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Mensagem por Admin Qua Jul 22, 2015 3:54 pm

A Inovação aberta assume-se cada vez mais como um driver de mudança das Organizações. A propósito dos novos conceitos apresentados, a oportunidade numa conferência em Lisboa para uma vez mais demonstrar o carácter eminentemente aberto da inovação como alavanca de modernidade da sociedade portuguesa.

Impõe-se uma atitude de ruptura processual em Portugal e é fundamental mobilizar os diferentes actores para este desígnio colectivo. Em tempo de novas apostas, muito centradas no discurso nos factores dinâmicos de competitividade, a "classe criativa", de que nos fala Richard Florida, tem um papel essencial a desempenhar. O desafio da inovação aberta é central para Portugal. 

A consolidação do novo papel da "Classe Criativa" entre nós passa em grande medida pela efectiva responsabilidade nesse processo dos diferentes actores envolvidos - Estado, Universidade e Empresas. No caso do Estado, no quadro do processo de reorganização em curso e de construção dum novo paradigma tendo como centro o cidadão-cliente, urge a operacionalização de uma atitude de mobilização activa e empreendedora da revolução do tecido social. 

A reinvenção estratégica do Estado terá que assentar numa base de confiança e cumplicidade estratégica entre os "actores empreendedores" que actuam do lado da oferta e os cidadãos que respondem pela procura - criatividade & inovação terão que ser aqui de forma sustentada as palavras que garantem uma lógica de sustentabilidade nos resultados a médio prazo.

Cabe naturalmente às empresas um papel claramente mobilizador na afirmação da "classe criativa" em Portugal. Pelo seu papel central na criação de riqueza e na promoção de um processo permanente de reengenharia de inovação nos sistemas, processos e produtos, será sempre das empresas que deverá emergir o "capital expectável" da distinção operativa e estratégica dos que conseguirão ter resultados com valor alavancado na competitiva cadeia do mercado. 

Aqui a tónica tem mais do que nunca que ser pragmática, como demonstram as sucessivas acções externas realizadas recentemente. Convergência operativa sinalizada em apostas concretas onde realmente vale a pena actuar, selecção objectiva de sectores onde há resultados concretos a trabalhar.

Num país pequeno, as empresas, as universidades, os centros de competência políticos têm que protagonizar uma lógica de "cooperação positiva em competição" para evitar o desaparecimento. O diagnóstico está feito há muito tempo sobre esta matéria. É aqui que entra a "classe criativa". Compete a estes "actores de distinção" um papel decisivo na "intermediação operativa" entre os que estão no topo e os que estão na base da pirâmide. 

Só com um elevado "índice de capital intelectual" se conseguirá sustentar uma participação consistente na renovação do "modelo social" e na criação de plataformas de valor global sustentadas para os diferentes segmentos territoriais e populacionais. Portugal não pode ignorar a dimensão única deste desafio que o futuro agora encerra.

00:05 h
Francisco Jaime Quesado
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