Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 417 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 417 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Resolver O Tema Grego E Eliminar A Incerteza Política
Página 1 de 1
Resolver O Tema Grego E Eliminar A Incerteza Política
Os mercados europeus acolheram favoravelmente as propostas da Grécia, no início da semana passada, e recuperaram quase 4%, na esperança de que o Syriza iria ceder às exigências dos seus credores, atenta a proximidade da data limite de 30 de junho. No entanto, o primeiro-ministro da Grécia anunciou, na sexta-feira à noite, um referendo para o dia 5 de julho. Neste momento, não é clara a pregunta que os gregos terão de responder. A Grécia terá de decidir se quer permanecer na Zona Euro e, portanto, cumprir as exigências dos credores, ou sair.
Se o resultado da votação é, por ora, incerto, as últimas sondagens mostram que os eleitores são a favor de uma permanência na zona euro. Um “sim” significa que o Syriza vai ter de abandonar o Governo e um novo Executivo terá de ser formado. Os credores deverão oferecer condições mais favoráveis a um novo Governo de coligação provido de um mandato claro do povo para manter a Grécia na zona euro.
Nesse sentido, os acontecimentos que tiveram lugar no fim de semana passado podem ser vistos de forma positiva, uma vez que poderiam forçar o Syriza a sair e dar origem a uma resolução mais rápida da crise grega, forçando o país a finalmente tomar as medidas necessárias para atingir uma recuperação sustentável.
Claro, formar um novo Governo e criar um programa de reformas vai ser complicado, mas podemos esperar que tanto o Eurogrupo como o BCE apoiem o processo.
No caso de os eleitores escolherem seguir o Syriza e votar “Não”, um default (incumprimento) grego levaria provavelmente a uma saída da zona euro. No entanto, o risco de contágio parece limitado:
– A exposição dos governos da zona euro à dívida grega é relativamente baixa, cerca de 3,5% do PIB da zona euro, principalmente através de empréstimos bilaterais, o Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), “Securities Markets Programme” do BCE (SMP) e responsabilidades intra-eurosistema. O contágio do sistema bancário é improvável porque a exposição dos bancos privados à Grécia é pequeno – geralmente bem abaixo de 5% do Tier 1 do “core equity capital”, e, na maioria dos casos, inferior a 1%.
– O BCE está a acompanhar de perto a situação e pode acelerar a compra de obrigações, especialmente na periferia, se os mercados espanhol, italiano e português estiverem em risco. A política monetária e as suas ferramentas evoluíram muito desde as últimas crises de dívida soberana. O BCE ainda está muito empenhado em fazer “o que for preciso” para dar estabilidade aos mercados financeiros da zona euro e apoiar o euro.
– O risco de contágio a outros países da Europa do Sul é pouco provável, uma vez que a maioria já aplicou reformas dolorosas que agora estão a dar resultado. Essas economias estão muito melhor agora; a Espanha alcançou um crescimento do PIB (+ 2,6% no primeiro trimestre de 2015).
Em suma, acreditamos que os eventos atuais são uma grande oportunidade para resolver o problema grego e eliminar a incerteza política que prejudicou a Europa nos últimos cinco anos. Se os credores da Grécia e um novo governo concordarem rapidamente num novo acordo, a instabilidade atual não deverá inviabilizar a recuperação na Europa. De facto, os indicadores recentes mostram que a crise grega não teve qualquer efeito sobre a economia real. O indicador de surpresa económica recuperou-se, o PMI da zona euro está no nível mais alto desde junho de 2011, a confiança do consumidor mantém-se, os empréstimos para o setor privado estão a recuperar, e a oferta da moeda (medida pelo M1, que se correlaciona fortemente com o crescimento do PIB) cresceu mais 11% em maio depois de ter subido mais 10% em abril.
Eric Fourrier
Portfolio Manager & Analyst, Head of European Equities at Fourpoints IM
2 Julho, 2015 00:07
OJE.pt
Tópicos semelhantes
» "Não temos a ilusão de que esta política vai resolver os problemas do país"
» Uma descentralização para eliminar o “caos”?
» Resolver todos os problemas com a tarifa eléctrica afecta a competitividade
» Uma descentralização para eliminar o “caos”?
» Resolver todos os problemas com a tarifa eléctrica afecta a competitividade
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin