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Opiniões e regimes estratégicos
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Opiniões e regimes estratégicos
A austeridade ou o empobrecimento não são políticas, são efeitos das políticas que corrigem desequilíbrios que não se podem manter – e que nunca deveriam ter sido tolerados. Mudar de governo é possível, mudar de política não é possível.
A FRASE...
"É preciso voltar a afirmar que os povos têm direito a fazer escolhas democráticas, dizer: ’Nós não queremos este governo, queremos outro e temos de mudar de política.’"
Porfírio Silva, "Não queremos instalar a ruptura no país", Público, 22 de Março de 2015
A ANÁLISE...
Uma coisa é a diferença de opiniões: confrontados com os mesmos factos, é sempre possível formular opiniões diversas, até que novos factos, gerados pela corrente do tempo, venham resolver o diferendo. Outra coisa é a diferença de regimes estratégicos: quando mudam os campos de possibilidade, as diferenças de opiniões que estejam referenciadas ao campo de possibilidade anterior são irrelevantes, porque o universo mudou e as suas propriedades, assim como os seus instrumentos, passaram a ser outros.
No regime estratégico do Estado nacional, com fronteiras políticas e administrativas, com moeda própria e política monetária autónoma, os desequilíbrios nas relações económicas fundamentais eram corrigidos com a desvalorização clássica, que não se designava por austeridade, mas que tinha o efeito prático de empobrecer a sociedade porque o recurso à dívida tinha custos incomportáveis ou nem sequer encontrava credores dispostos a emprestar. No regime estratégico da União Europeia, sem moeda própria, e no regime estratégico da globalização competitiva, com liberdade de circulação dos capitais e das empresas, os desequilíbrios económicos fundamentais têm de ser corrigidos pela desvalorização interna, que é um modo de reduzir a despesa quando deixa de ser possível continuar a recorrer à dívida. E para se voltar a atrair o capital para investimento será necessário restabelecer as condições de competitividade.
As sociedades empobrecem porque o anterior efeito de riqueza, financiado com dívida, era falso. A austeridade ou o empobrecimento não são políticas, são efeitos das políticas que corrigem desequilíbrios que não se podem manter – e que nunca deveriam ter sido tolerados. Mudar de governo é possível, mudar de política não é possível.
Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
23 Março 2015, 20:30 por Joaquim Aguiar
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