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Carta aberta a toda(s) a(s) esquerda(s) de Portugal
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Carta aberta a toda(s) a(s) esquerda(s) de Portugal
No ano de 1986 publiquei, no "Diário de Notícias", dois artigos de opinião intitulados respetiva e significativamente: "Renovação da esquerda democrática ou Renovação democrática da esquerda?" e "Convenção da esquerda democrática ou Convenção democrática da esquerda?"
Era, evidentemente, o tempo em que a "esquerda boa" eram os "socialistas democráticos" (partidos socialistas e aparentados) e a "Esquerda má" eram os "socialistas revolucionários" (partidos comunistas e quejandos...).
E, nessa altura, eu chamava explicitamente a atenção para os pontos seguintes: ... Não se trata de servir, mais uma vez, os super-requentados pratos da existência ou não de diferença entre a esquerda e a direita, da superação do paradigma marxista, etc. O ponto da questão ou o fundo do problema aqui é outro: onde está essa esquerda que importa renovar e reunir, sob pena de perder uma oportunidade histórica, para além de se comprometerem futuras provas eleitorais?...
"Qual esquerda, pois? Toda a esquerda, evidentemente, sem exclusivismos, expulsões e anátemas... "Toda a esquerda" seria, simplesmente, igual às "esquerdas todas"..."
Hoje, os tempos mudaram e a "esquerda boa" seriam, não já os "socialistas democráticos" (partidos socialistas e aparentados) mas sim os "socialistas revolucionários" (Partido Comunista, Bloco de Esquerda e demais émulos na questão da pureza revolucionária).
Não parece difícil entender o meu propósito, explicitamente expresso por exemplo no livro "A política não é tudo mas tudo é político", Âncora Editora, 2013, pp. 447-449 (no ensaio que intitulei: "Para a (Re) União Democrática de toda(s) a(s) Esquerda(s) em Portugal e na Europa").
É verdade que a tentação, em todos os mundos e também no mundo da(s) esquerda(s), é de pensar que nós é que somos os únicos bons e os únicos propriamente ditos. Não existe até a tentação cataro-puritana de pensar em relação à generalidade do Povo Português, que o melhor seria não tentar mudar esta gente mas mudar desta gente, não tentar mudar o país mas mudar de país, não tentar mudar este Mundo mas procurar mudar um outro Mundo?
Para não me alongar mais, direi apenas da maneira mais concreta e imediata: a esquerda portuguesa são todas as esquerdas de Portugal e esperemos que, também nelas e entre todas elas, reine o regime democrático, até porque se é verdade que a democracia será revolucionária ou não será de nenhum modo também é verdade que a revolução ou será democrática ou não será de nenhum modo.
Não terá sido essa, aliás, a grande intuição do 25 de Abril de 1974 português que, com maior ou menor atraso, felicidade e eficiência, tentou simultaneamente realizar a "Revolução político-democrática de 1789", a "Revolução económico-social" de 1917 e a "Revolução cultural-humanista" de 1968"?
Esta "Carta aberta" é endereçada a toda(s) a(s) esquerdas de Portugal, sem esquecer a(s) esquerda(s) não partidária(s) ou independente(s), à qual desde sempre fez questão de pertencer o autor desta carta e à qual, se não me engano, pertence igualmente o novel candidato à Presidência da República Portuguesa, António Sampaio da Nóvoa.
DOCENTE UNIVERSITÁRIO
27.06.2015
FERNANDO DOS SANTOS NEVES
Jornal de Notícias
Era, evidentemente, o tempo em que a "esquerda boa" eram os "socialistas democráticos" (partidos socialistas e aparentados) e a "Esquerda má" eram os "socialistas revolucionários" (partidos comunistas e quejandos...).
E, nessa altura, eu chamava explicitamente a atenção para os pontos seguintes: ... Não se trata de servir, mais uma vez, os super-requentados pratos da existência ou não de diferença entre a esquerda e a direita, da superação do paradigma marxista, etc. O ponto da questão ou o fundo do problema aqui é outro: onde está essa esquerda que importa renovar e reunir, sob pena de perder uma oportunidade histórica, para além de se comprometerem futuras provas eleitorais?...
"Qual esquerda, pois? Toda a esquerda, evidentemente, sem exclusivismos, expulsões e anátemas... "Toda a esquerda" seria, simplesmente, igual às "esquerdas todas"..."
Hoje, os tempos mudaram e a "esquerda boa" seriam, não já os "socialistas democráticos" (partidos socialistas e aparentados) mas sim os "socialistas revolucionários" (Partido Comunista, Bloco de Esquerda e demais émulos na questão da pureza revolucionária).
Não parece difícil entender o meu propósito, explicitamente expresso por exemplo no livro "A política não é tudo mas tudo é político", Âncora Editora, 2013, pp. 447-449 (no ensaio que intitulei: "Para a (Re) União Democrática de toda(s) a(s) Esquerda(s) em Portugal e na Europa").
É verdade que a tentação, em todos os mundos e também no mundo da(s) esquerda(s), é de pensar que nós é que somos os únicos bons e os únicos propriamente ditos. Não existe até a tentação cataro-puritana de pensar em relação à generalidade do Povo Português, que o melhor seria não tentar mudar esta gente mas mudar desta gente, não tentar mudar o país mas mudar de país, não tentar mudar este Mundo mas procurar mudar um outro Mundo?
Para não me alongar mais, direi apenas da maneira mais concreta e imediata: a esquerda portuguesa são todas as esquerdas de Portugal e esperemos que, também nelas e entre todas elas, reine o regime democrático, até porque se é verdade que a democracia será revolucionária ou não será de nenhum modo também é verdade que a revolução ou será democrática ou não será de nenhum modo.
Não terá sido essa, aliás, a grande intuição do 25 de Abril de 1974 português que, com maior ou menor atraso, felicidade e eficiência, tentou simultaneamente realizar a "Revolução político-democrática de 1789", a "Revolução económico-social" de 1917 e a "Revolução cultural-humanista" de 1968"?
Esta "Carta aberta" é endereçada a toda(s) a(s) esquerdas de Portugal, sem esquecer a(s) esquerda(s) não partidária(s) ou independente(s), à qual desde sempre fez questão de pertencer o autor desta carta e à qual, se não me engano, pertence igualmente o novel candidato à Presidência da República Portuguesa, António Sampaio da Nóvoa.
DOCENTE UNIVERSITÁRIO
27.06.2015
FERNANDO DOS SANTOS NEVES
Jornal de Notícias
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