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Madeira. Há uma História antes e depois de Jardim
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Madeira. Há uma História antes e depois de Jardim
“Será ainda um caso de estudo e de história a sua postura irreverente, combativa, frontal"
O historiador José Eduardo Franco e o jornalista Paulo Rocha consideram que “haverá uma história da Madeira antes e depois” de Alberto João Jardim, presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, que liderou desde 1978.
Na introdução do livro “Alberto João Jardim na Primeira Pessoa – Vida, Trajecto, Obra e Auto-avaliação em Grande Entrevista”, que a Gradiva lança este mês, os autores afirmam que o político “marcará a história do Portugal democrático pós-25 de Abril”, destacando o “seu papel na estruturação e afirmação das Regiões Autónomas Insulares”.
“Será ainda um caso de estudo e de história a sua postura irreverente, combativa, frontal, que marcou uma forma muito própria de fazer política e de defender os interesses da Madeira frente a um poder central que tomou como alvo habitual da sua crítica”, referem, notando a “oposição” que também fazia aos responsáveis do próprio partido, o PSD.
O segundo presidente da Região Autónoma da Madeira, que bateu recordes “em termos de longevidade como titular de cargos eleitos em processos eleitorais ganhos sucessivamente com maiorias absolutas”, tornou-se ainda “uma das vozes mais constantes a reivindicar uma mudança constitucional”, salientam os autores.
“Por outro lado, Alberto João Jardim ficará na história da construção da União Europeia como fundador e presidente da Associação Europeia das Regiões Ultraperiféricas, que permitiu exigir uma maior atenção dos poderes centrais europeus para com as regiões mais distantes, mais isoladas e mais desfavorecidas”, lê-se na introdução, assinalando que, acima de tudo, o ex-líder do PSD-Madeira “ficará na memória colectiva da opinião pública e no meio político português da democracia contemporânea fundamentalmente como uma voz dissonante”.
Notando que “popular é e popular ficará para muitos, especialmente para o povo simples que aprecia políticos ‘sem papas na língua’ e valoriza um presidente do governo que conversa, convive e festeja com todos”, o livro, resultado de uma entrevista de oito horas feita em agosto de 2014, observa que Jardim é, contudo, “um político receado e até detestado por alguns sectores das elites políticas e intelectuais devido às susceptibilidades criadas pelo seu estilo de liderança”.
“A imagem estereotipada que tem sido cristalizada a partir da forma provocadora de lidar com os jornalistas, de afrontar os seus críticos e de discursar em registo de campanha eleitoral tornou-se dominante nos juízos correntes sobre Alberto João Jardim entre as elites continentais”, sustentam os autores, observando que esta imagem contrasta com a percepção com que se fica do governante “em situações e ambientes sociais e culturais, onde a mais conhecida postura combativa deste líder (…) dá lugar ao perfil do ‘gentleman’, culto, simpático, acolhedor e com grande sentido de humor”.
Considerando que Jardim é “uma das figuras mais polémicas, mais desconcertantes e mais peculiares da história da democracia portuguesa”, os autores entendem que o seu perfil e o impacto da sua liderança “encaixam-se numa genealogia de figuras da história política portuguesa que, por razões diversas, geraram leituras controvertidas e até mesmo correntes de interpretação antagónicas e de longa duração”.
“Do ponto de vista da construção da imagem, não será descabido estabelecer alguma relação, ‘mutatis mutandis’ [mudando o que devia ser mudado], com as leituras controvertidas da acção política de um Marquês de Pombal, de um Afonso Costa ou de um Salazar”, sustentam os autores, ressalvando que, “embora em tempo e inscrições ideológicas diversas, assim como Alberto João, aqueles líderes fortes e carismáticos operaram em contextos charneira e de mudança, de que se tornaram protagonistas”.
Por Jornal i com Agência Lusa
publicado em 22 Fev 2015 - 14:00
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