Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2014  cais  2016  2012  2017  2023  2018  cmtv  2011  2013  2010  2019  2015  tvi24  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
O direito a debater a vida EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
O direito a debater a vida EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
O direito a debater a vida EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
O direito a debater a vida EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
O direito a debater a vida EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
O direito a debater a vida EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
O direito a debater a vida EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
O direito a debater a vida EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
O direito a debater a vida EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


O direito a debater a vida Empty
novembro 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
287 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 287 visitantes :: 1 motor de busca

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

O direito a debater a vida

Ir para baixo

O direito a debater a vida Empty O direito a debater a vida

Mensagem por Admin Ter Jun 23, 2015 5:43 pm

Quando comecei a escrever esta crónica lembrei-me da passagem do poeta, que lembrava quanto do sal do nosso mar são lágrimas de Portugal. Algo semelhante acontece por vezes em terra, onde muitas lágrimas vertidas podiam ser evitadas, nomeadamente as das mães e dos pais que o não foram.

Pensando em possíveis soluções, que têm também como pano de fundo a preocupação com o nosso rigoroso inverno demográfico, um conjunto de mais de 48.000 cidadãos apresentou ao Parlamento um projeto de lei de apoio à maternidade e paternidade e pelo direito de nascer.

Fizeram-no utilizando a abertura que a revisão constitucional de 1997 trouxe e que a lei de 2003 finalmente regulamentou, que permite o exercício por grupos de cidadãos do direito de iniciativa legislativa. Portugal está acompanhado na atribuição deste direito por vários países. E este é um tema que tem sido também objeto de tratamento, nomeadamente, pela Comissão Europeia para a Democracia através do Direito (Comissão de Veneza), um órgão consultivo do Conselho da Europa. Também a União Europeia, desde 2012, no quadro de solução adotada pelo Tratado de Lisboa, proporciona a possibilidade de os cidadãos pedirem que a Comissão Europeia apresente uma determinada proposta legislativa.

Podemos ter legislação avançadíssima. Mas se frustramos os seus propósitos na altura de a aplicar talvez estejamos a criar ainda maiores anticorpos, neste caso na base do sistema democrático.

Estes instrumentos, que visam, como no caso português, uma articulação entre os mecanismos da democracia representativa e a participação dos cidadãos, procuram melhorar a qualidade da democracia e aproximar eleitores e eleitos. Pretendem abrir portas a discussões resultantes da criatividade dos cidadãos e arejar ideias políticas em discussão.

Procuram, também, limitar alguns riscos de fechamento institucional e proporcionar a discussão de propostas de correntes de opinião expressivas – recorde-se aqui a exigência nacional de um mínimo de 35.000 subscritores para que a iniciativa possa ser recebida enquanto tal. 

Acontece que olhando para a história concreta destes processos em Portugal notamos, no entanto, que a abertura democrática não parece ter uma total correspondência na atuação concreta do Parlamento. E, no caso da iniciativa de apoio à maternidade e paternidade e pelo direito de nascer, a recente invocação de questões processuais para evitar a sua discussão na presente legislatura é especialmente censurável. A aparência é a da pretensão de ganhar na secretaria e de se pretender evitar o debate.

Podemos ter legislação avançadíssima. Mas se frustramos os seus propósitos na altura de a aplicar talvez estejamos a criar ainda maiores anticorpos, neste caso na base do sistema democrático.

Citando a própria Assembleia da República, em missiva de 20.05.2015 da I.ª Comissão a propósito da tramitação desta iniciativa, há a “necessidade de se evitar a caducidade da iniciativa, em face do respeito devido pela Assembleia da República a todos os cidadãos eleitores, os subscritores desta iniciativa e todos os demais, potenciais proponentes, titulares deste direito constitucionalmente consagrado”.

Pena é que, em especial da parte de alguns agentes que enchem as suas narrativas de referências a conquistas democráticas, de louvores a direitos, ou de odes ao necessário aproximar entre eleitores e eleitos, não pareça surgir um pingo de preocupação com o cavar do divórcio entre uns e outros, algo ainda mais nítido quando pensamos em questões de vida e de morte.

Tenho esperança de que a Assembleia da República possa ainda conseguir discutir e tratar este tema na presente legislatura. Isso contribuirá muito para a confiança no sistema político e para a perceção de transparência no funcionamento das instituições. Estes são bens democráticos de extremo valor que, quando ameaçados, como temos visto também nalguns países da União Europeia, nos podem colocar perante riscos há poucos anos impensáveis.

RELACIONADOS
TIMOR, LUSOFONIA E O NOSSO CONCEITO ESTRATÉGICO NACIONAL

António Delicado | 23/06/2015 15:48
SOL
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos