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Inovação Aberta
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Inovação Aberta
A Inovação aberta assume-se cada vez mais como um driver de mudança das organizações. A propósito dos novos conceitos apresentados, a oportunidade numa Conferência em Lisboa para uma vez mais demonstrar o carácter eminentemente aberto da inovação como alavanca de modernidade da sociedade portuguesa. Impõe-se uma atitude de ruptura processual em Portugal e é fundamental mobilizar os diferentes atores para este desígnio coletivo. Em tempo de novas apostas, muito centradas no discurso nos fatores dinâmicos de competitividade, a “classe criativa”, de que nos fala Richard Florida, tem um papel essencial a desempenhar. O desafio da inovação aberta é central para Portugal.
Os conhecidos baixos índices de “capital estratégico” no nosso país e a ausência de mecanismos centrais de “regulação positiva” têm dificultado o processo de afirmação dos diferentes protagonistas da “classe criativa”. Independentemente da riqueza do ato de afirmação individual da criatividade, numa sociedade do conhecimento, importa de forma clara “pôr em rede” os diferentes atores e dimensioná-los à escala duma participação global imperativa nos nossos tempos. Apesar dos resultados de iniciativas diversas na área da política pública, vocacionadas para posicionar o território no competitivo campeonato da inovação e conhecimento, falta uma estratégia transversal.
A consolidação do novo papel da “Classe Criativa” entre nós passa em grande medida pela efetiva responsabilidade nesse processo dos diferentes atores envolvidos – Estado, universidade e empresas. No caso do Estado, no quadro do processo de reorganização em curso e de construção dum novo paradigma tendo como centro o cidadão-cliente, urge a operacionalização de uma atitude de mobilização ativa e empreendedora da revolução do tecido social. A reinvenção estratégica do Estado terá que assentar numa base de confiança e cumplicidade estratégica entre os “atores empreendedores” que atuam do lado da oferta e os cidadãos que respondem pela procura – criatividade & inovação terão que ser aqui de forma sustentada as palavras que garantem uma lógica de sustentabilidade nos resultados a médio prazo.
Cabe naturalmente às empresas um papel claramente mobilizador na afirmação da “classe criativa” em Portugal. Pelo seu papel central na criação de riqueza e na promoção de um processo permanente de reengenharia de inovação nos sistemas, processos e produtos, será sempre das empresas que deverá emergir o “capital expectável” da distinção operativa e estratégica dos que conseguirão ter resultados com valor alavancado na competitiva cadeia do mercado. Aqui a tónica tem mais do que nunca que ser pragmática, como demonstram as sucessivas acções externas realizadas recentemente. Convergência operativa sinalizada em apostas concretas onde realmente vale a pena actuar, seleção objetiva de sectores onde há resultados concretos a trabalhar.
Num país pequeno, as empresas, as universidades, os centros de competência políticos têm que protagonizar uma lógica de “cooperação positiva em competição” para evitar o desaparecimento. O diagnóstico está feito há muito tempo sobre esta matéria. É aqui que entra a “classe criativa”. Compete a estes “actores de distinção” um papel decisivo na “intermediação operativa” entre os que estão no topo e os que estão na base da pirâmide. Só com um elevado “índice de capital intelectual” se conseguirá sustentar uma participação consistente na renovação do “modelo social” e na criação de plataformas de valor global sustentadas para os diferentes segmentos territoriais e populacionais. Portugal não pode ignorar a dimensão única deste desafio que o futuro agora encerra.
Por Francisco Jaime Quesado
Presidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública
13 Julho, 2015 11:06
OJE.pt
Os conhecidos baixos índices de “capital estratégico” no nosso país e a ausência de mecanismos centrais de “regulação positiva” têm dificultado o processo de afirmação dos diferentes protagonistas da “classe criativa”. Independentemente da riqueza do ato de afirmação individual da criatividade, numa sociedade do conhecimento, importa de forma clara “pôr em rede” os diferentes atores e dimensioná-los à escala duma participação global imperativa nos nossos tempos. Apesar dos resultados de iniciativas diversas na área da política pública, vocacionadas para posicionar o território no competitivo campeonato da inovação e conhecimento, falta uma estratégia transversal.
A consolidação do novo papel da “Classe Criativa” entre nós passa em grande medida pela efetiva responsabilidade nesse processo dos diferentes atores envolvidos – Estado, universidade e empresas. No caso do Estado, no quadro do processo de reorganização em curso e de construção dum novo paradigma tendo como centro o cidadão-cliente, urge a operacionalização de uma atitude de mobilização ativa e empreendedora da revolução do tecido social. A reinvenção estratégica do Estado terá que assentar numa base de confiança e cumplicidade estratégica entre os “atores empreendedores” que atuam do lado da oferta e os cidadãos que respondem pela procura – criatividade & inovação terão que ser aqui de forma sustentada as palavras que garantem uma lógica de sustentabilidade nos resultados a médio prazo.
Cabe naturalmente às empresas um papel claramente mobilizador na afirmação da “classe criativa” em Portugal. Pelo seu papel central na criação de riqueza e na promoção de um processo permanente de reengenharia de inovação nos sistemas, processos e produtos, será sempre das empresas que deverá emergir o “capital expectável” da distinção operativa e estratégica dos que conseguirão ter resultados com valor alavancado na competitiva cadeia do mercado. Aqui a tónica tem mais do que nunca que ser pragmática, como demonstram as sucessivas acções externas realizadas recentemente. Convergência operativa sinalizada em apostas concretas onde realmente vale a pena actuar, seleção objetiva de sectores onde há resultados concretos a trabalhar.
Num país pequeno, as empresas, as universidades, os centros de competência políticos têm que protagonizar uma lógica de “cooperação positiva em competição” para evitar o desaparecimento. O diagnóstico está feito há muito tempo sobre esta matéria. É aqui que entra a “classe criativa”. Compete a estes “actores de distinção” um papel decisivo na “intermediação operativa” entre os que estão no topo e os que estão na base da pirâmide. Só com um elevado “índice de capital intelectual” se conseguirá sustentar uma participação consistente na renovação do “modelo social” e na criação de plataformas de valor global sustentadas para os diferentes segmentos territoriais e populacionais. Portugal não pode ignorar a dimensão única deste desafio que o futuro agora encerra.
Por Francisco Jaime Quesado
Presidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública
13 Julho, 2015 11:06
OJE.pt
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