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O plano invertido
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O plano invertido
Mensagem. A entrevista do primeiro- ministro à SIC foi mais a insistência num discurso de retrospectiva sobre o passado e menos uma ideia de perspectiva sobre o futuro.
Por muito que procuremos é impossível encontrar futuro dentro de uma mensagem política que se limita a repetir que nos arriscamos a deitar tudo a perder se não continuarmos num caminho de contenção e de restrição.
Volvido um ano sobre ciclo da ‘troika', a repetição dos quês e dos porquês da austeridade não acrescenta valor à acção política. Destrói valor, ainda que agora com a novidade de que as contas estavam mal feitas, razão pela qual o garrote apertou com redobrada força do que a força já previamente inscrita no plano de resgate dos credores internacionais.
Este discurso, com mais ou menos matizações, é uma absurda insistência do primeiro-ministro e uma triste evidência para todos os cidadãos. Está adquirido. Chega. A dose ultrapassou o limite do tolerável. E, por isso, já enjoa. Acresce que a insistência é tão politicamente inadequada que leva a confundir o mensageiro com a própria mensagem. Ou seja, tanto o primeiro-ministro é a representação do rosto da austeridade quanto a austeridade é ela também identificada com o rosto do primeiro-ministro.
Eis aqui o maior obstáculo à reeleição da actual maioria de Governo para mais quatro anos de mandato. É porventura injusto para quem se disponibilizou a conduzir o barco no meio de uma tempestade cavada, chegar a águas mais calmas e não ver reconhecido o esforço e, até, a coragem colocada em tão difícil empreitada.
Mas também não é difícil de entender que aqueles que estavam no barco pensem muitas vezes antes de colocar de novo o leme nas mãos de quem lhes passa o tempo a recordar os perigos ultrapassados e o risco de que os mesmos se venham a repetir, eventualmente com mais força, sem que lhes aponte uma perspectiva de rumo por águas menos turbulentas e, sobretudo, com destino a maiores proveitos em ternos de qualidade de vida.
O discurso. O plano do posicionamento político da actual maioria está invertido. O discurso não deve ser o da ameaça. A ameaça insuportavelmente insistente de que tudo pode voltar à estaca zero, com consequências mais e mais negativas sobre todos nós.
O discurso deve ser o da oportunidade. A oportunidade de ser este o tempo de aproveitar o que foi feito, com o esforço de todos, para que finalmente o país se possa tornar financeiramente mais sólido, economicamente mais desenvolvido e socialmente mais equilibrado.
00:05 h
Rita Marques Guedes
Económico
Por muito que procuremos é impossível encontrar futuro dentro de uma mensagem política que se limita a repetir que nos arriscamos a deitar tudo a perder se não continuarmos num caminho de contenção e de restrição.
Volvido um ano sobre ciclo da ‘troika', a repetição dos quês e dos porquês da austeridade não acrescenta valor à acção política. Destrói valor, ainda que agora com a novidade de que as contas estavam mal feitas, razão pela qual o garrote apertou com redobrada força do que a força já previamente inscrita no plano de resgate dos credores internacionais.
Este discurso, com mais ou menos matizações, é uma absurda insistência do primeiro-ministro e uma triste evidência para todos os cidadãos. Está adquirido. Chega. A dose ultrapassou o limite do tolerável. E, por isso, já enjoa. Acresce que a insistência é tão politicamente inadequada que leva a confundir o mensageiro com a própria mensagem. Ou seja, tanto o primeiro-ministro é a representação do rosto da austeridade quanto a austeridade é ela também identificada com o rosto do primeiro-ministro.
Eis aqui o maior obstáculo à reeleição da actual maioria de Governo para mais quatro anos de mandato. É porventura injusto para quem se disponibilizou a conduzir o barco no meio de uma tempestade cavada, chegar a águas mais calmas e não ver reconhecido o esforço e, até, a coragem colocada em tão difícil empreitada.
Mas também não é difícil de entender que aqueles que estavam no barco pensem muitas vezes antes de colocar de novo o leme nas mãos de quem lhes passa o tempo a recordar os perigos ultrapassados e o risco de que os mesmos se venham a repetir, eventualmente com mais força, sem que lhes aponte uma perspectiva de rumo por águas menos turbulentas e, sobretudo, com destino a maiores proveitos em ternos de qualidade de vida.
O discurso. O plano do posicionamento político da actual maioria está invertido. O discurso não deve ser o da ameaça. A ameaça insuportavelmente insistente de que tudo pode voltar à estaca zero, com consequências mais e mais negativas sobre todos nós.
O discurso deve ser o da oportunidade. A oportunidade de ser este o tempo de aproveitar o que foi feito, com o esforço de todos, para que finalmente o país se possa tornar financeiramente mais sólido, economicamente mais desenvolvido e socialmente mais equilibrado.
00:05 h
Rita Marques Guedes
Económico
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