia, Saúde e Educação
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Economia, Saúde e Educação
É muita coisa para o número de caracteres que o DN tem a gentileza de disponibilizar para a brisa que sopra de Norte. Mas como o vento norte normalmente é mais rijo - talvez por isso se diga que os do Norte têm outra fibra – e porque nunca devemos perder o Norte, vamos ao assunto.
É normal acontecerem coisas mesmo à frente do nosso nariz que, por não estarem directamente ligadas à vida do dia-a-dia, não nos apercebemos.
Foi o que se passou recentemente em S. Vicente, devido ao alarido gerado à volta de uma diarreia quase colectiva, que, segundo dizem, começou numa das escolas do concelho.
Claro que o assunto foi tema de conversa durante alguns dias. Foi numa dessas conversas, onde estava o José, que é de uma geração mais nova e ainda tem os filhos na escola primária, que se chegou mais ou menos à conclusão de que a desertificação das zonas rurais veio para ficar.
Disse o José que o comer fornecido ao pequenos na escola é da responsabilidade uma empresa, que traz todos os ingredientes de fora, pelo menos de fora do concelho.
As cozinheiras, que até há 2 anos faziam o comer com produtos comprados na zona ao comércio local ou aos agricultores, agora estão a fazer outras tarefas. A nova cozinheira parece que é alguém que essa empresa foi buscar ao desemprego.
“Ora, ora”, diz o Alberto, que tem os netos na Inglaterra, “isso é uma grande ajuda à economia local, não haja dúvida! Se calhar até as couves e semilhas vêm do continente ou de Espanha”.
Continua o José: “Aqui há dias fui pôr os pequenos à escola e como tinha tempo fui ver a ementa. Um dia o prato principal era Paloco. Como não sabia o que era, fui perguntar à cozinheira. Disse-me que era um peixe qualquer que a pequenada nunca comia porque não gostava.
“Paloco?”, perguntou alguém. “’Tá loco, ‘tá. Então os do governo dizem que querem desenvolver a economia local, de proximidade, ou lá o que é, e andam a importar coisas, a mandar dinheiro para outro lado, a fazer poluição para as transportar isso até aqui. E depois dizem aos pequenos que é para não poluir que o buraco dessa coisa do ar está cada vez maior por causa do fumo e são os primeiros a fazer! Lá que está tudo louco, parece que está.”
E remata o Caladinho, que tem sempre algumas saídas interessantes: “Se calhar para eles educação é só saber ler e escrever, saúde é só não estar doente e economia é fazer a empresa do amigo ganhar dinheiro”.
Joel Freitas
Diário de Notícias da Madeira
Terça, 14 de Junho de 2016
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